O técnico do Denver Nuggets, Michael Malone, já se acostumou com perguntas sobre a condição física de Nikola Jokic. Ele trabalha com o astro há uma década e, por isso, sabe que não é um atleta típico da NBA. O corpo do pivô destoa em uma liga que pede jogadores de garrafão cada vez mais móveis, rápidos e ágeis. Mas o treinador debocha quando vê alguém sugerir que o sérvio está fora de forma.
“Nós só podemos fazer piada e dar risada desse tipo de questão. ‘Ah, Joker está fora de forma’. Nenhum jogador, em primeiro lugar, teria atuações como as dele se não estivesse em forma. Sabemos que Nikola nunca vai ganhar um concurso atlético, óbvio, mas tem muita força e durabilidade. E, fora de forma, não dá para dominar jogos como ele faz”, cravou o campeão da liga em 2023.
A NBA sempre se notabilizou por ter os jogadores de melhor condição atlética do mundo. Mas, nos últimos tempos, o “domínio internacional” da competição trouxe perfis diversos de atletas para as quadras. Jokic, assim como Luka Doncic, são exemplos de astros com tipos físicos bem diferentes do usual. Para Malone, o pivô é o símbolo do triunfo da técnica e senso coletivo sobre os recursos físico-atléticos e individualidades.
“O que realmente precisa ser exaltado em suas atuações é a eficiência de Nikola. Afinal, não é um desses caras que ficam ‘caçando’ números tentando arremessos ruins. Tudo o que faz em quadra, antes de tudo, é pelo bem do time. Me sinto um privilegiado por ter a chance de treiná-lo e vê-lo jogar sempre. Por isso, nunca vou menosprezar a sua grandeza”, elogiou o veterano comandante.
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Sem surpresa
Uma prova das afirmações do técnico do Nuggets ocorreu nos últimos dois jogos de Nikola Jokic. O pivô teve atuações com mínimo de 45 pontos, dez rebotes e cinco assistências em noites seguidas. Juntou-se, assim, às lendas Wilt Chamberlain e Elgin Baylor como únicos a conseguirem tal feito. No somatório das duas partidas, o sérvio marcou 104 pontos. Mas Malone já se acostumou com partidas desse tipo.
“Eu não posso dizer que estou surpreso, pois, como já disse, sou um privilegiado. Tenho o privilégio de sentar no melhor lugar da arena para ver Nikola jogar basquete nos últimos dez anos. Então, sinto que já vi esse cara fazer de tudo. Ele atua em alto nível todos os jogos, não importa se é um back-to-back ou estamos descansados”, exaltou o treinador.
O Nuggets não teve um bom início de temporada, mas reagiu sob a liderança de Jokic. Malone crê que o craque merece ainda mais elogios pela cobrança com a qual lida. “É fato que colocamos muita carga nas costas de Nikola, certamente. Mas, não importa o peso que seja, ele nunca recua ou reclama. Adoro a sua resiliência física e, acima de tudo, mental”, concluiu.
Dependência
Hoje, os números e o desempenho em quadra escancaram a dependência do Nuggets de Jokic. Tanto que o jogador, a princípio, já desponta como favorito para ser MVP da liga pela quarta vez. A presença do craque dentro de quadra, em síntese, virou a diferença entre um time sem pretensões e uma equipe com mando de quadra nos playoffs. O “abismo” é tão grande que impressiona até o lendário George Karl
“Denver dependeu mais de Nikola nos últimos cinco anos do que o Chicago Bulls jamais dependeu de Michael Jordan. Jokic é o principal reboteiro, passador, criador de jogadas e, acima de tudo, líder desse time”, cravou o ex-treinador da liga.
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