A NBA encerrou o final de semana de luto pela perda de um dos maiores técnicos de sua história. John Kundla, que comandou o Minneapolis Lakers na conquista do pentacampeonato da liga entre 1949 e 1954, morreu na noite deste domingo, aos 101 anos de idade. O lendário ex-treinador era o membro vivo mais velho do Hall da Fama de Naismith – e de qualquer Hall da Fama dos esportes dos EUA.
Kundla foi o primeiro técnico do Lakers na NBA e, ao lado do lendário George Mikan – conhecido como o primeiro superastro da liga –, transformou a equipe na dinastia original do basquete profissional norte-americano. Ele comandou o time até 1959 e, quando soube da mudança da organização para Los Angeles, pediu demissão por preferir ficar em Minneapolis – sua casa desde os cinco anos de idade.
“John exerceu um papel importante na história do Lakers como franquia vencedora. Além de suas inúmeras contribuições para o Lakers e nosso legado, tratou-se de um homem maravilhoso que vai ser lembrado com bastante carinho. Nossas mais sinceras condolências e orações para a família”, lamentou a presidente e dona do time angelino, Jeanie Buss, por meio de nota oficial.
Após deixar o Lakers, o treinador lideraria a Universidade de Minnesota, sua alma mater, até abandonar a carreira como uma lenda de Minneapolis. “John é uma das bases do basquete de Minnesota e continuou a ser um fã dos times locais, mesmo depois de aposentar-se da carreira do treinador. Nossas sinceras condolências à família”, disse o dono do Minnesota Timberwolves e amigo, Glen Taylor.
Kundla permanece como o único técnico da história da NBA a ser campeão em seus dois primeiros anos de experiência no cargo e um dos três profissionais a ganharem mais de dois títulos seguidos (com Red Auerbach e Phil Jackson). Ele foi eleito para o Hall da Fama em 1995 e, no ano seguinte, entrou na lista dos dez maiores técnicos da história da NBA.
“Houve uma vez em que faltava um minuto para o fim do jogo, placar empatado e eu fiz uma substituição. O jogador que entrou faz uma linda cesta e vencemos. Todos dizem: ‘Que troca inteligente que você fez!’. O que aconteceu é que o outro atleta pediu para sair e ir ao banheiro. Eu ganhei crédito por minha inteligência”
(John Kundla, sobre o segredo de seu sucesso)
