Favoritos abaixo do normal, enquanto outros aparecem na parte de cima da tabela de classificação. É a temporada 2024/25 da NBA, com mais decepções que surpresas até o momento. Com pouco mais de um mês na atual campanha, o Oeste segue dominando o Leste. Por muito. Enquanto isso, grandes jogadores fazem um início abaixo do que se esperava.
Mas hoje vamos falar deles, os jogadores. Claro que lesões atrapalham, só que não é só isso. Muitas vezes, atletas apenas não conseguem desempenhar um bom basquete por vários motivos. Entre eles, mudança de técnico, de time, até de companheiros. Até contusões de colegas afetam como eles vão jogar. Afinal, de quem eles estão recebendo a bola? Para quem estão passando? Tudo isso, no fim das contas, importa muito.
Surpresas e decepções na temporada 2024/25 da NBA: Jogadores
Aqui, vamos listar três decepções e três surpresas. São aqueles que todo mundo acreditava que teria uma grande temporada, mas não conseguem brilhar como deveriam. E nem vamos citar calouros, como Reed Sheppard ou Matas Buzelis, pois existem situações que não permitem que eles tenham minutos suficientes. E ainda tem aquele detalhe, né? Era uma classe ruim perto de outras. Então, vamos deixar os novatos de lado aqui.
Tyrese Haliburton (decepção)
Algo aconteceu com o armador do Indiana Pacers. Apesar de não ser algo realmente novo, seu arremesso “quebrou”. E nem é sua mecânica, que é estranha há muito tempo. Não é só isso. A bola, agora, só não cai mesmo.
Vamos lembrar que na primeira metade de 2023/24, enquanto ele estava saudável, Haliburton era a “grande coisa” de um Pacers que encantava pelo ataque. Como resultado, o time foi à final da Copa NBA de 2023. Até então, ele produzia 21.8 pontos, 11.7 assistências e acertava 40% dos arremessos de três.
Mas quando machucou, o armador fez 17.3 pontos, 9.6 assistências e 30.3% de longa distância. O detalhe é que, na segunda metade daquela temporada (após a trade deadline da NBA), ele jogou os mesmos minutos de antes.
Agora, em 2024/25, ele segue no mesmo nível daquela fase. São 17.6 pontos, 8.4 assistências e aproveitamentos de 41.5% nos arremessos gerais e 33.3% do perímetro. Ou seja, é algo muito similar ao que fazia na segunda metade da temporada anterior, quando acabara de ser titular no All-Star Game da NBA.
Joel Embiid (decepção)
Disponibilidade é uma dádiva em qualquer temporada da NBA, o que pode fazer do jogador uma das surpresas ou decepções. Mas Joel Embiid, certamente, não é um fato positivo em 2024/25. Esqueça todas as polêmicas. Vamos focar apenas na quadra.
O Philadelphia 76ers montou o time que Embiid queria para a atual temporada, com nomes impactantes na NBA, como Paul George. Trouxe, ainda, Caleb Martin (ex-Miami Heat), Guerschon Yabusele, destaque francês nas Olimpíadas e estendeu contrato de Tyrese Maxey. Tudo certo para o Sixers brilhar, certo?
Bem, não é o que acontece.
Hoje, o 76ers é apenas o 14° no Leste e soma cinco vitórias em 20 jogos. Só não é um desastre maior, pois está no Leste. Então, basta uma sequência boa que se posiciona entre os times de play-in. A diferença para o Indiana Pacers é de 2.5 jogos. Ou seja, basta Embiid estar disponível que o Sixers já começa a brigar por vitórias.
Até aqui, o pivô, que liderou a corrida para o MVP em 2023/24 até sua lesão, faz 19.8 pontos, 7.5 rebotes, 3.5 assistências e acerta 16.7% de três. Mas seu maior problema está aqui: quatro jogos.
Zion Williamson (decepção)
Poderia ser LeBron James, Trae Young, Lauri Markkanen, Keegan Murray e vários outros. Mas vamos de Zion, pois era para ser a sua temporada de revanche. Enquanto LeBron está perto de fazer 40 anos, Young joga em um Atlanta Hawks na campanha com mais de 50% de aproveitamento, Markkanen abraça o tank ao lado do Utah Jazz e Murray ainda pode melhorar o arremesso. A grande diferença entre todos eles é a… disponibilidade.
Nisso, Williamson está entre as maiores decepções da temporada. De novo.
Mas a gente só coloca jogadores como decepções se espera algo deles. Veja os outros dois aqui: Tyrese Haliburton e Joel Embiid, que estavam na seleção dos EUA nas Olimpíadas. Dois titulares do último All-Star Game. Então, não estamos falando de qualquer cara. São os que realmente deveriam estar liderando seus times na temporada 2024/25 da NBA e não estão.
Com apenas quatro vitórias em 22 jogos, o New Orleans Pelicans é o último no Oeste. Zion esteve em seis partidas. Até o momento, ele ainda não atuou ao lado de Dejounte Murray. A gente sabe que ele pode jogar. Tem talento, tem força, mas não o faz. Infelizmente, Williamson colhe os frutos do pouco cuidado que teve com o corpo em seus primeiros anos na NBA.
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De’Andre Hunter (surpresa)
Apenas alguns dados: sem Hunter (11 jogos), o Atlanta Hawks possui três vitórias e oito derrotas. Ou seja, um aproveitamento de 27.3%. Com ele (12 partidas), o Hawks venceu nove e perdeu três (75%).
Hunter é o responsável pelo fato de o Hawks estar com campanha positiva hoje? Possivelmente, mas jamais o único. Afinal, basquete é coletivo. Mas é, de novo, a questão da disponibilidade. Ele sempre foi muito bom jogador e, em 2024/25, começou quase todos os jogos do banco de reservas.
Só que Hunter, ao entrar em quadra, coloca “fogo” no ataque de Atlanta. A segunda unidade do Hawks vem sendo um dos trunfos na atual temporada da NBA, enquanto o time possui surpresas (como Dyson Daniels e ele) e decepções (como Young). Quando Onyeka Okongwu, Bogdan Bogdanovic e Hunter entram em quadra, Atlanta vira outro time. Muitas vezes, Jalen Johnson atua ao lado deles ali. E é justamente quando a equipe faz a diferença nos jogos.
Nikola Vucevic (surpresa)
Claro que o Chicago Bulls não briga por nada na atual temporada da NBA, mas Vucevic faz o seu melhor ano na equipe. Em uma amostra pequena, é verdade, o pivô possui médias de 20.9 pontos, 10.0 rebotes e um aproveitamento de 47.6% de três. Tem noção que o cara está com média de duplo-duplo e acertando quase 50% do perímetro?
Bem, mas isso não deve durar muito. Afinal, o Bulls está usando o início da temporada como vitrine. Em 22 jogos, ele vem sendo, de forma constante, o melhor jogador da equipe. É provável que saia em troca até a trade deadline, pois Chicago quer deixar o time mais jovem.
Andrew Wiggins (surpresa)
Por muito tempo, Wiggins esteve entre as decepções no Golden State Warriors. Mas quando fica disponível, a coisa muda. Claro que o Warriors caiu de produção nas últimas partidas. São cinco derrotas consecutivas após liderar o Oeste. No entanto, com Wiggins, Golden State sempre vem tendo mais chances de vitórias.
Claro que não são números de All-Star. Aliás, ainda existe a dúvida sobre como ele foi titular no único ano que disputou. Mas em 2024/25, o canadense produz 17.2 pontos, 4.3 rebotes e acerta 41.7% do perímetro.
Para ser uma das surpresas da temporada, o ala vem ajudando nos dois lados da quadra, fazendo com que o Warriors seja competitivo.
Outros jogadores que surpreendem
Dyson Daniels (Atlanta Hawks)
Payton Pritchard (Boston Celtics)
Darius Garland (Cleveland Cavaliers)
Christian Braun (Denver Nuggets)
Ivica Zubac (Los Angeles Clippers)
Tyler Herro (Miami Heat)
Jakob Poeltl (Toronto Raptors)
Mas por que jogadores como Franz Wagner e Jalen Williams, entre outros, não estão na lista?
Simples. A gente já esperava a evolução deles. Não é exatamente uma surpresa. É diferente do caso de Garland, por exemplo. O jogador do Cavs já foi All-Star e teve duas temporadas abaixo (a última, principalmente) depois disso. Wagner e Williams são jogadores que alcançaram o nível All-Star e devem fazer parte do jogo festivo.
Os outros, como Herro e Poeltl, ninguém esperava mais que fosse dar um salto. Daniels e Braun entram quase na mesma categoria, a de jogadores que ganharam mais minutos, mas não era esperado que fariam tanto logo de cara.
E tem Zubac, que poderia incluir Norman Powell. Mas o pivô ganhou mais tempo de quadra e está fazendo o melhor ano da carreira. Powell, por outro lado, sempre foi um cestinha, mesmo que com minutos a menos. Quando ganhou espaço em um Clippers sem Kawhi Leonard, virou referência ofensiva. No Toronto Raptors, ele já teve números similares (em períodos curtos de 20, 30 jogos).
Por fim, Pritchard, já era um dos melhores no box plus/minus da última temporada. Ele dá um salto de qualidade e é uma grata surpresa na pontuação, mas é quase como Daniels e Braun. Recebeu mais minutos e produziu.
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