O Phoenix Suns despachou Kevin Durant para o Houston Rockets no domingo (22) e não foi exatamente um grande negócio. A troca que o Suns fez é ruim sob vários aspectos, mas não chega a ser como a que o Dallas Mavericks mandou para o Los Angeles Lakers com Luka Doncic. Aqui, vamos tentar explicar como o time de Phoenix optou pelo caminho mais curto ao invés de demorar para fechar e não ganhar muito mais.
Porque a ideia do Suns era mesmo fazer a troca o mais rápido possível. Era parte do planejamento: trocar o GM, o técnico, Durant e, depois, ver o que dá para fazer com o contrato de Bradley Beal. Já fez três dos quatro. Agora, o próximo passo é entender o que pode fazer com o acordo horroroso de Beal.
Mas o ponto principal de hoje é falar sobre Durant. Como o Suns fez uma troca há dois anos e meio por ele e parecia ser o início da briga pelo título da NBA e tudo acaba no mais profundo fracasso. São escolhas, afinal. No entanto, poucas delas envolviam diretamente o astro.
Voltamos em 2022/23, quando o Suns passava pelo início de uma transição e precisava dar uma resposta ao que Doncic fez no ano anterior. Para quem não se lembra, o esloveno comandou uma das maiores vitórias do Dallas Mavericks sobre o Phoenix Suns nos playoffs de 2021/22. O jogo 7 acabou antes do intervalo.
Então, a ideia era montar um time capaz de bater qualquer adversário.
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Na teoria, perfeito. Uma troca para receber Durant, ali, deixaria o Suns em condições de superar o Mavs de Luka Doncic. Entretanto, tudo começou a dar errado. Afinal, Chris Paul já mostrava queda de rendimento para ser a primeira opção de armação em um time candidato ao título. Enquanto isso, o pivô Deandre Ayton jamais dava sinais de que seria, de fato, um jogador do nível que pareceu.
Então, foi o momento de fazer trocas.
Pegou Durant, mas deu quatro escolhas de primeira rodada, Cam Johnson e Mikal Bridges. Sem sucesso nos playoffs, trocou Paul e Ayton. O Suns trouxe Bradley Beal com direito a veto em troca, além de Jusuf Nurkic.
Pare para pensar. Phoenix transformou o time que foi vice da NBA contra o Milwaukee Bucks em 2021 em Beal, Jalen Green e Dillon Brooks. A pick que recebeu na troca, na verdade, era do Suns. Uma das que o Rockets adquiriu com o Brooklyn Nets. Ou seja, nem a de 2027. Foi uma das maiores mantas de todos os tempos.
Todo mundo esperava que o Rockets estaria envolvido na troca de Kevin Durant, mas o Suns receberia as próprias escolhas para cuidar de seu futuro. Nem isso.
E nada contra Brooks, que fez uma temporada muito boa em Houston (14 pontos, 39.7% de três) e é muito melhor você ter ao seu lado do que contra você. Mas volte uns anos aí e veja o quanto o Suns fez negócio ruim atrás de negócio pior.
A saída de Durant é só mais um péssimo. Por um monte de escolhas de segunda rodada.
Troca só não foi pior do que a de Doncic
Tudo bem. Durant estará com 37 anos quando a próxima temporada começar, mas o Rockets já virou um dos principais candidatos ao título só por ter feito a troca. Afinal, o time texano ficou em segundo sem um dos maiores cestinhas de todos os tempos. Imagine com ele. O encaixe, na teoria, é ótimo. De novo, na teoria.
Mas em si, quando você para e pensa sobre o que Houston deu ao time de Phoenix, é pouco. Miami Heat ofereceu mais peças. Minnesota Timberwolves, idem. O Suns queria a escolha de 2025 de volta e ganhou. Talvez, esse tenha sido o diferencial para aceitar. Mas e as outras, que vão ficar sob o poder do Rockets?
Dizem que seria para forçar uma troca com o Suns no futuro, mas por Devin Booker. Aliás, Phoenix não quer saber de negociar o cestinha.
Mas se compararmos com a troca de Luka Doncic para o Lakers, a do Suns chega a ser menos pior. Ou menos horrível. É talento indo embora por pouca coisa. E Jalen Green, em uma comparação aqui, é quase nada.
Acontece que o pessoal se esquece rápido. Green teve média de 21.0 pontos por jogo em 2024/25, mas nos playoffs, se você retirar o único que passou de 12 pontos, ele teria só 9.2 na série contra o Golden State Warriors, com 31.1% de arremessos. Não estamos falando de três. Isso é no geral. Em três pontos, foi 19.2%.
Boa sorte com isso.
Time só tem ala-armador
Além de Devin Booker, o Suns tem Bradley Beal, Jalen Green, Grayson Allen, além de outros que podem jogar na ala, como Royce O’Neale e Cody Martin. Está claro que o Suns não parou de fazer troca agora.
De acordo com alguns jornalistas que trabalham com o Suns, existe a chance de Beal ficar. E isso pode causar apenas dois cenários: primeiro, o menos possível, que seria ele se adaptar ao time e vir do banco. O segundo, aí já é dispensa mesmo, com parcelamento do restante de seu contrato.
Seja como for, o Suns já tem um grande problema para iniciar a próxima temporada. Ao longo dos anos, perdeu bons jogadores, boas escolhas de Draft e abriu mão de seu futuro. Para ter uma ideia, quase todas as picks possuem algum tipo de impedimento até 2030.
É tentar salvar o que restou e adquirir escolhas. Fazer o contrário que fez até então. De repente, pode conseguir sair da lama que se enfiou. Dá para conseguir uma pick por Brooks. Se bem que ficou difícil estabelecer, né?
Desmond Bane valeu quatro escolhas de Draft em troca do Memphis Grizzlies, mas Luka Doncic (Mavs) e Kevin Durant (Suns), apenas uma. Que padrão estranho.
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