Saiba quais são as maiores surpresas da temporada

A temporada 2021-22 da NBA trouxe muitas novidades e, com elas, algumas surpresas (positivas e negativas)

maiores surpresas temporada Fonte: KATELYN MULCAHY/AFP

Alguém imaginava que, restando cerca de 15 jogos para cada time, o Memphis Grizzlies estaria no segundo lugar do Oeste? Que tal James Harden no Philadelphia 76ers? E as campanhas de Los Angeles Lakers e Brooklyn Nets, então, fazem parte das maiores surpresas da temporada 2021-22 da NBA, certo? Listamos algumas delas aqui.

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James Harden no Sixers

David Dow/AFP

Tudo bem que James Harden quase foi parar no Philadelphia 76ers em 2020, mas alguém estava esperando por isso agora? O namoro era antigo, ainda mais que no Daryl Morey (GM) está no Sixers. A relação entre os dois no Houston Rockets foi muito sólida e não era segredo algum que Morey gostaria de contar com os serviços de Harden mais uma vez. No entanto, a forma abrupta pegou muita gente desprevenida.

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Juntar Joel Embiid, um dos melhores pivôs da NBA com Harden, um vencedor de MVP, é algo enorme. Não há dúvidas de que, no papel, o Sixers se torne um dos times a serem batidos nas próximas temporadas, mas na prática…

Tudo precisa de tempo. Embiid terá de se adaptar ainda mais ao jogo de Harden. O Sixers vai tentar fechar com outro astro para ter um trio forte o bastante para lutar por títulos. O que pesa contra, entretanto, é o fato de que eles terão pouco tempo para aprenderem isso em 2022. Talvez, isso funcione melhor na próxima campanha. Hoje, já assusta.

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Grizzlies em segundo no Oeste

Ja Morant saiu de um jogador com futuro promissor a um dos melhores armadores da NBA. E o Memphis Grizzlies, que era um time cotado para brigar por vaga no play-in, de repente, ocupa o segundo lugar do Oeste. Embora ninguém aqui tenha votado no Grizzlies como uma das maiores surpresas da temporada, a gente já gostava de ver seus jogos.

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Um elenco muito jovem sempre deixa aquela pontinha de dúvida, sabe? Quem é que vai colocar a bola debaixo do braço na hora decisiva? Bem, a maturidade de um grupo que quer vencer é nítida. Mesmo sem Morant no começo da temporada, o Grizzlies venceu dez de 11 jogos. Depois, quando ele voltou, a equipe ganhou 11 seguidas.

Ou seja, mesmo que Morant seja o super astro de Memphis, o técnico Taylor Jenkins sabe extrair o melhor de seus comandados quando o ídolo não pode jogar. É um trabalho incrível.

 

Demora na troca de Ben Simmons

Todo mundo sabia que Ben Simmons queria sair do Philadelphia 76ers e a questão não era se aconteceria, mas quando. Após um caminhão de críticas, o australiano não quis permanecer no Sixers. Daryl Morey, porém, não pensava em realizar uma troca por qualquer coisa. Antes disso, todavia, ele tentou, sem sucesso, uma reaproximação de Simmons com o elenco. Só que a negociação aconteceu de forma lenta e desgastante para todos os lados. O armador era uma distração para a equipe, enquanto o 76ers era uma pedra no sapato dele.

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Quando finalmente a troca aconteceu, as duas partes respiraram aliviadas. Simmons era, a partir daquele momento, um problema do Brooklyn Nets. Não que ele seja ruim, longe disso. Já defendi o cara demais por aqui por sua qualidade no passe e na defesa, mas ele não arremessa e isso, na NBA de hoje, torna as coisas mais difíceis.

Todo o processo (sem a piada) foi difícil para quem esteve envolvido, tanto que os próprios jogadores do Sixers “brincavam” de GM e faziam suas apostas. No fim, o 76ers acabou fazendo um upgrade e Morey realmente trocou por um astro, o que muita gente duvidava.

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O que aconteceu com o Hawks?

Lembra daquele time que deixou todo mundo de queixo caído nos playoffs do ano passado? Parece que foi há mais tempo, mas aconteceu há menos de um ano. O Atlanta Hawks deu a entender que seria uma força na conferência Leste, após superar New York Knicks e Philadelphia 76ers, então favoritos. Só que na atual campanha a coisa não engrenou.

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É o mesmo técnico, é o mesmo grupo (com pequenas mudanças aqui e ali), mas o Hawks não convence absolutamente ninguém. O time é meio bipolar. É capaz de perder seis seguidas e, depois, vencer outras sete. E isso realmente aconteceu, em novembro. Mas não é que venceu qualquer um e por pequenas diferenças. Foram pancadas em cima de Milwaukee Bucks, Boston Celtics, Memphis Grizzlies.

Ah, mas isso foi só uma vez na vida e outra na morte.

Então, em janeiro, foram mais cinco derrotas consecutivas. O que veio depois? Mais sete vitórias em sequência.

Hoje, o Hawks ocupa o décimo lugar do Leste, com 32 vitórias e 34 derrotas. Definitivamente, é uma das maiores surpresas (negativas) da atual temporada.

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De candidato a título a play-in

O Brooklyn Nets é um dos candidatos ao título da NBA desde o anúncio de Kevin Durant e Kyrie Irving. No entanto, estamos no terceiro ano da dupla (Durant não jogou no primeiro), eles pouco jogaram juntos e, até o momento, é bom só no papel. Hoje, o Nets é o oitavo na conferência Leste, com quatro vitórias a menos que o Cleveland Cavaliers, o sexto. Embora o Cavs esteja sofrendo e caindo na classificação, o Toronto Raptors, o sétimo, faz caminho inverso e vem de três triunfos seguidos. Para piorar a situação da equipe, Irving ainda não pode jogar nas partidas em casa e Ben Simmons está longe de estrear.

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Claro que, por nomes, o Nets possui boas chances de se classificar, ainda que via repescagem, mas é meio frustrante, sabe? Tanto talento reunido e a coisa não acontece. Ainda não é uma decepção. Ainda não é um Real Madrid dos Galáticos que, apesar de tudo, ainda ganhou uma Champions League (2002). Entretanto, pode virar um fiasco se não disputar, pelo menos, uma final de conferência.

O fato de o Nets não estar entre os primeiros colocados do Leste na temporada 2021-22  é uma das maiores surpresas até aqui, mas existem explicações plausíveis. Por enquanto.

 

De repente, o Celtics virou um time forte

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No dia 30 de dezembro, o Boston Celtics era o décimo colocado com 16 vitórias e 19 derrotas. O cenário mais provável era de demissão do técnico Ime Udoka ao fim da temporada. A torcida o odiava, pois o problema nunca era ele, mas os seus comandados. Brigas internas entre Marcus Smart de um lado, enquanto Jaylen Brown e Jayson Tatum estavam de outro, marcaram um início decepcionante.

De fato, o Celtics era horroroso de se ver. Faltava banco, armador, pivô, treinador. Tudo era motivo de críticas. No entanto, as coisas mudaram e o time cresceu de produção.

Desde então, a equipe de Massachusetts acumula 25 vitórias em 33 jogos. O Celtics tem o melhor defensive rating da NBA, com 105.6 e é o segundo que menos sofre pontos no garrafão, com 42.3. Para ter uma ideia do quanto a defesa é sólida, os oponentes convertem apenas 43.1% dos arremessos (melhor da liga) e 33.6% em três pontos (segunda melhor).

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Como se isso não bastasse, Tatum cresceu de produção, entrou na lista de candidatos ao MVP (é o sexto), Udoka ganhou o prêmio de melhor técnico do mês de fevereiro no Leste e, agora, o Celtics entrou na briga por mando de quadra, com 41 vitórias e 27 derrotas. Seria só uma fase ou é a realidade? Veja o vídeo e se inscreva no canal.

 

DeMar DeRozan candidato a MVP

Se fizessem a seguinte afirmação antes do início da temporada: “DeMar DeRozan será um candidato a MVP no Chicago Bulls”. Quem aqui iria cravar? Os nomes mais comuns eram LeBron James, Kevin Durant, Stephen Curry, Giannis Antetokounmpo e Luka Doncic. Ninguém cogitava indicar um cara de 32 anos, que havia conseguido, no máximo, um segundo time ideal da NBA em 2017-18 e um terceiro, na temporada anterior. Aí, DeRozan chegou ao Bulls e provou que estávamos todos errados.

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Não é por nada, não, mas DeRozan faz, em sua décima terceira temporada da carreira, a melhor de todas. Até o momento, ele possui 28.1 pontos (a melhor marca), 5.4 rebotes (a terceira), 5.1 assistências (a quinta), 34.4% de aproveitamento em três pontos (a melhor) e 50.5% nos arremessos de quadra (a segunda).

Além disso, DeRozan segurou o rojão quando Zach LaVine esteve fora e ainda o faz, sem Lonzo Ball. Com o Bulls brigando jogo a jogo, o time ocupa o quarto lugar do Leste. A diferença do Miami Heat, o primeiro, para o Boston Celtics, o quinto, é de apenas 3.5 vitórias. Ou seja, se bobear, a equipe de Illinois ainda tem uma campanha ainda melhor.

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Lakers não deu liga

Vá lá, dizer agora que o Los Angeles Lakers é ruim é ser engenheiro de obra pronta, mas quando a troca por Russell Westbrook aconteceu, as críticas já existiam. Por todos os lados. No entanto, mesmo com a falta de encaixe, a esperança era que Frank Vogel desse seus pulos lá e fizesse o time competir pelos primeiros lugares do Oeste. Mas passou muito longe.

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Até mesmo LeBron James, um dos melhores jogadores de todos os tempos, teve um início de temporada difícil, com lesões, suspensão e números abaixo do esperado. É que ele é LeBron, né? A performance individual do homem depois disso é algo para bater palmas (e de pé). Só que o Lakers não é só James. Existem outros problemas ali.

A formação do elenco foi ruim? Claro que sim. As lesões atrapalharam, também. E a competição no Oeste por uma vaga direta nem é tão complicada assim. O Denver Nuggets está sem dois de seus principais cestinhas, o Dallas Mavericks não tem nenhum outro grande nome, além de Luka Doncic e o Los Angeles Clippers não teve Kawhi Leonard por toda a temporada, enquanto Paul George não joga desde dezembro.

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O torcedor senta e chora no momento. Ainda mais que o time teve a chance de ter DeMar DeRozan e não quis.

Além de ser uma das maiores surpresas da temporada, o Lakers é uma das maiores decepções.

 

Mas o Timberwolves deu

O Minnesota Timberwolves é um time com ótimos talentos individuais, mas que não vinha obtendo sucesso nos últimos anos. A não ser pelo “espasmo” em 2017-18, o Timberwolves não se classificava para os playoffs desde 2003-04. Então, as coisas começaram a dar certo na atual temporada. Mas não foi do nada.

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Um dos times mais “quentes” da atualidade, o Timberwolves queria muito a contratação de um ala-pivô. Muitos nomes foram falados desde a temporada passada, mas nada acontecia, de fato. Um dos rumores, inclusive, era de que Ben Simmons poderia ser o tal jogador que faltava para jogar ali. A diretoria, porém, não queria abrir mão de Karl-Anthony Towns, D’Angelo Russell e Anthony Edwards. A busca acabou quando Chris Finch decidiu efetivar Jarred Vanderbilt no quinteto titular.

Embora Vanderbilt não seja o melhor jogador de todos os tempos, ele é aguerrido, uma ameaça aos oponentes na defesa e muito bom nos rebotes. Finch sabe que com ele no garrafão e Patrick Beverley no perímetro, o time possui ótimas peças defensivas. Aliás, o time foi top 10 no quesito durante boa parte da temporada.

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Towns voltou a ser All-Star, Russell tornou-se um organizador de jogadas melhor, enquanto o céu é o limite para Edwards.

O Timberwolves até é uma das maiores surpresas da atual temporada, mas chegou para ficar.

 

Na sua opinião, qual foi a maior surpresa da temporada? Vote na enquete:

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