Rich Paul teve uma trade deadline bem agitada nessa temporada. Ele é o empresário de Anthony Davis, antes de tudo. Por isso, mesmo sem ter influência nas negociações, fez parte de uma das trocas mais chocantes da história da NBA. Mas teve uma participação crucial nas mudanças de times de outros dos seus clientes. Ele conseguiu, por exemplo, levar De’Aaron Fox para atuar com Victor Wembanyama no San Antonio Spurs.
“De’Aaron passou quase uma década em Sacramento. Foi um ótimo período, mas era a hora de uma mudança. É assim que via a situação. E eu queria posicioná-lo ao lado de Victor, pois entendia que era a melhor forma de vê-lo crescer. Ele também viu sentido nisso. Foi uma escolha dele, mas também era o que eu queria. Foi uma benção, então, fazer acontecer”, contou o agente, em entrevista ao podcast de Gilbert Arenas.
Fox, a princípio, foi um caso simples para Paul administrar. Afinal, era um jogador com amplo mercado e o Sacramento Kings não colocou obstáculos para uma saída. Outras situações, no entanto, pareciam bem mais difíceis de ter solução. A troca de Brandon Ingram do New Orleans Pelicans para o Toronto Raptors, em particular, foi um triunfo da articulação de Paul nos bastidores.
“Brandon tinha várias situações em aberto para analisar. Tínhamos opções, mas, desde o início, Toronto foi o interessado mais agressivo. Certamente, isso teve um peso em favor deles. Tanto que conseguimos fechar uma extensão assim que chegou por lá, o que era uma prioridade nossa. Então, não vamos ter mais que nos preocupar com a agência livre mais”, explicou o líder da Klutch Sports.
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Sem saída
Várias equipes da NBA sondaram a situação de De’Aaron Fox antes da troca para jogar com Victor Wembanyama em San Antonio. E, certamente, Paul sabia quem eram cada um dos times interessados. Um agente poderoso, afinal, costuma estar no controle de tudo o que acontece com o seu cliente. Mas, vez ou outra, algo diferente acontece. Foi o que ocorreu na polêmica negociação de Davis por Luka Doncic.
“Em 99,9% das vezes, eu sei o que está ocorrendo nos bastidores. Mas, na ocasião em que não soube, foi o caso que ninguém sabia. Foi um choque para todos. Eu estou feliz por não saber porque, quando a gente não sabe, não podemos influenciar ou articular. Se mais alguém soubesse, como eu, essa troca provavelmente não teria acontecido”, admitiu o agente de jogadores.
A situação de Zach LaVine é diferente, mas, na visão de Paul, guarda semelhanças com Davis. Era um cenário em que ele não podia fazer nada além de aceitar que a saída do jogador do Chicago Bulls era inevitável. “Zach era uma situação mais simples, digamos assim. Ele precisava de um recomeço na liga, enquanto a franquia vai partir em uma direção diferente. Então, com o interesse do Kings, tudo se encaixou”, resumiu.
Introcável
Paul reconhece que, no fim das contas, viveu a trade deadline mais movimentada de sua vida nas últimas semanas. E, por isso, vai levar lições valiosas do período. Os dirigentes e analistas diziam que trocas seriam mais difíceis depois da reformulação do acordo de trabalho coletivo da liga. Mas, na prática, o agente viu o efeito contrário. Agora, mais do que nunca, não há um atleta “intocável” nessa liga.
“Eu acho que vimos que qualquer jogador pode ser trocado hoje em dia. Essa liga é um negócio, então contratos viajam. Qualquer um pode ir para qualquer lugar hoje em dia. Para mim, nem quem tem uma cláusula de veto está a salvo, por exemplo. Pois, assim que os rumores começam, você sabe que não te querem no time. E ninguém não quer ser desejado no local em que está”, explicou Paul.
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