Revisão da temporada – Orlando Magic

Orlando Magic (20-62) – 15º lugar na conferência Leste Time base Jameer Nelson Arron Afflalo Maurice Harkless Glen Davis Nikola VucevicContinua após a publicidade Principais reservas Tobias Harris Beno Udrih Andrew Nicholson E’Twaun Moore DeQuan JonesContinua após a publicidade Líderes (mínimo de 30 jogos disputados) Pontos: Arron Afflalo – 16.5 Rebotes: Nikola Vucevic – 11.9 […]

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Orlando Magic (20-62) – 15º lugar na conferência Leste

Time base

Jameer Nelson
Arron Afflalo
Maurice Harkless
Glen Davis
Nikola Vucevic

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Principais reservas

Tobias Harris
Beno Udrih
Andrew Nicholson
E’Twaun Moore
DeQuan Jones

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Líderes (mínimo de 30 jogos disputados)

Pontos: Arron Afflalo – 16.5
Rebotes: Nikola Vucevic – 11.9
Assistências: Jameer Nelson – 7.4
Roubadas: Jameer Nelson – 1.2
Bloqueios: Nikola Vucevic – 1.0

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Agentes livres irrestritos: Beno Udrih (assinou com o New York Knicks), DeQuan Jones e Al Harrington.

Agentes livres (player option ou qualifying offer): Não.

 

As saídas do pivô Dwight Howard, do treinador Stan Van Gundy e do gerente-geral Otis Smith marcaram o início (forçado) de uma nova era no Orlando Magic. Era hora de demolir tudo, de recomeçar. E, com Rob Hennigan assumindo o cargo de GM, a franquia optou por fazer uma reconstrução aos moldes do Oklahoma City Thunder: livrar-se de contratos mais longos com veteranos, formar uma equipe de jovens e abraçar sem pudores a filosofia do “antes de ser muito bom, você precisa ser muito ruim”. Esta temporada foi o primeiro passo do processo.

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O Magic até começou surpreendentemente bem o ano e, empurrado pelos veteranos que foram mantidos, conquistou 12 vitórias nos primeiros 25 jogos. No entanto, com as lesões desses atletas (em especial, Glen Davis), o projeto começou a entrar nos eixos. Colocando os garotos para jogar e pegar rodagem, a equipe conseguiu apenas oito triunfos em 2013 e logo desabou na classificação, caindo posição a posição até terminar com a pior campanha da liga – o que, de certa forma, era o objetivo aqui mesmo. Era o que todos queriam.

No meio da temporada, o time ainda encontrou mais um reforço imediato para seu processo de rejuvenescimento ao trocar J.J. Redick com o Milwaukee Bucks por, entre outras peças, o ala Tobias Harris. Pouco utilizado anteriormente, ele chegou assumindo vaga entre os titulares e, levando em conta só as 27 partidas que fez em Orlando, foi o cestinha do Magic nesta campanha (17.3 pontos por jogo). O novato Doron Lamb, que veio junto na negociação, está também nos planos futuros da franquia.

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A garotada jogou, a campanha foi péssima e a torcida começa a se acostumar com nomes como Maurice Harkless. Tirando o início acima das expectativas, a temporada do Magic foi exatamente o que deveria ter sido.

 

O que deu certo

Apenas quatro jogadores tiveram médias de, no mínimo, 13 pontos e 11 rebotes na temporada 2012-13. Três deles são all stars na NBA: Dwight Howard, David Lee e Zach Randolph. O outro foi Nikola Vucevic. O pivô de 22 anos, que vinha de uma campanha de estreia não mais do que boa pelo Philadelphia 76ers, “explodiu” com a camisa do Magic e revelou-se o grande destaque da primeira leva de jovens reunida pela franquia.

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Vucevic atende ao perfil do pivô moderno, que é capaz de operar próximo da cesta e também sair do garrafão para arremessar – com alcance até a linha de três pontos. Além disso, ele se provou muito eficiente no lado defensivo da quadra, terminando a temporada quase entre os 100 atletas que menos cederam pontos por posse na liga (0.84) e um excelente reboteiro defensivo.

Não se engane: ele ainda tem muito a aprender. Pode ser mais eficiente pontuando, equilibrar melhor a capacidade de jogar dentro e fora do garrafão. Tornar-se mais ágil e rápido seria um bom adicional. Mas, em anos tão carentes de atletas da posição cinco, não seria absurdo dizer que Orlando já encontrou o seu pivô para o futuro.

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O que deu errado

O Magic foi o quarto pior time da liga em eficiência ofensiva, anotando somente 98.9 pontos a cada 100 posses de bola. Ainda pior, acabou como a pior equipe da temporada capitalizando em transição, anotando cestas em apenas 48.6% das situações. Para um elenco jovem e nas últimas posições, Orlando protege muito bem a bola e não desperdiça tantas posses. Mas os números provam que, se não consegue chegar ao objetivo no ataque, isso pouco importa.

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O problema é muito mais complexo do que se pode avaliar aqui, mas, para resumir, podemos citar alguns fatores. Dentro de quadra, o Magic foi um time que não se revelou particularmente eficiente arremessando em linhas gerais (24º lugar em true shooting percentage, com 51.4%) e, fazendo jus à juventude do elenco, tomou decisões ruins na hora das finalizações – abusou de tentativas de média e longa distância, abdicou de entrar no garrafão com mais regularidade e acabou sendo presa fácil para defensores mais experientes.

Já fora de quadra, o estreante técnico Jacque Vaughn sempre teve uma filosofia baseada na defesa e passa longe de ser um estrategista ofensivo. Isso ficou bastante evidente durante a temporada não só por um repertório limitado de jogadas que foram utilizadas, mas também pela insistência exagerada nelas. O Magic usou em demasia ações que não funcionavam. Entre outros motivos, não rendeu no ataque porque ficou preso a jogadas que não tinha condições de executar com competência.

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Futuro

O Magic está no início de um processo de reconstrução e não dá sinais de que queira acelerar as coisas. Então, não é difícil imaginar o futuro imediato do time porque nada deverá mudar de forma radical. O foco vai continuar em colocar os jovens talentos – um ano mais experientes – para jogar, com a adição do novato Victor Oladipo. Mais veteranos saem, dispensados ou com contratos expirando (Beno Udrih, Al Harrington). O elenco vai se encorpando, mas, na prática, a evolução não deve significar mais do que 25-30 vitórias na próxima temporada.

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O futuro de Orlando está depositado em atletas como Vucevic, Harkless, Harris e outros jovens que ainda vão chegar à franquia nos próximos dois ou três anos. Tudo ainda está no ar e não adianta muito ter pressa. As coisas precisam acontecer naturalmente para o Magic. Algumas temporadas de derrotas são o preço a pagar por um futuro melhor.

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