Revisão da Temporada – Minnesota Timberwolves

Mesmo com a chegada de Tom Thibodeau, franquia de Minneapolis fez campanha ruim e não chegou aos playoffs pela 13ª temporada seguida

Fonte: Mesmo com a chegada de Tom Thibodeau, franquia de Minneapolis fez campanha ruim e não chegou aos playoffs pela 13ª temporada seguida

Minnesota Timberwolves (31-51)

Temporada regular: 13º lugar da conferência Oeste
MVP da campanha: Karl-Anthony Towns (25.1 pontos, 12.3 rebotes, 2.7 assistências e 1.3 toco)

Pontos positivos

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– A chegada de Tom Thibodeau, um dos treinadores mais respeitados da liga. Ele firmou contrato de cinco anos com a franquia para ser presidente e técnico. A contratação de Thibodeau mostrou que a franquia quer deixar as campanhas desastrosas para trás. A primeira temporada foi mais para ele conhecer o elenco, dar mais rodagem aos jovens e perceber o que o time precisa para sair do marasmo.

– Karl-Anthony Towns. O jovem pivô de 21 anos mostrou evolução (ofensiva) em sua segunda temporada na NBA. Novamente, ele atuou em todas as 82 partidas e melhorou seus números em: pontos, rebotes, assistências, aproveitamento de bola de três pontos e aproveitamento nos lances livres. Além disso, o aproveitamento nos arremessos de quadra e a média de roubos de bola foram os mesmos da temporada de estreia na Liga. Towns liderou a NBA em pontos marcados no garrafão (14.1) e ainda converteu 101 arremessos de longa distância. Quinto reboteiro da liga, ele mostrou quem é o “dono” do time, mas precisa melhorar o desempenho defensivo, que ainda está aquém do esperado.

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– Zach LaVine. Em sua terceira temporada na NBA, o ala-armador teve os seus melhores números em Minnesota e foi o terceiro cestinha do Timberwolves em 2016/17. Apesar de ter rompido o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, LaVine deixou boa impressão enquanto esteve em quadra e se tornou uma atrativa moeda de troca. Quem não quer um jovem atlético e que evolui a cada ano como arremessador do perímetro? Na noite do draft, ele entrou no pacote do Timberwolves enviado ao Chicago Bulls pelo ala Jimmy Butler.

– Andrew Wiggins. Por mais que ele ainda esteja deixando a desejar no lado defensivo, ele mostrou evolução como pontuador. Segundo cestinha da equipe, ele melhorou o aproveitamento nos chutes do perímetro (de 30% no ano anterior para 35.6% em 2016/17) e converteu mais bolas de três (103) do que nas duas primeiras temporadas combinadas (96). Wiggins deu flashes de que pode se tornar um passador consistente. É bom lembrar que ele tem só 22 anos, e potencial para melhorar seu controle de bola e ser mais disciplinado na defesa. Em ano de novo contrato, e com um elenco mais qualificado ao redor, Wiggins deve render mais.

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– Ricky Rubio. Apesar de ter seu nome envolvido em vários rumores de troca durante a temporada, o armador espanhol teve o seu melhor ano na NBA (melhores números da carreira em pontos, assistências e aproveitamento nos arremessos de quadra). Ele não se tornou o jogador que muitos esperavam, mas foi o defensor mais consistente do Timberwolves na temporada e é um dos melhores passadores da liga (foi o quinto em assistências em 2016/17). Com esse desempenho satisfatório, Rubio foi negociado para que a franquia abrisse espaço na folha salarial e qualificasse o elenco na agência livre.

Pontos negativos

– O período sem ir aos playoffs agora é de 13 anos, um recorde negativo na NBA. Em 2016/17, o Timberwolves teve uma campanha de 29 vitórias e 53 derrotas. Na última temporada, pouca coisa mudou: 31 vitórias e 51 derrotas. O jejum continua.

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– A primeira temporada do técnico e presidente Tom Thibodeau à frente da equipe deixou a desejar. Muitos imaginavam que o Timberwolves teria uma defesa mais sólida, já que o treinador é conhecido por “arrumar defesas”. Na prática, não foi o que aconteceu. A equipe de Minnesota foi a quarta pior da liga em eficiência defensiva (média de 112 pontos sofridos por 100 posses de bola) e a 12ª que mais sofreu pontos (média de 106.7). Para manter o costume, Thibodeau deu muitos minutos aos titulares (Rubio, LaVine, Wiggins, Dieng e Towns jogaram ao menos 32 minutos por partida) e utilizou pouco o banco de reservas. Wiggins e Towns, aliás, foram os dois jogadores da NBA que tiveram a maior média de minutos em quadra em 2016/17.

– Kris Dunn. Quinta escolha geral do draft de 2016, o armador decepcionou em seu ano de estreia na NBA. Antes da temporada começar, Dunn era cotado como um nome forte para a disputa do prêmio de novato do ano, e que um lugar no quinteto inicial do time seria uma questão de tempo. Em quadra, ele angariou médias modestas: 3.8 pontos, 2.4 assistências, em cerca de 17 minutos por partida, e trouxe pouco (ou nenhum) impacto ao time. A paciência da franquia durou até a noite do recrutamento deste ano, quando Dunn foi envolvido na negociação que culminou na chegada de Jimmy Butler ao Timberwolves.

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– Nikola Pekovic. O pivô montenegrino, que havia atuado em apenas 43 dos 164 jogos possíveis nas duas temporadas anteriores, não jogou uma partida sequer em 2016/17 em razão das frequentes lesões no tornozelo e no tendão de Aquiles direito. Ao final da temporada, Pekovic foi dispensado pela franquia.

– Reforços não vingaram. Com pouca flexibilidade na folha salarial, o Timberwolves teve uma offseason tímida em 2016/17. Jogadores questionáveis como Brandon Rush, Cole Aldrich e Jordan Hill foram contratados e pouco contribuíram na rotação da equipe. Lance Stephenson assinou dois contratos de dez dias e foi um fiasco.

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Análise

O jejum persiste em Minnesota. Já se vão 13 anos desde que o Timberwolves alcançou os playoffs. Na primeira temporada sob comando do técnico e presidente Tom Thibodeau, a equipe pouco evoluiu em relação à campanha anterior.

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Se as vitórias foram minguadas, pelo menos a temporada serviu para que o núcleo jovem do time tivesse mais tempo para mostrar serviço. Karl-Anthony Towns, Andrew Wiggins e Zach LaVine, três dos quatro atletas mais novos do elenco, lideraram a equipe em várias estatísticas e foram os que tiveram as maiores médias de minutos em quadra.

A temporada acabou e Towns e Wiggins permanecem como intocáveis no elenco. Já o valorizado LaVine foi negociado. Assim como o criticado armador espanhol Ricky Rubio e a decepção chamada Kris Dunn. Thibodeau abriu espaço na folha salarial da equipe e fechou negociações ousadas na offseason. Chegou a hora de levar a equipe de volta aos playoffs.

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Futuro

Depois de 13 anos de sofrimento, a torcida do Timberwolves tem motivos de sobra para comemorar e sonhar com o retorno aos playoffs. A franquia investiu pesado na offseason. Primeiro, fechou a mega troca com o Chicago Bulls e trouxe o all-star Jimmy Butler, que Thibodeau conhece muito bem. E o mais importante: sem abrir mão dos destaques do time – Karl-Anthony Towns e Andrew Wiggins.

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Posteriormente, a franquia mandou Ricky Rubio para o Utah Jazz por uma escolha de draft de primeira rodada de 2018. Era necessário abrir espaço na folha salarial (o espanhol tinha mais dois anos de contrato e cerca de US$29 milhões a receber) para qualificar o elenco. O Timberwolves conseguiu assinar com três agentes livres de qualidade e com vasta experiência em playoffs: Jeff Teague, Taj Gibson e Jamal Crawford.

Com um elenco mais talentoso e “cascudo”, e um técnico que já provou sua capacidade, a expectativa é de que o time de Minneapolis possa, enfim, acabar com o incômodo jejum. O quinteto inicial deverá ser formado por Teague, Butler, Wiggins, Gibson e Towns. Crawford, Shabazz Muhammad e Gorgui Dieng serão, na teoria, os principais reservas. No papel, o Timberwolves tem tudo para ser um dos oito melhores times da conferência Oeste. Talvez até brigue por mando de quadra. Exagerei nessa última frase?

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