Revisão da temporada – Miami Heat

Miami Heat Todos os números Resultado final: vice-campeão da temporada, derrotado na grande final pelo Dallas Mavericks por 4 a 2 Temporada regular: 58-24, 1° na divisão Sudeste, 2° na conferência Leste Maior invencibilidade: 11 jogos, entre 1o de dezembro e 18 de dezembro Maior jejum de vitórias: 5 jogos, entre 27 de fevereiro e 8 de março […]

Fonte:

Miami Heat

Todos os números

Resultado final: vice-campeão da temporada, derrotado na grande final pelo Dallas Mavericks por 4 a 2
Temporada regular: 58-24, 1° na divisão Sudeste, 2° na conferência Leste
Maior invencibilidade: 11 jogos, entre 1o de dezembro e 18 de dezembro
Maior jejum de vitórias: 5 jogos, entre 27 de fevereiro e 8 de março
Média de público como mandante: 19.778 pessoas (100.9% da capacidade)
Maiores salários: LeBron James e Chris Bosh, $ 14.500.000 dólares cada
Pontos por jogo: 102.1 (8°)
Pontos sofridos por jogo: 94.6 (6°)
Rebotes por jogo: 42.1 (10°)
Assistências por jogo: 20.0 (26°)
Bloqueios por jogo: 5.2 (9°)
Roubadas de bola por jogo: 6.6 (27°)
Erros de ataque por jogo: 13.9 (19°)
Porcentagem de arremessos convertidos: 48.1% (2°)
Porcentagem de lances livres convertidos: 76.9% (12°)
Porcentagem de arremessos de três pontos convertidos: 37.0% (7°)
Maior pontuação: 129, contra o Minnesota Timberwolves, no dia 2 de novembro
Menor pontuação: 77, contra o Indiana Pacers, no dia 22 de novembro
Maior pontuação sofrida: 130, contra o Denver Nuggets, no dia 13 de janeiro
Menor pontuação sofrida: 70, contra o Orlando Magic, no dia 29 de outubro
Maior cestinha em um jogo: 51 pontos, LeBron James contra o Orlando Magic, no dia 3 de fevereiro
Maior reboteiro em um jogo: 17 rebotes, Chris Bosh contra o Sacramento Kings, no dia 11 de dezembro
Maior assistente em um jogo: 14 assistências, LeBron James contra o Utah Jazz, no dia 9 de novembro

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Ginásio: American Airlines Arena (capacidade para 19.600 pessoas)
Técnico: Erik Spoelstra (três temporadas, 148-98)

Movimentações no elenco

23 de junho de 2010:  enviou o ala Daequan Cook e a escolha 18 do draft 2010 para o Oklahoma City Thunder em troca de da escolha 32 do draft 2010

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24 de junho de 2010: enviou a escolha 48 do draft 2010 para o Oklahoma City Thunder em troca de uma futura escolha de segunda rodada do draft e considerações em dinheiro

9 de julho de 2010: recebeu o ala LeBron James através de uma sign and trade com o Cleveland Cavaliers e cedeu ao time de Ohio duas escolhas de primeira rodada do draft (2013 e 2015), duas futuras escolhas de segunda rodada do draft e uma trade exception de 14.5 milhões de dólares

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9 de julho de 2010: recebeu o ala-pivô Chris Bosh através de uma sign and trade com o Toronto Raptors e cedeu ao time canadense duas escolhas de primeira rodada do draft e uma trade exception de 14.5 milhões de dólares

12 de julho de 2010: enviou o ala Michael Beasley para o Minnesota Timberwolves em troca de duas escolhas de segunda rodada do draft (2011 e 2014) e considerações em dinheiro

Assinou com Dwyane Wade, Udonis Haslem, Mike Miller, Joel Anthony, Zydrunas Ilgauskas, Juwan Howard, James Jones, Carlos Arroyo, Jamaal Magloire, Shavlik Randolph, Jerry Stackhouse, Erick Dampier e Mike Bibby como agentes livres

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A temporada

Com a formação do Big Three (Dwyane Wade, LeBron James e Chris Bosh), o Miami Heat começou a temporada como o grande favorito à conquista do título. A expectativa era enorme e muitos esperavam até que o Heat batesse o recorde de vitórias na temporada regular (72), que o Chicago Bulls de Michael Jordan conseguiu em 1995/1996. Apesar das duas estrelas e meia, o time de Miami careceu de um elenco de apoio mais qualificado e de um técnico com mais comando. Depois de um começo irregular, o Heat parecia ter se encontrado em quadra no mês de dezembro, quando perdeu apenas dois jogos em 20 disputados. Posteriormente, o time voltou a ser irregular e encontrou dificuldades para decidir alguns jogos nos momentos finais. O Heat fechou a temporada regular com quatro vitórias seguidas, incluindo uma surra (100 x 77) para cima do forte Boston Celtics, e com a segunda melhor campanha do Leste. Na primeira rodada dos playoffs, o time da Flórida não teve dificuldades para superar o Philadelphia 76ers em uma série de cinco partidas. Na semifinal de conferência, o adversário foi o experiente Celtics, vice-campeão da temporada 2009/2010. Para quem imaginava uma série equilibrada, com seis ou sete jogos, o Heat eliminou o time de Boston em cinco partidas e mostrou um basquete de alto nível. Na final do Leste, contra o Chicago Bulls, time que havia feito a melhor campanha da temporada regular, o Heat foi soberano. Após levar uma surra no primeiro jogo (103 x 82), o time de Miami se reencontrou nas quatro partidas seguintes. Mostrou uma defesa forte e um Big Three inspirado. Faltava pouco para conquistar o já cantado anel de campeão. Na grande final contra o Dallas Mavericks, de Dirk Nowitzki, o time de Miami tinha a vantagem no mando de quadra. O Heat chegou a fazer 2 a 1 na série, mas a partir do quarto jogo tudo foi por água abaixo. Com um LeBron James irreconhecível, o time de Miami sucumbiu ao jogo coletivo do time de Dallas. Na sexta partida da série, disputada em Miami, o Heat viu o Mavs fazer a festa e conquistar seu primeiro título da NBA. 

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O draft 2011

O armador Norris Cole (Cleveland State) foi selecionado pelo Chicago Bulls na escolha 28 e trocado para o Minnesota Timberwolves, que, por sua vez, o trocou com o Miami Heat

O perímetro

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No início da temporada, o armador principal do Heat era o porto-riquenho Carlos Arroyo. Ele começou como titular em 43 jogos, mas sempre dividia igualmente os minutos com o jovem Mario Chalmers. Como nenhum dos dois estava agradando, o time de Miami precisava arranjar outro armador. Com a contratação do experiente Mike Bibby, que era agente livre, o Heat dispensou Arroyo em março deste ano. Bibby foi simplesmente ridículo em quadra. Aos 33 anos, ele mostrou que está no final de sua carreira. Nos playoffs, ele perdeu espaço para Chalmers, que mostrou que deve ser o titular na próxima temporada.  

Os outros dois jogadores do perímetro dispensam apresentações. Dwyane Wade e LeBron James, a melhor dupla da NBA, fizeram uma ótima temporada regular. Com números excelentes, eles levaram o time “nas costas”. Os dois foram titulares na equipe do Leste, no All-Star Game. Além disso, James foi o segundo colocado na escolha do MVP da temporada. Nos playoffs, eles foram muito bem nas séries contra Sixers, Celtics e Bulls. Já na grande final, só Wade fez sua parte, só ele chamou a responsabilidade. Parece que LeBron sentiu a pressão de conquistar o primeiro título. No jogo 4 da decisão, ele anotou apenas oito pontos, sua menor pontuação em playoffs. A falta de agressividade de James foi um dos fatores que contribuíram para a derrota do Heat na final.

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Um jogador que poderia ter ajudado mais o time de Miami foi o ala Mike Miller, que perdeu 41 jogos da temporada regular por causa de uma lesão no polegar angariada na pré-temporada. Após se recuperar do problema, Miller mostrou muita irregularidade e teve sua pior temporada em 11 anos de NBA.

O garrafão

O terceiro integrante do Big Three, o ala-pivô Chris Bosh, fez uma boa temporada regular. Único jogador do garrafão com a responsabilidade de marcar pontos, ele fez ótimas séries contra Sixers e Bulls. Bosh é um grande jogador, mas seu nível não se compara ao da dupla Wade e James. 

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O time de Miami sofreu um duro golpe no início da temporada com a contusão do ala-pivô Udonis Haslem, jogador que seria fundamental na rotação do garrafão. Haslem atuou apenas nas primeiras 13 partidas da temporada regular e voltou a jogar somente no final da série contra o Celtics. Sem ele, Bosh ficou sobrecarregado, já que os pivôs do Heat foram praticamente nulos na temporada. Zydrunas Ilgauskas e Erick Dampier sentiram o peso da idade (36 anos cada) e não produziram quase nada de útil em quadra. Nos playoffs, apenas o lituano entrou em quadra, somente nas séries contra Sixers e Celtics. O esforçado Joel Anthony mostrou que é um grande defensor do garrafão. E só. No ataque, ele é peça nula. É consenso que o time de Miami contrate um novo pivô para a próxima temporada.

Análise geral

Para um primeiro ano em que o “novo” Miami Heat atuou junto, o saldo da temporada foi positivo. Claro que, muitos achavam que o Heat ia levar o título com o pé nas costas. Formaram um Big Three de respeito e era o time a ser batido. A equipe teve altos e baixos na temporada regular, mas ainda assim conseguiu a segunda melhor campanha da conferência Leste. O Heat fez ótimas séries de playoffs contra Sixers, Celtics e Bulls. Ficou claro que o time comandado pelo questionado Erik Spoelstra melhorou seu conjunto e passou a defender melhor. E suas estrelas estavam dando conta do recado. No entanto, na final contra o Dallas Mavericks, o time não repetiu o bom desempenho. É inegável que o time de Dallas teve muitos méritos na conquista, mas o Heat voltou a falhar em alguns aspectos que o atrapalharam na temporada regular, principalmente na hora de fechar as partidas. Foi o que aconteceu nos jogos 2, 4 e 5 da decisão.

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Além disso, o astro LeBron James, aquele que foi o centro das atenções no dia 8 de julho de 2010, quando anunciou que estava deixando o Cleveland Cavaliers para se juntar a outras duas estrelas no Miami Heat para ter condições de, finalmente conquistar um título, mostrou que ainda não está pronto para ser campeão. James foi omisso em vários momentos da decisão, foi coadjuvante de Wade, mas não perdeu a pose de arrogante.

Só porque o time foi vice-campeão não quer dizer que tenha que mudar radicalmente e jogar a temporada no lixo. Pelo contrário. O Heat tem a melhor dupla da Liga (Wade e James), um jogador de muita qualidade no garrafão (Bosh) e uma defesa consistente. Saudáveis, Haslem e Miller são bons reservas. Chalmers e Anthony também são úteis na rotação. Adicionando mais um armador e um pivô de bom nível (que não sejam jogadores em final de carreira), o time de Miami tem grandes chances de chegar novamente à final da NBA. Pat Riley, presidente do Heat, sabe que precisa melhorar o elenco de apoio se quiser chegar ao título. Não basta ter apenas um Big Three para colocar no dedo o anel de campeão da NBA.

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O torcedor – Nackphy Ramos

Depois do título de 2006, as pessoas deixaram de ver o Miami Heat como uma equipe pequena. Infelizmente, nas temporadas seguintes, o Heat não obteve o mesmo êxito, sendo até a equipe de pior campanha na temporada 2007-08. Como qualquer torcedor, eu sempre esperei que o Heat voltasse às finais o mais breve possível, mas nas temporadas de 2008-09 e 2009-10, o time foi eliminado na primeira rodada dos playoffs. Isso aconteceu porque a equipe não tinha alguém para dividir o peso da responsabilidade com Dwyane Wade.

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Na última offseason, o Heat deu um grande passo (e põe GRANDE nisso) para realizar o meu sonho de voltar às finais da NBA, quando trouxe LeBron James e Chris Bosh. Para muitos, era título na certa. A partir daquele momento, todos ficaram contra a equipe da Flórida.

O começo de temporada não foi o esperado, com o Heat vencendo nove de 17 jogos. O Big Three não jogava em conjunto, com cada um querendo decidir sozinho; uma armação horrível do Carlos Arroyo; dois jogadores importantes estavam contundidos (Mike Miller e Udonis Haslem) e Chris Bosh apático. Muitos especulavam que Erik Spoelstra seria demitido. Depois disso, o time engrenou uma série de 12 vitórias consecutivas, inclusive com um triunfo sobre o Los Angeles Lakers em pleno Staples Center, no feriado do Natal.

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Depois do All-Star Game, o Heat sofreu críticas pesadas por não vencer as principais equipes da liga, como Celtics, Bulls e Mavericks. Além do mais, o time de Miami não estava conseguindo liquidar as partidas, “entregando” o resultado nos momentos finais. Mas no final da temporada, percebi uma mudança na equipe, que, para mim, foi o que levou Miami para às finais: o Heat estava jogando como um TIME!

Nos playoffs, o Miami massacrou o 76ers na primeira rodada por 4-1. No confronto seguinte, veio o tão aguardado duelo com o Boston Celtics. Para surpresa de muitos, o Heat venceu por 4-1, com Wade jogando uma barbaridade. Nas finais de conferência, o duelo foi contra o Chicago Bulls, equipe de melhor campanha da temporada regular, do MVP da temporada (Derrick Rose) e do melhor técnico (Tom Thibodeau). O Heat venceu novamente com um resultado surpreendente: 4-1, com direito a uma virada espetacular nos momentos finais do jogo 5. Chris Bosh jogou muito bem a série e os coadjuvantes Miller, Anthony e Haslem tiveram um importante papel. Naquele momento, eu acreditava que o Heat estava com o troféu Larry O’Brien nas mãos.

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O adversário nas finais foi mesmo de 2006, o Dallas Mavericks. O Heat venceu a primeira partida em casa. No jogo 2, Miami permitiu que o Mavericks realizasse uma virada incrivel para empatar a série. No fundo, eu vi que o Heat tinha deixado o título escapar. No jogo 3, Miami devolveu a quebra e deixou a série em 2-1, renovando minhas esperanças. A partir daí, os “fantasmas” da temporada regular voltaram a assombrar a equipe e Dirk Nowitzki também jogou demais: o Heat não conseguia finalizar as partidas, o banco não ajudava, LeBron James começou a “pipocar”, a inexperiência do técnico entrou em cena. A equipe mais completa, nesse caso o Dallas Mavericks, venceu as finais.

Acredito que essa tenha sido a “pior” temporada em muitas que o Big Three fará em Miami. Acho que o Heat vem muito forte nos próximos anos, mas precisa corrigir alguns erros. Primeiramente, Mario Chalmers deve ser titular por toda a temporada. Segundo, o time precisa contratar um pivô urgente. Joel Anthony é esforçado, mas não dá. Terceiro, LeBron tem que APARECER nas decisões. E por último, Spoelstra tem que ter pulso firme no comando da equipe. Mas como qualquer torcedor do Miami Heat, acredito que o Big Three irá conquistar pelo menos um título da NBA.

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Titulares

PG: Mike Bibby – 7.3 pontos, 2.5 assistências, 45.5% de aproveitamento nas bolas de três pontos
SG: Dwyane Wade – 25.5 pontos, 6.4 rebotes, 4.6 assistências, 1.5 roubadas de bola, 1.1 tocos, 50.0% de aproveitamento nos arremessos
SF: LeBron James – 26.7 pontos, 7.5 rebotes, 7.0 assistências, 1.6 roubadas de bola, 51.0% de aproveitamento nos arremessos
PF: Chris Bosh – 18.7 pontos, 8.3 rebotes, 81.5% de aproveitamento nos lances livres
C: Joel Anthony – 2.0 pontos, 3.6 rebotes, 1.2 tocos

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Principais reservas

PG: Mario Chalmers – 6.4 pontos, 2.5 assistências
PG/SG: Eddie House – 6.5 pontos
SG/SF: Mike Miller – 5.6 pontos, 4.5 rebotes
SF: James Jones – 5.9 pontos, 42.9% de aproveitamento nas bolas de três pontos
PF: Udonis Haslem – 8.0 pontos, 8.2 rebotes, 51.2% de aproveitamento nos arremessos
C: Zydrunas Ilgauskas – 5.0 pontos, 4.0 rebotes

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