Revisão da temporada – Indiana Pacers

Melhor campanha do Leste foi ofuscada por problemas internos e mais uma eliminação contra o Miami Heat

Fonte: Melhor campanha do Leste foi ofuscada por problemas internos e mais uma eliminação contra o Miami Heat

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Indiana Pacers (56-26)

MVP do time na temporada: Paul George – 21.7 pontos, 6.8 rebotes, 3.5 assistências, 1.9 roubo de bola e 42.4% de aproveitamento nos arremessos de quadra.

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Pontos positivos:

– O Pacers liderou a NBA em eficiência defensiva com uma boa margem na última temporada, cedendo apenas 96.7 pontos a cada 100 posses de bola. Foi um time bem sincronizado que possui bons marcadores em todas as posições.

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– Parte do sucesso defensivo de Indiana deve-se à espetacular marcação que desenvolve próximo da cesta. A equipe teve a melhor defesa da liga em torno do aro com enorme folga, permitindo somente 51.4% de aproveitamento aos adversários.

– Paul George deu mais um passo a frente em sua evolução técnica, mostrando mais conforto ao operar com a bola nas mãos e consistência nos arremessos. Sua reconhecida excelência como defensor foi recompensada com uma escolha para o quinteto ideal de defesa.

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– O Pacers também tem os rebotes como ponto forte. O time teve a sexta melhor média da temporada no quesito (44.7) e pegou 52% dos rebotes que aconteceram em suas partidas, terceiro melhor índice geral.

– Assim como George, Lance Stephenson também deu mais um salto produtivo na última temporada: tornou-se o armador de fato do Pacers e a (pouca) força criativa de um ataque muito carente. Como bônus, liderou a NBA em triplos duplos (cinco).

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Pontos negativos:

– O Pacers não chegou nem perto de repetir o excelente rendimento defensivo nas ações de ataque: com 101.5 pontos marcados a cada 100 posses de bola, o time teve o nono pior índice de eficiência ofensiva da temporada.

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– Mais do que pontuar, Indiana tem problemas para criar bons arremessos. O time terminou a temporada entre os cinco piores em média de assistências (20.1), passes decisivos por erros de ataque (1.39) e porcentagem de posses terminadas em assistências (16%).

– Outro fator que faz o ataque do Pacers ser tão ruim é a ausência de pontos fáceis. Não é uma equipe que “força” erros de ataque do adversário (13.2 turnovers, quarta pior média da liga) e o ritmo lento em que atua não gera pontos em contra-ataque.

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– Apesar da chegada de reforços, o banco de reservas do técnico Frank Vogel continuou sendo um ponto fraco. O veterano ala-pivô Luis Scola foi o único suplente a anotar mais do que sete pontos em média – por bem pouco (7.4).

– O Pacers entrou em parafuso na segunda metade da temporada por conta de supostos problemas internos e caiu assustadoramente de produção. Em certo momento, o pivô Roy Hibbert acusou que existiam “jogadores egoístas” dentro do elenco.

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Análise

Muitos times temem atingir seu melhor basquete antes dos momentos decisivos da temporada. Por incrível que pareça, o Pacers teve as atuações mais irretocáveis e, provavelmente, chegou ao seu auge técnico no início da campanha passada. Os comandados de Frank Vogel abriram o ano com nove vitórias seguidas e perderam apenas um dos primeiros 17 compromissos. Foi uma equipe que brilhou na defesa e surpreendeu no ataque, com um desempenho acima do comum. Mostrou boa movimentação de bola, troca de passes entre perímetro/garrafão e um Paul George bem mais seguro com a bola nas mãos, com atuações dignas de MVP.

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A partir do começo de 2014, as coisas só pioraram. Os crescentes rumores de problemas no elenco fora de quadra se refletiram no elenco do time, que caiu a níveis alarmantes após o Jogo das Estrelas. A defesa continuou bem, mas a ofensiva foi sofrível. A bola “parou” nas mãos, a falta de especialistas em arremessos foi sentida no espaçamento do ataque o momento terrível de alguns jogadores (Hibbert, George Hill) tornou o Pacers o segundo pior time da liga em eficiência ofensiva pós-fevereiro.

Embora tenha conseguido ainda superar o momento ruim para chegar às finais do Leste, batendo Atlanta Hawks e Washington Wizards, a equipe não foi remotamente páreo para um Miami Heat já não tão forte quanto em anos anteriores. Mais do que perder em seis partidas, nunca mostrou real capacidade de vencer os tetracampeões do Leste – como se esperava no início da campanha.

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Futuro

A saída de Lance Stephenson e a lesão que deverá tirar Paul George da próxima temporada inteira são golpes fatais nas pretensões do Pacers. Ao que tudo indica, será uma queda bem brusca para Indiana: de segundo principal candidato ao título do Leste a possível eliminação antes dos playoffs. O elenco perde seus dois titulares mais capacitados no lado ofensivo da quadra e, mais do que nunca, os comandados de Frank Vogel vão ter que apostar na defesa para superar uma conferência em que a maioria da equipes melhoraram consideravelmente.

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Os reforços que chegam para o lugar da dupla (Rodney Stuckey, C.J. Miles) não são capazes de reacender o ataque sozinho. É provável que precisem da ajuda de alguém que não vinha ajudando como pode. Este pode ser Roy Hibbert. Ele é um pivô mais técnico do que a média da liga e terá que lembrar-nos disso para que o ataque consiga “sobreviver” sem George e Stephenson. Se conseguir atrair a atenção das defesas, o jogo tende a “abrir” no perímetro como não aconteceu até o momento.

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