Fonte: Jeff Haynes / AFPCom o final do torneio de seleções europeu, e a aproximação dos campos de treinamento, os times da NBA têm uma nova preocupação. Há a possibilidade de que as estrelas europeias enfrentem uma ressaca pós-EuroBasket e isso ser um problema?
Luka Doncic, por exemplo, jogou 180 minutos durante os últimos dois meses, sem contar os treinos e viagens feitas pela Eslovênia. Sua melhor performance foi no último dia 7, quando anotou 47 pontos contra a França. Aliás, esse foi a maior pontuação de um jogador no EuroBasket nos últimos 65 anos.
No entanto, há chances de Luka, Giannis Antetokounmpo, Nikola Jokic e tantos outros voltarem cansados, fora de forma e mais suscetíveis a lesões?
Quando jogou nas Olímpiadas de Tóquio, em 2021, Doncic participou de cerca de 200 minutos de basquete. Um mês depois, no começo dos treinos do Dallas Mavericks, o esloveno tinha cerca de 13 quilos a mais do que o recomendado pelos médicos do time.
Eventualmente, a estrela começou a perder peso, eliminando cerca de nove quilos até março. Contudo, o começo da temporada foi repleto de piadas e questionamentos quanto ao comprometimento e à forma física do astro esloveno.
Problema não é novo
Vale ressaltar que o basquete de seleções é complicado para jogadores da NBA exatamente por isso. Afinal, Doncic levou sua equipe às finais de conferência, teve cerca de dois meses de descanso e já estava com a Eslovênia para treinos. Portanto, logo após uma temporada de 82 jogos, ele ainda se junta ao selecionado de seu país para treinar, se dedicar e entrar em quadra novamente.
Lógico, os atletas são milionários, e isso é natural da profissão. Além disso, podem escolher não jogar os torneios de seleções. No entanto, a que custo? Seriam chamados de mercenários. Ademais, a relação jogador-país fica bem desgastada. Vimos isso com alguns brasileiros que decidiram ter um período de descanso ao invés de se juntarem à seleção.
Fenômeno vai além dos europeus
Há alguns anos, os Estados Unidos disputam as competições entre seleções (exceto Olimpíadas) sem as suas grandes estrelas. Com isso, acaba tendo uma performance ruim para seus padrões. Isso se deve ao fato de que os astros preferem ter um tempo de descanso nas férias.
Não há saída lógica para o problema além de uma adequação dos calendários. Entretanto, com o ano já tão enxuto, como as competições internacionais e a NBA poderiam coexistir sem os jogadores terem que escolher?
O problema não é só da FIBA. A NBA também deve buscar opções para adequar o seu calendário. Dessa forma, os seus principais nomes poderiam disputar os torneios internacionais. Com todo o respeito, mas uma Copa do Mundo sem Stephen Curry, Kevin Durant, entre outros astros, e com Mason Plumlee e Derrick White (como foi em 2019) não é o ideal.
Sobre o ponto inicial, a resposta é sim. As estrelas europeias do EuroBasket podem voltar fora de forma e com maior risco de lesão, uma espécie de “ressaca”, e isso pode ser um problema para os times da NBA. No entanto, o orgulho nacional parece impedir que estrelas como Jokic, Giannis e Luka não participem de torneios pelas suas bandeiras.
De toda forma, é difícil dizer com certeza o impacto físico que os jogos extras podem ter. Ainda assim, há a necessidade de readequação dos calendários para uma coexistência mais sólida e ninguém sair perdendo.
Assine o canal Jumper Brasil no Youtube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA:
Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp
Canal no Telegram
