Fonte: Reprodução / InstagramO jogador do Houston Rockets que mais gerava dúvidas antes do início da Liga de Verão de Las Vegas era Reed Sheppard. Os questionamentos eram justificados, mas duraram pouco. Dois jogos foram o bastante para transformar a terceira escolha do último draft em uma das atrações da competição. E, como resultado, o gerente-geral Rafael Stone não consegue esconder a empolgação com o novato.
“Nós realmente acreditamos que Reed tem a chance de ser um jogador especial nessa liga. Os seus instintos dentro de quadra, para começar, são espetaculares. Elite. Além disso, esse garoto é um grande passador. Ele constrói e faz jogadas pressionado pelas defesas que poucos jogadores são capazes. É especial mesmo”, afirmou o dirigente, depois da segunda vitória dos texanos no torneio.
Sheppard registrou médias de 20,0 pontos, 4,7 rebotes, 4,7 assistências e 3,0 roubos de bola na competição até agora. Mostrou, mais do que isso, um entrosamento imediato com o ala Cam Whitmore. É comum que vários calouros não sejam tão brilhantes na Summer League por causa do nervosismo óbvio da estreia. Mas, para o calouro de Houston, isso não tem sido um problema.
“Eu sei que existe muita badalação e comentários, mas, no fim das contas, é basquete. O jogo dentro de quadra é o mesmo. Sei que vou ter altos e baixos, pois não há atleta perfeito. Os erros vão acontecer, então só tento manter uma postura positiva sempre. Eu entro em quadra pensando, sobretudo, em me divertir e jogar da forma certa. É o que realmente importa”, cravou o jovem talento.
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Adaptação
Um dos grandes questionamentos em relação à Sheppard antes do draft girava em torno do seu estilo de jogo. Em particular, a sua falta de amostragem operando em pick-and-rolls. Esse é um ponto que “descolava” o armador da base do jogo da NBA atual. Stone reconhece que esse é um ponto crítico para o sucesso do novato na liga, mas não vê tanto problema nessa falta de rodagem.
“É verdade que Reed esteve pouco envolvido nesse tipo de situação no basquete colegial e universitário. Mas, sempre em que esteve, só o vi tomar as decisões certas. Então, a minha teoria se embasa nisso. Ele não teve tanta experiência nessas jogadas, mas soa confortável quando estava. Nós já vimos o bastante para termos confiança em sua capacidade”, revelou o executivo.
O trabalho da equipe de recrutamento de uma franquia, em síntese, é fazer projeções. Para Stone, Sheppard só é um caso um pouco mais complicado disso. “É sempre um desafio definir se um jogador pode fazer bem algo que não faz com tanta frequência. Mas temos certeza de que vai ser uma transição fácil para Reed. Identificamos os recursos nele para ser um bom jogador em pick-and-rolls”, completou.
Número um
Reed Sheppard se tornou jogador do Rockets, antes de tudo, porque duas equipes não o selecionaram antes. Atlanta Hawks e Washington Wizards optaram por outros atletas e, assim, deixaram o armador ao alcance dos texanos. Mas essas escolhas anteriores não impactaram a decisão do time. Afinal, Stone revelou que Sheppard teria sido o seu selecionado mesmo que tivessem a primeira escolha geral.
“Ao fim de nossas análises, a gente concluiu que Reed era o melhor jogador do draft por muita diferença. Então, ele virou o único prospecto em que estávamos focados na noite do recrutamento. Sempre foi o nosso alvo. Por isso, se não tivesse caído até a terceira escolha, já tínhamos um acordo para a seleção ser trocada”, contou o gerente-geral, logo depois do recrutamento.
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