Alexey Shved (Minnesota Timberwolves)
Andre Drummond (Detroit Pistons)
Anthony Davis (New Orleans Hornets)
Bradley Beal (Washington Wizards)
Damian Lillard (Portland Trail Blazers)
Dion Waiters (Cleveland Cavaliers)
Harrison Barnes (Golden State Warriors)
Michael Kidd-Gilchrist (Charlotte Bobcats)
Tyler Zeller (Cleveland Cavaliers)
Esses são os nove atletas selecionados pelos assistentes técnicos da liga para integrar o grupo de calouros do Rising Stars Challenge – o antigo Rookie Challenge. Eu poderia dizer aqui que a lista é muito importante, diz muita coisa sobre a qualidade da turma de novatos, mas não vou ficar mentindo para ninguém. A escolha dos auxiliares, sinceramente, tanto faz para mim.
Primeiramente, a lista pouco me interessa porque o jogo em si pouco me interessa. Eu assisto, é divertidinho, mas não me serve em nada para análise. Seria até injusto analisá-los, porque é um jogo festivo e está lá apenas para incluir os jovens jogadores na grande festa do fim de semana. Eu assisto, durmo e a vida segue.
Em segundo lugar, os assistentes sempre fazem questão de ignorar um estreante que – sem dúvida alguma – deveria estar entre os nove chamados. Não os culpo porque eles têm coisas mais importantes a fazer do que ficar selecionando os melhores calouros da temporada. Ano passado, por exemplo, o ala Chandler Parsons (Houston Rockets) foi deixado de fora da lista. Em 2013, a ausência mais injusta – que aconteceria de qualquer forma, é verdade – é o ala-pivô Jared Sullinger (Boston Celtics).
Por último, os próprios novatos não parecem ficar muito chateados por não estarem lá. Eles querem o reconhecimento, lógico. Mas não existe comoção alguma, por exemplo, em torno daqueles que foram esnobados. Muito diferente do que acontece anualmente em relação aos injustiçados no Jogo das Estrelas. Para os “garotos”, às vezes, é muito mais produtivo ficar treinando com os técnicos e assistir tudo pela televisão.
Bem mais interessante do que ficar apontando injustiçados da lista do Rising Stars Challenge é tentar encontrar tendências nela. Historicamente, o que significa ser convocado para a partida? Ou melhor, como os assistentes técnicos se saem “prevendo” quem serão os destaques da classe, digamos, em cinco ou dez anos? É uma pesquisa que já fiz em uma edição do ranking do ano passado e vou ampliar aqui.
Para fazer o levantamento a seguir, separei os 54 atletas escolhidos para o jogo entre os anos de 2003 e 2008 (ou seja, cinco a dez anos atrás). Quantos talentos “explodiram”? Quantos ficaram pelo caminho? Então, lá vai:
1 – Dezenove deles (35.2% do total) foram convocados (no mínimo) uma vez para o Jogo das Estrelas. Todos eles são o que você imagina quando pensa em um all star? Não. Alguns nomes são difíceis de lembrar, mas todos chegaram lá. É isso o que importa aqui. Em ordem alfabética:
Al Horford (time dos calouros de 2008), Amare Stoudemire (2003), Andre Iguodala (2005), Brandon Roy (2007), Carlos Boozer (2003), Carmelo Anthony (2004), Caron Butler (2003), Chris Bosh (2004), Chris Kaman (2004), Chris Paul (2006), Danny Granger (2006), Deron Williams (2006), Devin Harris (2005), Dwight Howard (2005), Dwyane Wade (2004), Josh Howard (2004), Kevin Durant (2008), LeBron James (2004) e Luol Deng (2005).
2 – Quinze deles (27.8%) sequer estão mais na NBA. Vários motivos podem ter afetado esses atletas, não apenas deficiência técnica, mas não importa aqui. O importante é que, por uma razão ou outra, eles já não estão mais na liga:
Adam Morrison (2007), DaJuan Wagner (2003), Gordan Giricek (2003), Jamario Moon (2008), Jarvis Hayes (2004), Jay Williams (2003), Jordan Farmar (2007), Jorge Garbajosa (2007), Juan Carlos Navarro (2008), Luther Head (2006), Marcus Williams (2007), Marko Jaric (2003), Sarunas Jasikevicius (2006), Sean Williams (2008) e Yi Jianlian (2008).
3 – Os 20 atletas restantes (37%) nunca foram convocados para o Jogo das Estrelas na carreira, mas estão na NBA e possuem carreiras – uns mais, outros menos – sólidas. Grande parte, inclusive, é titular em suas equipes. São eles:
Al Jefferson (2005), Andrea Bargnani (2007), Andrew Bogut (2006), Beno Udrih (2005), Channing Frye (2006), Charlie Villanueva (2006), Drew Gooden (2003), Emeka Okafor (2005), Jeff Green (2008), Josh Smith (2005), Kirk Hinrich (2004), Luis Scola (2008), Mike Conley (2008), Nate Robinson (2006), Nenê Hilário (2003), Paul Millsap (2007), Randy Foye (2007), Rudy Gay (2007), Tony Allen (2005) e Udonis Haslem (2004).
4 – Talvez, o número mais interessante: em cada um dos anos, pelo menos um futuro all star passou “batido” na votação dos auxiliares da NBA. Isso não quer dizer que todos os esnobados foram erros dos assistentes. Muitos “explodiram” depois ou mal jogavam quando estavam estreando na liga, mas isso não vem ao caso. Por um motivo ou outro, os jogadores não fizeram parte da partida festiva no ano de novatos:
Andrew Bynum (2006), David Lee (2006), David West (2004), Jameer Nelson (2005), Joakim Noah (2008), LaMarcus Aldridge (2007), Manu Ginobili (2003), Mo Williams (2004), Rajon Rondo (2007) e Yao Ming (2003).
Agora, volte ao início e veja mais uma vez a lista dos nove novatos que vão participar do Rising Stars Challenge. Com base nas médias encontradas no levantamento anterior, podemos especular que entre os anos 2018 e 2023:
– Três a quatro dos convocados terão participado de, pelo menos, um Jogo das Estrelas;
– Dois a três deles não vão estar mais na NBA;
– Um a dois all stars desta classe de estreantes estão fora da convocação, deverão se tornar grandes jogadores apesar de não terem dado sinais consistentes ainda.
Vamos à terceira edição do Ranking dos Novatos Jumper Brasil, que analisa o desempenho dos estreantes da liga no período entre 30 de dezembro e 29 de janeiro.
(-) 1. Damian Lillard (armador, Portland Trail Blazers)
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O Blazers colocou-se na briga por uma vaga nos playoffs por conta do ataque. A equipe possui uma das dez defesas menos eficientes da liga, mas também o 12º melhor rendimento ofensivo da competição – o que, convenhamos, não é lá um número tão impressionante. Neste cenário, Lillard é o atleta que melhor representa o time. Com sua capacidade de criar para si mesmo e para os companheiros, o calouro é o “coração” do ataque de Portland. Com ele em quadra, os comandados de Terry Stotts marcam ótimos 107.3 pontos a cada 100 posses de bola. Em sua ausência, o número cai para pífios 95.3. Nenhum jogador do elenco chega perto de influenciar de forma tão brutal (+12) o desempenho ofensivo do Blazers – o segundo mais importante é LaMarcus Aldridge, com +9.5.
Por outro lado, assim como outros armadores calouros recentes (Westbrook, Rose, Irving), Lillard dá poucos motivos para ser elogiado como marcador. Além de ficar constantemente preso nos bloqueios e abrir caminho para os oponentes pontuarem (algo que também notei, por exemplo, em Irving e Rubio há um ano), ele se deixa ser batido com absurda facilidade pelos adversários em situações de ataque à cesta – o que, a julgar por sua velocidade, sugere um atleta se guardando para o ataque. No caso, o fato de ceder apenas 0.82 ponto por posse (permitindo pontuação em só 37.4% das tentativas) é enganoso e faz mais jus ao trabalho dos companheiros de elenco cobrindo suas eventuais falhas. Provavelmente, mais ilustrativo sobre sua atuação como marcador é o 0.94 ponto que cede em situações de isolation (inexpressivo 197º melhor índice da liga no um contra um).
No entanto, mais preocupante do que seu rendimento do lado defensivo da quadra, é o intenso tempo de quadra que Lillard vem precisando jogar. Sem reservas de qualidade, o Blazers depende largamente dos titulares. No período aqui analisado, o garoto fez 16 partidas em 31 dias, atuando 39.4 minutos em média. E, por incrível que pareça, ele só jogou menos de 35 minutos em quatro partidas da temporada – a última delas, em 30 de novembro. Difícil acreditar que ele vem aguentando o ritmo. E impossível não pensar até quando ele vai aguentar.
(-) 2. Andre Drummond (pivô, Detroit Pistons)
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No período pré-draft, nenhum prospecto foi comparado a tantos jogadores quanto Drummond. Dwight Howard, DeAndre Jordan, Amare Stoudemire, Kwame Brown, Derrick Favors e JaVale McGee foram somente alguns dos nomes colocados na mesa quando o assunto era o (agora) pivô do Detroit Pistons. Assistindo-o neste mês, porém, ninguém veio tanto a minha cabeça quanto Tyson Chandler. Ambos são ótimos protegendo a cesta. Ambos não têm jogo ofensivo muito apurado. E, acima de tudo, ambos são verdadeiros “monstros” no pick and roll.
Drummond é o 12º jogador mais eficiente da liga em situações de pick and roll, anotando 1.19 pontos por posse de bola. E, se você já leu as edições anteriores do ranking, sabe o motivo: ele é simplesmente muito mais rápido, ágil e atlético do que a maioria dos pivôs da NBA. Falo de um jovem de 19 anos, 125 quilos, quase 2.30m de envergadura e que se move como um armador. Ou seja, uma vez em movimento, ele é quase imparável. E provou isso superando praticamente todos que tentaram marcá-lo no período. Bom para o calouro, que cada dia soa mais como um futuro atleta dominante. E bom para Will Bynum, que teve seu mês de Steve Nash passando para pontes aéreas para o pivô. Foi, sem dúvidas, a dupla mais divertida de ver jogar em janeiro.
O primeiro da NBA em situações em pick and roll é, como você pode imaginar, Chandler. São 1.4 pontos por posse. A diferença (0.21) ainda é grande, mas pode se tornar bem menor com um ajuste no jogo de Drummond. Chandler, quando sofre faltas em jogadas do tipo, converte quase 70% dos lances livres que cobra e eleva seu índice. Já o novato só acerta 40.4%. Isso quer dizer que, como se já não fosse muito bom, o pivô ainda pode ser consideravelmente melhor no quesito.
(↑) 3. Anthony Davis (ala-pivô, New Orleans Hornets)
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Na segunda edição do ranking, eu falei sobre como Andre Drummond consegue ser eficiente no ataque dentro de suas limitações. Embora o atleta não tenha jogo ofensivo fora do garrafão, ele acerta quase 62% dos arremessos que tenta na região (94.5% de seu volume de ataque). Uma prova do talento de Davis é que ele consegue ser ainda melhor do que o pivô do Detroit Pistons na área pintada: converte 64.7% de suas tentativas. O problema é que “apenas” 70% dos arremessos do ala-pivô saem do garrafão. Os outros 30% não são tão gloriosos assim: o índice de conversão cai para 26.1% nos arremessos de média e longa distância.
Ele está errado em tentar cestas de fora do garrafão? Evidente que não. Na verdade, Davis é muito melhor do que os números evidenciam arremessando. Atuando a maior parte do tempo com um pivô como Robin Lopez, ele precisa sair do garrafão e abrir mais espaço. O que está errado é a forma como vem arremessando. O ala-pivô tem exibido o costume ruim de chutar em movimento, sem equilíbrio e saltando para os lados. Curiosamente, algo que não fazia no início da temporada. Foi um hábito adquirido – provavelmente, ao mais visado pelas defesas adversárias e assumir um maior papel na dinâmica de perímetro do time.
Além disso, Davis vem fazendo muitos arremessos contestados, porque, a meu ver, demora a tomar decisões com a bola nas mãos. É como se pensasse demais antes de operar dentro de quadra. Isso compromete a eficiência do atleta por permitir tempo para que as defesas se posicionem: não é raro, por exemplo, vê-lo receber um passe e parar alguns segundos antes de agir. Nos arremessos, o oponente ganha tempo para alcançá-lo e contestar o ato. Mesmo que não soe como algo correto na teoria, o novato precisa apostar mais nos seus instintos. Eles são muito bons – veja, por exemplo, sua movimentação no lado ofensivo da quadra sem a bola. Davis sabe fazer as coisas certas, é um legítimo jogador de basquete. Só precisa da confiança e equilíbrio para fazê-lo sem medo de errar.
(↓) 4. Michael Kidd-Gilchrist (ala, Charlotte Bobcats)
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As estatísticas de Michael Kidd-Gilchrist estão caindo, mas não estou preocupado com isso. Números brutos não simbolizam produtividade e o calouro é um dos poucos jogadores que estão genuinamente (não só no discurso) dispostos a sair de um jogo zerados para ver seu time vencer. O que preocupa, na verdade, é notar o quanto seu impacto nos resultados do Bobcats caiu em janeiro. Em 2012, não importa o tempo que atuasse, o saldo de pontos da equipe enquanto ele estava em quadra era muito maior do que na sua ausência. Agora, as coisas estão muito mais equilibradas. Nos 13 confrontos em que o jovem esteve presente, Charlotte teve -95 pontos acumulados. Com ele, o saldo vai para -82. A diferença de +13 é mínima perto da média de +89.5 que teve na média dos dois primeiros rankings.
O número não chega a ser chocante vendo Kidd-Gilchrist atuar no lado ofensivo da quadra. Todos sabem de suas limitações no ataque, mas a postura apagada que vem apresentando não pode se tornar uma constante. Ele parece simplesmente alheio à dinâmica do time nas tentativas de pontuar, pouco participativo e limitado a dar passes de lado nas ações de meia quadra. Sua média de arremessos por partida é um indicativo claro da queda em seu volume ofensivo. No período do primeiro ranking, ele fez 8.86 tentativas. No seguinte, manteve-se na mesma linha: 8.82. Já no intervalo analisado aqui, o declínio foi brutal: só 7.46 arremessos. Muito ajuda quem não atrapalha, dizem os mais velhos. Mas sequer tentar é pouco para um talento da envergadura do ala.
A notícia boa é que a apatia do novato se limita ao ataque. Os 0.94 pontos que cede por posse aos oponentes (índice bem alto) é resultado de suas falhas nas movimentações e trocas de marcação do que propriamente por sua qualidade como defensor. E isso fica provado quando voltamos os olhos para o um contra um: Kidd-Gilchrist é o 13º melhor marcador da liga em situações de isolation, permitindo apenas 0.53 pontos por posse. Consegue forçar erros de ataque em quase 20% das tentativas adversárias, enquanto cede cestas em 25%. Quem dera ele tivesse parte da confiança de mostra na defesa individual no outro lado da quadra.
(↑) 5. Jared Sullinger (ala-pivô, Boston Celtics)
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A contusão que tirou Sullinger da temporada é algo devastador. Em termos de regularidade, ele era um dos melhores calouros do ano e considero sua ausência na lista do Rising Stars Challenge simplesmente risível. Mais a questão vai além. Foram as suspeitas de problemas crônicos nas costas que fizeram com que o ala-pivô saísse do TOP 20 do draft e uma lesão deste tipo na campanha de estreia é um péssimo ruim para o andamento de sua carreira na NBA. Devastador, afirmo, porque ele não dava quase razão nenhuma para desconfianças dentro de quadra.
A temporada de Sullinger merece elogios por sua capacidade de reinventar-se na NBA: deixou de ser primariamente o pontuador refinado de Ohio State para se tornar um reserva dedicado ao “trabalho sujo”. No entanto, perceba, ele nunca realmente abriu mão do refinado arsenal no ataque. Especialmente no último mês, com o crescimento de seu papel na rotação, o ala-pivô passou a ser mais utilizado no lado ofensivo da quadra e recolocou seus recursos em ação: ganchos curtos, fintas após rebotes ofensivos, movimentações de costas para a cesta. Não é por acaso que o estreante é o 14º atleta mais eficiente da liga em situações de post up, com 0.94 ponto por posse. Ainda vale citar que seu domínio sobre tais recursos dentro do garrafão é tamanho que só cometeu erros de ataque em 3% das tentativas.
Na edição anterior do ranking falei sobre a surpreendente eficiência defensiva de Sullinger na temporada. Agora, seu ataque (0.96 ponto por posse geral, quase um dos 100 melhores da NBA no quesito) foi motivo de elogios. É difícil pensar em um calouro – ainda mais atuando fora de suas características primárias – fazendo falta a um elenco veterano como o Celtics. Mas o ala-pivô fará. Independente do fim prematuro, trata-se de uma grande temporada de estreia.
(↑) 6. Kyle Singler (ala, Detroit Pistons)
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Se Singler não voltou a mostrar aquele nível excelente do primeiro mês de temporada, teve um início de ano para apagar a má impressão deixada em dezembro. E, como não poderia deixar de ser, a “virada” começa com uma enorme melhora nos arremessos: o ala converteu 44% nos tiros de quadra e 40% para três pontos no período estudado aqui – algo que não chega a ser uma surpresa, visto que o calouro toma boas decisões em quadra. Desperdiçou menos posses e deu mais assistências. Enfim, dezembro ficou para trás. Nada em seu jogo, porém, chamou mais minha atenção neste mês do que o trabalho defensivo.
Singler é um defensor subestimado, na verdade, por não possuir os atributos atléticos dos prospectos de elite. Ele não possui a velocidade ou explosão para enfrentar a maioria dos atletas de perímetro da liga, mas, ainda assim, está entre os 100 melhores marcadores da temporada em pontos cedidos por posse (0.81), permitindo aos oponentes apenas 35.8% de conversão nos arremessos. Isso porque, mais do que condição atlética, o ala mostra bons fundamentos defensivos e empenho. Aliás, ele tem duas qualidades muito importantes na defesa que raramente novatos exibem: não fica preso com frequência em bloqueios (até por isso, está no TOP 30 em pontos cedidos em situações off screen – somente 0.74) e não dá espaço – o que, em seu caso, não significa pressionar ou roubar bolas – para os atacantes operarem e criarem suas próprias oportunidades de cesta. Seu trunfo não está na postura agressiva, mas na calma e solidez.
Com a troca de Tayshaun Prince – melhor marcador de perímetro do Pistons –, Singler deverá assumir um papel muito maior na defesa do time. Bater de frente com alguns dos principais jogadores da liga. Um papel que, provavelmente, excede seu potencial.
(↓) 7. Alexey Shved (armador, Minnesota Timberwolves)
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Janeiro não foi o melhor mês para Shved: além de ficar afastado por cinco partidas por conta de lesão, o jovem russo não repetiu o excelente rendimento do fim de 2012. A instabilidade, aliás, é uma marca de sua temporada até o momento. Um motivo possível são as mudanças constantes no elenco do Timberwolves, que sofre com lesões. No entanto, a impressão que tenho é que o estreante – como é comum – não tem uma real consciência do que realmente funciona em seu jogo na NBA. Assim, seu rendimento oscila e ele segue tomando decisões nem sempre muito eficientes em aspectos importantes do jogo.
A maior qualidade que Shved mostrou até o momento no basquete dos EUA foi o passe. Não à toa, seu melhor mês (dezembro) foi aquele em que teve a maior média de assistências (5.7), assistências por erros (2.11) e porcentagem de posses que terminaram em assistências (mais de 27%). Os índices de passes do novato caíram no início de 2013, enquanto a quantidade de arremessos disparou – tanto a média por jogo (de 9.84 para 10.55), quanto por minuto jogado (0.30 para 0.33). Observe os aproveitamentos dele na temporada – 38% de quadra e 31.5% para três pontos – e analise se a “troca” é boa.
O armador russo arremessando mais não é uma boa notícia porque, mais do que uma seleção ruim nos tiros de quadra (algo de que já falei em uma edição passada), ele não parece ter consciência de quais são seus pontos fortes no quesito. Shved vem superando suas limitações físicas e acertando 65% dos arremessos próximo à cesta. Um ótimo índice de conversão. O único problema é que esta é somente a terceira área da quadra de onde o calouro mais chuta (21.5%). Ele arremessa bolas de média distância em 21.8% de suas oportunidades, acertando só 30% das tentativas. E, mais impressionante, gasta mais de 44% de suas posses em tiros de três pontos de frente para a cesta. De lá, converte 29%. Com esse tipo de rotina, é muito difícil pedir mais. Na verdade, é muito difícil ser eficiente.
(-) 8. Dion Waiters (ala-armador, Cleveland Cavaliers)
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Waiters não tem a altura ideal para sua posição, mas é dono de um legítimo tanque em forma de corpo – compacto, forte e capaz de superar contato. E foi finalmente usando tal vantagem física que o ala-armador emplacou seu melhor mês pontuando como profissional. Como bem apontou David Thorpe, da ESPN: “Dion foi feito para ir aos lances livres”. Em janeiro, o jovem deixou um pouco de lado sua problemática seleção de arremessos (os chutes contestados, desequilibrados, fadeaways com 12 segundos no relógio) para atacar mais a cesta e utilizar o físico com mais regularidade. Os resultados foram muito bons, lógico, porque isso é o que acontece quando se joga com seus pontos fortes.
Até o início do período analisado aqui, Waiters tinha cobrado apenas 64 lances livres em 24 partidas (2.66 por jogo), convertendo 73.4% deles. O número pode não desprezível, mas evidencia um grande potencial pouco explorado. Nos 14 confrontos realizados entre 30 de dezembro e 29 de janeiro, porém, ele conseguiu 58 lances livres (4.14 por jogo) e acertou 82.7% deles. Uma grande e necessária evolução, porque o novato precisa de pontos fáceis – afinal, não acerta nem 40% dos arremessos de quadra que tenta. Na última década, Corey Maggette manteve-se entre os principais scorers da liga, basicamente, acumulando lances livres. Com o físico que tem, o titular do Cavs pode fazer o mesmo. Só precisa manter a mentalidade certa.
Mas não é só no ataque em que Waiters precisa utilizar mais a vantagem de ter o corpo que tem. Ele possui um grande potencial como defensor, mas, para alcançá-lo, precisa ser mais físico. Ele tem flashes do bom marcador que pode ser (momentos mais agressivos, quebrando linhas de passes e isolando atacantes nos cantos da quadra), mas, no geral, o rendimento é muito abaixo do esperado. Ele permite 1.1 pontos por posse aos adversários, o que o coloca entre os 150 piores defensores da temporada. Na prática, um resultado direto da difícil adaptação ao jogo individual da NBA saindo da defesa zona de Syracuse. Ele dá muito espaço para os oponentes operarem com a bola nas mãos, pois ainda está inconscientemente mais acostumado a marcar espaços do que propriamente jogadores.
(↑) 9. Bradley Beal (ala-armador, Washington Wizards)
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A história se repete. Especialista nos arremessos de longa distância, Beal começou muito mal no quesito sua única temporada no basquete universitário. Mal conseguia alcançar os 30% de aproveitamento e não chegava perto de repetir o ótimo índice de acerto do basquete colegial. Após 25 jogos mais ou menos, porém, a maré mudou. Como se tivesse apenas precisado se aquecer, o ala-armador viu a taxa de conversão nos arremessos de três disparar para a casa dos absurdos 45-50%. Foi o destaque da Universidade da Flórida na reta final da campanha. Mais importante, no Torneio da NCAA. Saiu do status de decepção para se tornar a terceira escolha do recrutamento. Trocando algumas palavras, essa é sua história também em seu primeiro ano como profissional.
Revisando as parciais para os dois primeiros rankings dos novatos, Beal converteu 32.6% dos arremessos de quadra e 33.3% para três pontos na primeira edição, enquanto acertou 37.3% dos tiros de quadra e (pífios) 20.3% de longa distância para fechar 2012. O intrigante no caso era que, como aconteceu na NCAA, não havia nada com sua rotina de arremesso – uma das mecânicas mais bonitas vistas em anos recentes, alta e com impecável postura. Além disso, não estava chutando bolas marcando ou coisa do tipo. Aparentemente, não caía por outros motivos (falta de treino, confiança, lesão). Motivo que parecem ter desaparecido em janeiro. Nas 15 partidas disputadas no período, o ala-armador fez 44.7% dos tiros tentados e 49.2% para três pontos – uma porcentagem simplesmente fantástica.
Com a confiança alta, é hora de esperar outro salto por parte de Beal: explorar o potencial que possui atuando com a bola nas mãos. Ele é mais versátil do que seu jogo aparenta e bastante seguro com suas posses (comete erros de ataque em apenas 8.7% delas, 11º SG que menos comete desperdícios entre aqueles que atuam 20 ou mais minutos). O calouro é um excelente arremessador e deve fazer uso do recurso, mas pode ir muito além. Pode ser regularmente o jogador que decidiu o duelo contra o Thunder. É isso, certamente, que o Wizards espera ao selecioná-lo no topo do draft.
(-) 10. Tyler Zeller (pivô, Cleveland Cavaliers)
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Zeller foi o segundo estreante que mais jogou em média no mês (34.2 minutos de ação) e vem aproveitando abundante disponível pela ausência de Anderson Varejão para, se não assustar quem assiste com potencial, acumular sólidas atuações. Em janeiro, ele foi o segundo calouro que mais pegou rebotes (7.7) e distribuiu tocos (1.7) da classe – nos dois quesitos, perdendo para o superprodutivo Andre Drummond. Como eu disse, se as estatísticas não sugerem um futuro all star em formação, mostram um pivô sólido que (lógico, com um ou outro problema) vem sendo capaz de segurar uma situação complicada.
Na última edição do ranking, eu comentei que Zeller não impressionava em nenhum aspecto do jogo. É hora da correção: embora não tenha a oportunidade de exibir com regularidade, o jovem pivô é um passador acima da média da posição. Como também avaliei na segunda edição, o Cavalier é um jogador móvel que entende como se movimentar, colocando-se em boas posições para receber passes no perímetro. Essa atenção ofensiva também é vista no momento em que ele precisa passar, em especial quando posicionado na cabeça do garrafão (high post). Olhando os números, então, vale a pena perguntar: se ele passa tão bem a bola, porque tem média de apenas 1.3 assistências e 0.92 assistências por erro?
Primeiramente, porque Zeller não é o jogador que atrai defesas e abre espaços para outros. Na verdade, ele é o inverso: o jogador que recebe a bola se aproveitando do espaço aberto pelos companheiros. Então, naturalmente, o modo como vem atuando (diferente da universidade, quando recebia mais bolas de costas para a cesta e atraía maior atenção das defesas) não o faz um passador. Além disso, a ausência de atletas que se movimentem sem a bola no Cavs (talvez, o único seja Alonzo Gee) não cria condições ideais para encontrá-los em chances de pontuar. Mesmo assim, ele dá assistências mais de 11% de suas posses – o que o posiciona entre os 15 melhores pivôs da liga no quesito.
COMPLETANDO O TOP 20 (em ordem alfabética):
Andrew Nicholson (ala-pivô, Orlando Magic)
Brian Roberts (armador, New Orleans Hornets)
Harrison Barnes (ala, Golden State Warriors)
Jae Crowder (ala, Dallas Mavericks)
Jeff Taylor (ala, Charlotte Bobcats)
John Henson (ala-pivô, Milwaukee Bucks)
Jonas Valanciunas (pivô, Toronto Raptors)
Meyers Leonard (pivô, Portland Trail Blazers)
Pablo Prigioni (armador, New York Knicks)
Terrence Ross (ala-armador, Toronto Raptors)
FORA DO RANKING
John Jenkins (ala-armador, Atlanta Hawks)
Jogos Publicidade
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Min. |
Pts. |
Reb. |
Ass. Publicidade
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Tocos |
Erros |
FG% |
3pt.% Publicidade
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FT% |
28 |
11.1 |
4.0 Publicidade
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1.1 |
0.6 |
0.2 |
0.4 Publicidade
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42.3 |
41.3 |
100 |
“Jenkins é um excelente arremessador e isso é algo certo. Mas não é nada mais”. Escrevi isso em julho do ano passado, analisando a primeira rodada do último draft, e acho que o parecer continua bem pertinente. Jenkins é um arremessador e nada muito além. O que não significa que não tenha condições de jogar na NBA. Pelo contrário. Em seu primeiro mês com reais oportunidades de atuar pelo Hawks, ele provou possuir o necessário para se estabelecer na liga como um especialista.
É evidente que, como um ótimo arremessador, Jenkins tem a mecânica de chute como uma de suas principais qualidades. Embora o ponto de lançamento não seja tão alto, trata-se de um movimento extremamente rápido, equilibrado e consistente – o que indica, mais do que talento, um trabalho de intensa repetição nos treinamentos. O resultado é um ato de arremesso que soa natural, quase automático. Um atraso mínimo da marcação, curto espaço e/ou período de tempo cedido, é o bastante para que o calouro possa pontuar.
Mas, talvez, o maior diferencial do novato para grande parte dos arremessadores é que ele não assume uma posição em quadra e espera a bola chegar a suas mãos. Jenkins sabe jogar sem a bola nas mãos e está em constante movimentação buscando pontos livres e dificultando os trabalhos da defesa adversária. Além disso, o ala-armador é inteligente e calmo o bastante para utilizar fintas e colocar-se em condições (ainda) mais favoráveis para pontuar – um trunfo cada vez menos frequente nos “afobados” jovens arremessadores.
Sua movimentação, calma e rapidez para arremessar faz com que seja um recurso ofensivo especialmente eficaz, por exemplo, ao receber a ajuda dos companheiros de time com bloqueios sobre os defensores. Saindo desses bloqueios (off screen), o ala-armador anota mais de um ponto por posse (48.4% de conversão), o que coloca-o entre os 25 melhores jogadores da NBA nesta situação.
RELATÓRIO DA D-LEAGUE
Fab Melo (pivô, Boston Celtics / Maine Red Claws)
Jogos |
Min. |
Pts. |
Reb. Publicidade
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Ass. |
Tocos |
Erros |
FG% Publicidade
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3pt.% |
FT% |
19 |
27.7 Publicidade
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11.3 |
6.8 |
0.8 |
3.6 Publicidade
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1.5 |
53.0 |
– |
71.7 Publicidade
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Fab Melo é um projeto do Boston Celtics e, por isso, passou a maior parte da temporada na D-League. A liga de desenvolvimento foi incorporada às atividades da NBA pensando em atletas como o brasileiro: com potencial, mas que ainda não estão no ponto. Neste sentido, o trabalho da franquia em conjunto com o Maine Red Claws é exemplar. Depois de dois anos atuando na Universidade de Syracuse, cujo estilo se diferencia muito do basquete profissional, o pivô precisava de um “estágio” para se habituar ao jogo (muito) mais individualizado do qual faz parte agora.
Ofensivamente, Melo continua mostrando as mesmas qualidades e problemas discutidos antes do draft. Embora dê sinais promissores ocasionais (ganchos, fintas), seu jogo de costas para a cesta é quase nulo. Ele supera esse pouco refinamento com vontade e muita movimentação: extremamente móvel e ágil para um atleta de 2.13m, o jovem constantemente se sobrepõem aos pivôs da D-League fazendo uso de seus atributos atléticos, finalizando contra-ataques ou cortando para a cesta sem a bola. Outro trunfo do brasileiro que vem se revelando efetivo na liga de desenvolvimento é o arremesso de média distância – uma característica que costuma se traduzir bem em qualquer nível profissional –, afastando pivôs mais pesados do garrafão.
Quando o assunto é defesa, lógico que salta aos olhos a média de 3.6 tocos – a melhor entre os jogadores em atividade na D-League –, uma prova incontestável de seu timing e noção de cobertura defensiva. No entanto, mais do que tocos, Melo altera arremessos dos adversários para fazer sua presença sempre sentida no garrafão. No entanto, mais importante do que os tocos, o brasileiro mostra avanços na marcação individual (lembre-se que ele só atuou zona em Syracuse): ele soa cada vez mais habituado ao jogo físico que o espera na NBA (mesmo que não tenha corpo) e ceder menos espaços aos atacantes. Neste sentido, a mentalidade e postura parecem já bem “ajustadas”. O que ainda compromete muito é o trabalho de pernas, que faz com que pareça constantemente desajeitado em quadra – tropeça, cai, se enrola.
Fab Melo não está pronto e o Celtics sabe disso. Não o esperam arrebentando agora e isso não é demérito. Muitos bons jogadores precisaram da D-League para dar um salto na carreira. O importante é que já dá para ver que o brasileiro avançou passos importantes na tentativa de ser um jogador sólido na NBA.
JUMPER BRASIL DISCUTE REDUX
1 – Hoje, quem é o melhor calouro da temporada?
Gustavo Lima: Damian Lillard (Blazers). Os números dele falam por si só: 18.3 pontos, 3.4 rebotes e 5.6 assistências. É o segundo cestinha da equipe, já chama a responsabilidade em momentos decisivos e mostrou que pode se tornar um all star em alguns anos. Portland acertou em cheio na sexta escolha.
Zeca Oliveira: Damian Lillard (Blazers). A distância para os outros diminuiu consideravelmente neste último mês pela ascensão de jogadores como Bradley Beal (Wizards) e Anthony Davis (Hornets), mas, olhando para a temporada como um todo, ele ainda é o melhor com sobras. É o novato que conseguiu ter um papel relevante na sua equipe desde o primeiro jogo.
Gustavo Freitas: Damian Lillard (Blazers). De longe. Finalmente, o Portland tem um armador em quem possa confiar desde Terry Porter. Além de ser bom organizador de jogadas, ele é ótimo arremessador. Seu único problema, talvez, seja a seleção de arremessos. O favorito antes da temporada, Anthony Davis, ficou contundido e seu time não o ajudou.
2 – Qual novato mais te surpreendeu positivamente até o momento?
Gustavo Lima: Andre Drummond (Pistons). Antes do draft, eu achava que ele seria um bust. Caí do cavalo. Mesmo com poucos minutos de quadra, o pivô tem mostrado muita qualidade. Acredito que já está claro para todos que Detroit tem uma ótima dupla de garrafão para os próximos anos com Drummond e Greg Monroe.
Zeca Oliveira: Andre Drummond (Pistons). Não que eu achasse que ele seria um bust, mas, com certeza, esperava uma adaptação mais difícil – ainda mais depois da Liga de Verão de Orlando, onde ele teve muita dificuldade para ficar em quadra por problemas com faltas. Está jogando muito bem, tem um impacto incrível nos 20 minutos que atua por jogo e, mais do que isso, é uma esperança para a franquia de Detroit pensando nos próximos anos.
Gustavo Freitas: Alexey Shved (Timberwolves). Ele vem de outra escola e, talvez por isso, faça a diferença entre os novatos. Gosto muito do jogo do russo. Outro que vejo com bons olhos é Andre Drummond (Pistons). Para muitos, ele poderia ser um bust, mas ele acabou se revelando um defensor sensacional e muda a cara do time quando entra em quadra.
3 – Qual estreante é a maior decepção da temporada?
Gustavo Lima: Austin Rivers (Hornets). Enquanto Eric Gordon esteve machucado, ele teve bastante tempo de quadra e foi uma lástima. Conseguiu ser pior do que eu imaginava. Só relembrando o que havia dito na época do draft: o time de Nova Orleans deveria ter escolhido um armador na décima seleção (leia-se: Kendall Marshall).
Zeca Oliveira: Thomas Robinson (Kings). Vem melhorando agora em janeiro, mas eu achava que teria um impacto imediato na NBA. Até agora, o ala-pivô mostrou-se mais despreparado do que o esperado.
Gustavo Freitas: Até pouco tempo, eu ficava na dúvida entre Austin Rivers (Hornets) e Thomas Robinson (Kings). O primeiro teve a chance de ser titular por várias partidas e não foi bem. Não armou, arremessou mal e defendeu pior ainda. O segundo não havia feito nada até esses dias, nada que impressionasse. Mas, recentemente, passou a ter mais tempo de quadra e vem ganhando importância em uma equipe bastante desorganizada. Assim, acho que é Rivers.
Legenda:
Min. – Minutos
Pts. – Pontos
Reb. – Rebotes
Ass. – Assistências
R.B – Roubos de bola
FG% – Porcentagem de aproveitamento de arremessos de quadra
3pt.% – Porcentagem de aproveitamento de arremessos de três pontos
FT% – Porcentagem de aproveitamento de lances livres
Fontes estatísticas: NBA, ESPN, 82 games, Synergy Sports, Basketball Reference – e minha calculadora.