Gary Trent Jr.
Idade: 19 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Duke
Experiência: Freshman
Posição: ala-armador / ala
Altura: 6’5.5’’ (1.97m)
Médias na última temporada: 14.5 pontos, 4.2 rebotes, 1.4 assistência, 1.2 roubo de bola, 0.1 toco, 1.0 erro de ataque, 41.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 40.2% de conversão nos tiros de longa distância, 87.6% de acerto nos lances livres em 33.9 minutos em quadra
Pontos fortes
– Trent é dono de um perfil físico ideal para atuar como ala-armador (e até ala) no próximo nível: combina 1.97m de altura, 2.05m de envergadura e um corpo muito mais forte do que o típico prospecto de 19 anos.
– Trata-se de um ótimo finalizador operando em contra-ataque ou quando agride o aro de forma decidida. Sabe atacar closeouts, utiliza o físico para abrir e proteger seu espaço rumo à cesta.
– Com mecânica limpa e rápida, Trent é um dos melhores arremessadores do draft. Acertou 40.2% de suas 6.5 tentativas por jogo de longa distância, além de quase 90% da linha dos lances livres, na última temporada.
– Ele comete baixíssimo número de desperdícios de bola, até por ser um chutador. Seu controle de bola parece ser adequado e bastante seguro para um jogador da posição, sem tendência a “inventar”.
– Trent é um reboteiro muito sólido para um ala-armador, ajudado pelos atributos físicos: consegue estabelecer/proteger espaço por conta do corpo forte e possui envergadura para buscar bolas no ar.
– Apresenta potencial para ser um bom defensor – no um contra um, em especial – na sequência da carreira, por conta da presença física impositiva para conter as infiltrações e o fato de ocupar muito espaço.
– Sua maior virtude defensiva no momento está na capacidade de quebrar linhas de passe. Pode ser agressivo demais em várias posses, mas exibe instintos razoáveis e beneficia-se dos braços longos.
– Pode-se dizer que Trent exercia um papel ofensivo de apoio em Duke, que deverá revelar-se parecido com aquele que projeta cumprir na NBA: seu maior volume era como um arremessador em situação de spot up.
– Não “foge da bola” nos momentos mais agudos das partidas e já converteu cestas importantes para Duke em jogos apertados da temporada – contestado e além da linha de três pontos da NBA, muitas vezes.
– Elogiado constantemente por sua maturidade e profissionalismo por colegas e ex-técnicos. Isso pode ser reflexo do pedigree de jogador de basquete na família: é filho de Gary Trent, ex-ala do Timberwolves.
Pontos fracos
– Apesar de alguns highlights impressionantes, Trent passa longe de ser um atleta de elite: não se trata de alguém particularmente explosivo e sua velocidade está abaixo da média de um atleta de perímetro da NBA.
– Parece movimentar-se pela quadra de forma pouco fluida e ágil para um jogador de basquete profissional, o que não chega a ser tão surpreendente por conta de já ser tão forte fisicamente.
– Trent teve chances de criar o próprio arremesso em média distância ao longo da temporada, mas simplesmente não acho que crie separação para os marcadores eficientemente ou tenha uma boa seleção de oportunidades.
– Tem a tendência de abortar infiltrações e chances de finalizar próximo do aro para tentar tiros mais longos e difíceis, o que reflete-se parcialmente no baixo índice de lances livres cobrados por jogo (2.6).
– Reputação de arremessador inconsistente, que os números da última temporada parecem atestar: acertou menos de 30% de suas tentativas de longa distância em quase metade das partidas que disputou (15 de 37).
– A visão de quadra de Trent não é das mais apuradas. Não se trata de um atleta egoísta ou fominha, mas suas tendências são de um pontuador e ele não enxerga companheiros livres enquanto em movimento.
– Sua eficiência defensiva deixa muito a desejar neste momento, com problemas que vão da limitada agilidade lateral a uma falta de atenção e compreensão da defesa fora da bola bem visível.
– Acostumou-se a usar mais força do que técnica para superar os oponentes nos níveis colegial e universitário, pela evidente vantagem física que sempre possuiu. Isso não deverá funcionar entre os profissionais.
– Versatilidade é um problema quando se projeta Trent na NBA. Como ele poderá contribuir para um time, competindo contra jogadores mais experientes, em uma noite em que seu arremesso não cair?
– Deixou o basquete universitário mais pela falta de espaço na rotação de Duke no segundo semestre do que por opção. Trent é jovem e possui inegável upside, mas pode precisar de tempo na G-League para seguir desenvolvendo-se.
Comparações: Tim Hardaway Jr. (New York Knicks) menos atlético
Projeção: da 25ª a 50ª escolha geral
Confira alguns lances de Gary Trent Jr.
https://www.youtube.com/watch?v=hyeV37oLQps
https://www.youtube.com/watch?v=Vua4on7vr5A