Profissionais da NBA avaliam temporada recorde de LeBron James

Astro do Lakers segue como exemplo de longevidade na liga após completar 41 anos de idade

lebron james recorde nba Fonte: Reprodução / X

LeBron James completou 41 anos de idade como um ícone enquanto disputa a recorde 23a temporada na NBA. O astro do Los Angeles Lakers é um símbolo de longevidade e, por isso, vai ser um exemplo eterno para atletas, técnicos e torcedores. Mas, por mais que siga em alto nível, já não é aquele jogador dominante do auge de sua carreira. A despedida está perto, pois o tempo é o único invicto nos esportes.

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É claro que o ala, a princípio, merece parabéns só por estar em quadra com o nível de atuação que ainda apresenta. É um recorde incrível, afinal. No entanto, do ponto de vista técnico, o que podemos falar da campanha do craque? O site Responsible Gaming consultou dois experientes olheiros e um assistente técnico da NBA para falar sobre o momento da carreira do veterano. Os três falaram em condição de anonimato.

As respostas mostraram opiniões reverentes, mas, ao mesmo tempo, muito diferentes sobre o desempenho de LeBron James. Há razões para elogios e para crítica em sua temporada. Além disso, os profissionais também abordaram o seu futuro na liga e o encaixe no atual time do Lakers.

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Visão geral

É preciso lembrar que, pela primeira vez na carreira, LeBron James não começou a sua temporada de recorde na NBA à disposição. Ele foi desfalque por mais de dez partidas do Lakers por causa de uma inflamação no nervo ciático. Mas, assim que voltou a atuar, mostrou que continua produtivo. O craque registra médias de 20,5 pontos, 5,0 rebotes e 6,7 assistências, enquanto acerta mais de 50% dos seus arremessos de quadra.

“LeBron tem sido incrível nessa temporada. Ele ainda é eficiente e faz as jogadas certas. Com isso, torna todos ao seu redor melhores. Deandre Ayton, por exemplo, está ótimo ao seu lado. Não é mais aquele jogador que exige dobras de marcação e inicia o ataque em todas as posses. Mas ainda pode converter arremessos e passar a qualidade. Além disso, segue um monstro em transição”, exaltou o assistente técnico.

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O primeiro olheiro reconhece como James encara as mudanças do esporte e do próprio corpo. “Os anos passaram e o basquete está mais físico. Mas, mesmo aos 40 anos, ele segue jogando em alto nível aos seus termos. Ainda quase faz triplos-duplos. E, aliás, tudo isso é ainda mais impressionante por ter acabado de se recuperar de lesão. Ou seja, também trabalha para se manter saudável”, elogiou.

No entanto, o segundo olheiro crê que o impacto do veterano destoa dos números. Já não é o mesmo de antes. “Para ser sincero, eu acho que LeBron está entediado com o processo. É meio difícil reunir forças e motivação para fazer o que já está acostumado nesse momento. Ele ainda é capaz de marcar 25 pontos a cada noite. Mas não sei se impacta vitórias de uma forma parecida como já fez”, ponderou.

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Novos tempos

A atual temporada de LeBron James traz um recorde, mas também evidencia os novos tempos em sua carreira na NBA. Houve um momento em que dominava tudo em um time, mas, agora, já não é assim. Ele assumiu uma função secundária, enquanto divide o protagonismo com Luka Doncic e Austin Reaves. O consenso é que as formações com os três juntos, de certa forma, forçam o veterano a ser “coadjuvante demais”.

“É duro ver LeBron jogar quando os três estão em quadra. Ele até está envolvido, mas é bem estranho vê-lo tocar tão pouco na bola, sabe? Acho que, quando só está ao lado de um deles, JJ Redick acha formas de utilizá-lo em mais posses. Há mais ações para que passe a bola a partir do post, por exemplo. Mas, com o trio, eu sinto que simplesmente não há espaço para todos”, avaliou o assistente técnico.

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O primeiro olheiro vê James em quadra ainda como um jogador em adaptação a novas condições. Então, é preciso dar tempo ao tempo. “LeBron sempre jogou em um ritmo natural e com passe livre para fazer o que quisesse no sentido de vencer. Para mim, a princípio, isso não mudou. Mas, agora, a equipe tem outras duas referências. Por isso, acho que é normal que seja um momento de ajuste”, explicou.

O segundo olheiro seguiu uma linha parecida em sua análise. “As coisas estão um pouco melhores com Austin fora de ação, pois LeBron é o criador secundário. Mas a questão é que Luka precisa tanto da bola nas mãos que isso significa pouco. Quando todos estão em quadra, alguém precisa ficar de lado. Já foi Austin, mas é LeBron agora. A parte boa é que ele parece estar bem com isso”, finalizou.

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E a defesa?

Desde a segunda passagem pelo Cleveland Cavaliers, apesar de acumular recorde s, a maior crítica a LeBron James na NBA está em seu rendimento defensivo durante a temporada. E, por enquanto, isso não mudou. Os três consultados admitem que a sua capacidade de marcação está bem abaixo do que vimos no auge da carreira. Caiu mais do que outros quesitos. Mas você pode analisar isso de forma mais ou menos dura.

“A avaliação do rendimento defensivo de LeBron é, acima de tudo, subjetiva. Ele está um passo mais lento, certamente. Mas ainda tem o conhecimento e os instintos bem apurados. Ele sabe os espaços da quadra que deve ocupar, pois é experiente e muito esperto. Em termos de condição física, segue em ótima forma e adora competir. Mas existem coisas que já não consegue fazer mesmo”, ressaltou o primeiro olheiro.

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Há dados, de fato, que apontam para a ineficiência defensiva de James nesse momento. O Lakers está 4,3 pontos por 100 posses de bola pior quando o ala está em quadra, por exemplo. Das seis formações com mais tempo de quadra do time na temporada, as três com melhor eficiência defensiva não incluem o astro. O segundo olheiro consultado vê um jogador que justifica tais números.

“Para mim, a sua defesa está cada vez pior. É quase como se jogassem quatro contra cinco na marcação. Se tiver chance de quebrar uma linha de passe, ele vai. Mas não volta. Sua defesa no lado fraco da quadra tem sido horrível. Ele não quer se mover, então só fica apontando para os companheiros. É difícil, aliás, dizer quem está pior nisso: Luka, Austin ou ele”, criticou o observador da liga.

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Futuro

LeBron James está em sua última temporada de contrato com o Lakers – e, talvez, na NBA. É claro que a reação natural de todos é questionar se ele vai se aposentar. Mas isso também significa que pode seguir em quadra, mas ser agente livre e assinar com outro time. O assistente técnico consultado pela Responsible Gaming crê que esse é o caminho que deveria seguir no segundo semestre de 2026.

“Se estivesse em seu lugar, eu sairia do Lakers ou parava depois dessa temporada. Por que continuar, se não for para jogar do seu jeito? Afinal, esse homem já não tem mais nada a provar para ninguém. Todos falam para voltar a jogar em Cleveland, mas acho que iria para o Golden State Warriors. Eles passam a bola o tempo inteiro e sabem jogar, então seria um bom encaixe. Pois jogar ao lado de Luka, certamente, não é”, concluiu o auxiliar.

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