Fonte: Andrew D. Bernstein / AFPO Los Angeles Lakers trouxe reforços antes do fechamento da janela de trocas, mas flerta com o fracasso a cada rodada. A equipe perdeu quatro dos cinco jogos mais recentes e, com isso, isolou-se na 13ª colocação do Oeste. Fica, além disso, cada vez mais longe até da zona de classificação para o play-in. Por que? Patrick Beverley acredita que o problema do Lakers vai muito além da quadra.
“O problema dessa equipe não é basquete. Não sei dizer exatamente o que é, mas nunca esteve em quadra. São outras coisas. Questões, no entanto, que eu não sei realmente explicar. Era uma sensação ruim de tempos em tempos. Um pouco aqui, um pouco ali. O clima era muito instável e, como resultado, a qualidade do nosso jogo era também”, contou o veterano, na nova edição do seu podcast.
Beverley pode discutir a situação com conhecimento de causa e, ao mesmo tempo, descompromisso. Ele foi um dos atletas “sacrificados”, afinal, para que os reforços chegassem. O polêmico armador foi negociado para o Orlando Magic em troca de Mo Bamba. Ele acabou dispensado e deve assinar com um time de playoffs, mas, por enquanto, a situação da antiga equipe segue em sua cabeça.
“Alguma coisa não encaixou lá, certamente. Eu tentei manter aquele time unido e dar uma injeção de ânimo, mas o problema não é basquete. Está além. Na maior parte do tempo, no entanto, o problema não está em quadra. Tudo gira em torno do esforço que entregamos para o coletivo, no fim das contas. E eu falo de todos, do primeiro ao 15º jogador”, explicou o experiente armador.
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Troca
Patrick Beverley não era o problema do Lakers, mas precisou ser trocado para que o elenco passasse por uma necessária reformulação. O seu espírito competitivo e atitude em quadra, aliás, eram elogiados dentro da organização. Mas o polêmico jogador revelou que não foi surpreendido pela troca. Ele já sentia, aliás, que uma mudança de ares estava por vir.
“Para começar, eu senti que alguma coisa aconteceria naquele dia. Tanto que, no início da manhã, mandei mensagens para Rob Pelinka perguntando sobre o que esperar. Era um dia de jogo, então fiz a minha preparação normal. Tirei a minha soneca e, ao acordar, falaram para ligar para a minha mãe. Foi assim que fiquei sabendo. Mas, certamente, não foi uma surpresa”, confessou o veterano.
Não ser surpreendido, no entanto, não quer dizer aprovar a decisão. O especialista defensivo admite que, mesmo assim, sentiu o “golpe”. “Ser trocado é sempre duro. A sensação é ainda pior, na verdade, pois sinto que estava um momento legal. Eu gostaria que tivéssemos vencido mais jogos, mas é assim que funciona mesmo”, lamentou.
Aprendizado
A passagem de Beverley pelo Lakers, certamente, não foi como esperava. Mas, de qualquer forma, foi uma experiência engrandecedora ainda que para um jogador experiente. Rendeu, inclusive, um acerto do armador com um dos seus maiores “inimigos” dentro da liga. Ele chegou à franquia detestando Russell Westbrook, mas saiu como um fã e parceiro do craque.
“Eu aprendi muito sobre as pessoas nesse período. Russell, por exemplo, passou de um desafeto para um amigo que levo para a vida. Criei um vínculo de verdade com esse cara. E ele é um profissional fantástico. Eu, LeBron James e Anthony Davis pegávamos o primeiro ônibus do time para os treinos e jogos. Chegávamos lá e Russell já estava pronto, até treinando”, contou o armador de 34 anos.
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