Detroit Pistons
Campanha em 2014-15: 32-50, 12º colocado na conferência Leste
Playoffs: Não classificado
Técnico: Stan Van Gundy (segunda temporada)
GM: Jeff Bower (segunda temporada)
Destaques: Reggie Jackson e Andre Drummond
Time-base: Reggie Jackson – Kentavious Caldwell-Pope – Stanley Johnson – Ersan Ilyasova – Andre Drummond
Elenco
1-Reggie Jackson, armador
7-Brandon Jennings, armador
22-Steve Blake, armador
8-Spencer Dinwiddie, armador
5-Kentavious Caldwell-Pope, ala-armador
6-Darrun Hilliard, ala-armador
20-Jodie Meeks, ala-armador
25-Reggie Bullock, ala-armador
3-Stanley Johnson, ala
13-Marcus Morris, ala
35-Cartier Martin, ala
23-Ersan Ilyasova, ala-pivô
43-Anthony Tolliver, ala-pivô
0-Andre Drummond, pivô
12-Aron Baynes, pivô
50-Joel Anthony, pivô
Quem chegou: Steve Blake, Stanley Johnson (draft), Marcus Morris, Ersan Ilyasova e Aron Baynes
Quem saiu: Tayshaun Prince, Greg Monroe e Caron Butler
Revisão
Muitas mudanças ocorreram na equipe na última temporada. Apesar de ficar fora dos playoffs mais uma vez, o fim da temporada pareceu ter trazido esperança para o futuro do Pistons. Depois de dispensar Josh Smith, o time viveu uma ótima fase e mostrava força para brigar pelas últimas vagas para a fase decisiva da liga. Mas o nível não foi mantido e o principal responsável pela reação, Brandon Jennings, sofreu uma grave lesão.
A aquisição de Reggie Jackson foi um bom movimento da diretoria e o técnico Stan Van Gundy começou a montar o elenco de acordo com seu estilo de jogo durante a offseason. Greg Monroe assinou com o Bucks e deixou a vaga de ala-pivô livre. Pensando em um projeto parecido com o do Magic de Dwight Howard, o técnico deverá usar o recém-chegado Ersan Ilyasova como titular da posição, espaçando a quadra e proveitando arremessos de longa distância (algo que Monroe não era capaz de fazer), deixando o garrafão para Andre Drummond.
O perímetro
O pistons conta com um perímetro muito melhor do que o apresentado em 2014/15. Com a aquisição de Reggie Jackson, que deve ser uma das principais peças da equipe, o antigo armador titular Brandon Jennings deverá assumir a função de sexto-homem, fortalecendo ainda mais a rotação. Isso também deve ajudar no retorno do jogador às quadras, já que ele se recupera de um rompimento do tendão de Aquiles. Dessa forma, o jogador ganhará minutos aos poucos e mesmo assim, o time não estará sem a referência da posição. A franquia ainda trouxe o veterano Steve Blake, que deverá ter um bom espaço na rotação enquanto Jennings não se recupera totalmente, ao lado do jovem Spencer Dinwiddie.
Kentavious Caldwell-Pope deverá iniciar a temporada como ala-armador titular, mas o Pistons também fortaleceu o setor, selecionando Darrun Hilliard no último draft para garantir uma maior profundidade na posição. Jodie Meeks e Reggie Bullock, caso continue na equipe, também devem brigar por oportunidades.
O ala titular da equipe parece ainda não ter sido escolhido por Stan Van Gundy, mas a disputa ficará entre Marcus Morris e Stanley Johnson. O primeiro, ex-Phoenix Suns, apesar de não ser tão bom quanto seu irmão, possui um bom arremesso de longa distância e é mais experiente que seu concorrente. Também pode atuar como ala-pivô. Já Stanley Johnson irá fazer sua estreia na liga. Selecionado com a oitava escolha do último draft, o jovem vem somando ótimas atuações, tanto nas ligas de verão quanto na pré-temporada e é, talvez, o calouro mais regular até agora. Titular ou não, deve ser bastante acionado já em seu primeiro ano. Mais uma vez, podemos apontar uma mudança positiva em relação a última temporada, já que é muito melhor ter que decidir entre Marcus Morris ou Johnson, do que entre um veteraníssimo Caron Butler ou Kyle Singler.
O garrafão
É óbvio que a saída de Greg Monroe deixou uma lacuna na posição de ala-pivô em termos de talento, mas no projeto do técnico Van Gundy, o jogador não se encaixaria e, por mais que não haja alguém à sua altura no momento, os atletas atuais da posição são exatamente o que o comandante procura. Ersan Ilyasova e Anthony Tolliver são jogadores capazes de fazer o papel de stretch-four, arremessando de longa distância. O primeiro deve ser o titular, mas não se pode descartar o uso de Marcus Morris no setor.
Na posição 5, nenhuma surpresa. Andre Drummond é a principal esperança da franquia para o futuro e todo o projeto do time foi feito em sua volta. Deverá ser o destaque do time ao lado de Jackson e ainda tem muito tempo para evoluir. Uma melhora nos lances-livres também seria bem vinda, uma vez que o jovem pivô possui um aproveitamento absolutamente lamentável no quesito.
Aron Baynes chega como o principal reserva para a posição e não deve comprometer. Já Joel Anthony deve assistir aos jogos em uma posição privilegiada, tendo pouquíssimos minutos em quadra.
Análise Geral
Está claro que o Pistons da próxima temporada é superior ao dos últimos anos, tanto no quesito elenco, quanto no de organização. Os tempos conturbados parecem ter ficado para trás e Van Gundy é um dos maiores responsáveis por isso. A franquia finalmente parece pronta seguir um projeto sério de reconstrução e, pelo menos até agora, vem adquirindo as peças certas para isso, sem nenhum movimento de risco.
A partir da campanha de 2015/16, o estilo de jogo do técnico deve ser implantado com mais facilidade, já que antes, com o time mais bagunçado, isso não era possível. O primeiro passo, que foi “arrumar a casa”, já foi dado. Agora, com o elenco qualificado para o esquema, o time deve apresentar uma melhora em quadra. Entretanto, isso não significa que o Pistons está pronto para vôos maiores.
A próxima campanha será de aperfeiçoamento dos esquemas e de entrosamento do novo elenco. A equipe pode sim surpreender e brigar pelos playoffs, mas com as aquisições do Hornets, a volta de Paul George ao Pacers, o provável retorno do Heat aos oito primeiros e a continuação da reconstrução do Celtics, a aposta é que a franquia de Michigan aproveite a temporada para criar uma filosofia de jogo e desenvolver seus principais jogadores.
Previsão: 11º colocado na conferência Leste