A chegada ao Phoenix Suns iniciou uma nova fase na carreira de Bradley Beal na NBA. Afinal, o astro precisou adaptar-se a uma função que nunca exerceu e participação bem diferente no sistema ofensivo. O técnico Frank Vogel gosta de usá-lo como um armador de fato ao lado de Kevin Durant e Devin Booker. Mas, para o ex-atleta Chandler Parsons, o veterano não está lá tão confortável na função.
“Eu acho que precisamos discutir Bradley, pois é a minha maior preocupação hoje. Não gosto da sua linguagem corporal nos últimos jogos. O time está vencendo o Cleveland Cavaliers com facilidade, por exemplo, e ele parece desanimado correndo para a linha de três, sabe? Senta-se no banco e olha para o nada, como se estivesse pensando em seu papel. Realmente não gosto disso”, apontou o analista da FanDuel TV.
A nova função, de fato, acarretou uma queda da produtividade de Beal. Os 17,4 pontos que anota por noite, a princípio, são a sua marca mais baixa em sete anos. Desde que, basicamente, tornou-se um titular efetivo no Washington Wizards. É verdade que ele começou a temporada lesionado e, por isso, precisou de mais tempo para adaptação. Parsons, no entanto, vê muitos motivos para uma possível insatisfação.
“Phoenix não venceu tantos jogos quanto se esperava até agora. Bradley, por sua vez, nunca foi uma terceira função ofensiva. Então, eu não duvido que isso possa estar o incomodando. Eu já estive dentro de quadra e fiz parte de elencos, por isso falo com alguma propriedade. E posso dizer que alguma coisa está errada com Bradley nesse momento”, cravou o ex-jogador do Houston Rockets.
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Coadjuvante
Ser armador não é uma tarefa simples na NBA. Mais do que isso, não é fácil tornar-se um facilitador depois de ser um pontuador na maior parte da carreira. Mas, acima de tudo, a chegada de Beal ao Suns colocou-o em uma posição de coadjuvante pela primeira vez em muitos anos. Para o também ex-atleta Lou Williams, o craque passa por uma “transformação” ainda maior do que se imagina.
“É a primeira vez que Bradley passa por esse tipo de ajuste. Afinal, mesmo ao lado de John Wall, ainda era o principal pontuador da equipe. John armava o time, enquanto ele era quem buscavam para conseguir uma cesta. Mas, agora, ele é só um chutador posicionado no apoio a referências como Kevin e Devin. E, aliás, já vejo a sua postura corporal não muito legal há algum tempo”, avaliou Williams.
Em uma liga de estrelas, muitos jogadores teriam uma postura mais ativa contestando essa situação. Parsons, no entanto, não vê Beal fazendo isso tão cedo. “Bradley não é esse jogador que vai criar problemas para a franquia. Mas ele entende que é um dos coadjuvantes que correm para os cantos e espaçam a quadra para os astros. Por isso, deve acreditar que merece mais”, supôs o ex-ala.
Cultura vencedora
Mas será que os olhos dos dois ex-atletas da NBA batem com o sentimento de Bradley Beal no Phoenix Suns? O jogador, como esperado, nega qualquer descontentamento dentro da equipe. Ele admite que o novo papel é bem diferente de tudo o que já fez antes, mas não se intimida diante do desafio. Pelo contrário: está decidido a abraçá-lo, diferente do que Parsons e Williams observam.
“Eu estou abraçando essa nova função. Acho que as pessoas que apostam em minhas linhas não gostam muito, pois não vou pontuar tanto quanto antes. Mas estou disposto porque é o que constrói uma cultura vencedora. Kevin, Devin e eu debatemos sobre ter essa abordagem e liderança que impactam o resto do grupo. Eu não pensava assim em Washington, mas, agora, entendo a importância”, contou o ala-armador de ofício.
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