Shaquille O’Neal é um dos maiores e melhores pivôs que a NBA já viu, mas tudo foi potencializado por sua passagem pelo Los Angeles Lakers. Dono de três títulos consecutivos com o time californiano, Shaq dominou a liga no início dos anos 2000. Poderia ser bem mais, mas o ex-jogador não cuidou tanto assim do corpo como deveria. Ainda assim, jogou até os 38 anos.
No entanto, não existe Shaquille O’Neal sem Kobe Bryant. Para o bem ou para o mal. Por oito anos, os dois protagonizaram vitórias, títulos, discussões e brigas. Então, vamos tentar reproduzir tudo o que aconteceu com a dupla desde o seu início, incluindo duras falas.
Shaquille O’Neal chega ao Lakers para acabar com a seca de títulos na NBA
Vamos deixar claro aqui. O Lakers vinha de anos horríveis quando Shaq resolveu deixar o Orlando Magic, em 1996, para vencer na NBA. Não tinha um time bom o bastante, enquanto não era campeão desde 1988.
Após a saída de Magic Johnson, pouco antes da temporada 1991/92, o time afundou. O Lakers ficou fora dos playoffs da NBA uma vez e caiu na primeira rodada dos mata-matas outras três até a chegada de Shaq.
Enquanto isso, pelo Magic, O’Neal vinha crescendo de forma assustadora, levando o time da Flórida às finais da NBA contra o Houston Rockets de Hakeem Olajuwon. No entanto, após perder para o Chicago Bulls de Michael Jordan, em 1995/96, ele era agente livre. Shaq queria ficar em Orlando, mas ao saber que Alonzo Mourning ganharia um salário maior, o pivô ainda tentou convencer os diretores de que poderia seguir com um contrato superior.
Não deu. Era a hora de sair, pois o Magic não quis dar a ele o que queria. Shaquille O’Neal fechou com o Lakers para receber US$120 milhões por sete anos. Ainda assim, a franquia tinha sérios problemas, como a falta de um bom técnico e boas opções no ataque.
Ao mesmo tempo, o Lakers fechou a troca de Vlade Divac para o Charlotte Hornets para ter Kobe Bryant como colega de O’Neal. Imaturo e “marrento”, Kobe se apresentou ao time como “o jogador que dominou tudo no colégio e que não deixaria ninguém na NBA o menosprezar”.
O início de tudo
Em 1996/97, a primeira temporada de Shaquille O’Neal no Lakers, já dava para ver que seria um processo longo até vencer títulos da NBA. Mas a apresentação de Bryant deixou o resto do time meio que desconfiado dele. Não por seu basquete, que já era incrível aos 17 anos, mas pelo ego.
Logo nos primeiros jogos da pré-temporada, o então técnico Del Harris avisou: “Kobe, aqui não é mais basquete de colégio. O Lakers é um time da NBA e aqui você tem de passar a bola”.
Pouco adiantou. Bryant seguiu como queria, enquanto Shaquille O’Neal tentava entender o que significava aquilo. Afinal, se ele foi para o Lakers para ser o grande nome, como um jovem, em seu primeiro ano na liga, poderia fazer aquilo? Mas a direção colocou panos quentes e manteve Kobe vindo do banco em quase toda a campanha inicial.
Apesar de tudo, Shaq se entendeu com Kobe e o time engrenou. O Lakers teve 56 vitórias na fase regular, mas caiu nos playoffs da NBA na segunda rodada, para o Utah Jazz.
Leia mais
- Valor de novo contrato de Kevin Durant com Rockets é conhecido
- EuroBasket: Lauri Markkanen brilha de novo e Finlândia vence
- Kyrie Irving explica motivo para abandonar LeBron James
“No meu primeiro ano de Lakers, O’Neal seguia indo para a posição para receber a bola, mas os outros times seguiam fazendo falta nele e ele errava os lances livres. Então, durante um pedido de tempo, ele me chamou para dizer que estava livre. Mas eu segui arremessando. Depois, ele me chamou e disse que estava aberto e pronto para receber a bola. Na terceira vez, Shaq mandou eu passar a bola. Eu disse para ele pegar o rebote de ataque se ele quisesse a bola”, disse Bryant. “Eu tinha 18 anos. Mas eu devia estar louco”.
Na queda diante do Jazz, Kobe errou quatro arremessos consecutivos, todos não tocando nem no aro. Shaquille O’Neal, no entanto, disse que não ficou irritado.
“Muitos jogadores ali não queriam arremessar, mas um cara de 18 anos queria. Então, não fiquei bravo por isso. Pois eu sabia que ele queria e tinha vontade de vencer. Falei: ‘um dia, a NBA vai ter medo de você'”, disse O’Neal.
Os anos seguintes e brigas
Jogar no Los Angeles Lakers no fim dos anos 90 era uma grande pressão para Shaquille O’Neal e seus colegas, pois na década anterior, o time venceu quatro títulos da NBA. Então, tudo ali era novo para Kobe e ele, em especial.
Em 1997/98, Shaquille O’Neal e um Kobe Bryant bem mais forte, o Lakers foi às finais do Oeste, mas caiu contra o mesmo Jazz. Shaq reclamou do ataque, já que o então camisa 8 não passava a bola. Como resultado, Kobe teve 36.7% de aproveitamento na série e o time foi “varrido”.
Com a greve da NBA em 1998, a temporada só teve seu início no fim de dezembro, enquanto o Lakers adicionava Glen Rice, um cestinha, em troca. Mas antes disso, Shaq teve mais um episódio rum com Kobe.
Em um treino do Lakers, O’Neal reclamou de algumas faltas, enquanto Bryant falou para ele se calar e jogar. Shaq o ameaçou, mas os colegas foram segurar o pivô.
“Cale a boca. Este é meu time”, disse Bryant. Então, O’Neal respondeu: “Não, filho da p…, o Lakers é meu time e eu faço você ser trocado”.
Após mais trocas de “elogios”, Kobe fez mais uma cesta em cima de Shaquille O’Neal. O pivô pegou a bola e falou para ele dizer mais uma palavra. Quando começou a responder, Shaq deu um tapa no rosto de Bryant.
No entanto, os colegas de Lakers defenderam O’Neal. Corie Blount, por exemplo, falou que Kobe devia ficar quieto e que não estava ajudando.
Sem resultados
Após a direção do Lakers ver que o vestiário só tinha brigas e não vencia seus adversários nos playoffs da NBA, optou por mandar Harris embora e efetivar Kurt Rambis como técnico. E foi em um período em que até Dennis Rodman passou por lá. Imagine isso. Se o time já era um problema, com Rodman ele piorou.
As discussões entre Shaquille O’Neal e Kobe Bryant seguiam, mas o pivô pediu para o time resolver o vestiário. Ele queria que o Lakers fosse atrás de um técnico vencedor e que todos pudessem respeitar.
Phil Jackson chega para 1999/00
O lendário Phil Jackson assumiu o Lakers a pedido de O’Neal e começou a implantar o sistema do triângulo ofensivo, desenvolvido por Tex Winter na NBA. Kobe não gostou, pois não o favorecia. Então, ele exigiu troca.
Enquanto o Lakers tentava vencer, Bryant, que tinha apenas um ano como titular na carreira, pediu para sair para outros times da NBA. A proposta chegou e era para o Detroit Pistons por Grant Hill.
Kobe, então, conversou com Jerry West, dirigente do Lakers naquela época, que tentava montar um time campeão da NBA.
“Meus colegas me odeiam”, disse Bryant. Em seguida, West respondeu: “Se eu fosse seu colega no Lakers, eu também teria ódio de você”.
Bryant tinha direito de veto em troca e rejeitou ir para o Pistons. Assim que soube que seus dias em Los Angeles estavam contados, Kobe entendeu o recado de West e aceitou ser um jogador mais voltado para o time do que para si. Foi então que o Lakers passou de um bando de ótimos jogadores individuais da NBA para um candidato ao título de verdade.
O resultado? Com Shaquille O’Neal e Kobe Bryant na mesma página, o Lakers bateu o Indiana Pacers e foi campeão da NBA.
Após o primeiro título de Shaq e Kobe…
Parecia que tudo estava bem. O’Neal e Bryant se entenderam em quadra e o Lakers venceu. Jackson sabia que o time podia mais, mas a offseason da NBA mostrou dois lados bem diferentes.
Enquanto Kobe treinava muito, cerca de dez horas por dia, Shaq usou suas férias para ir em festas. Como resultado, O’Neal chegou para os treinos do Lakers em 2000/2001 muito fora de forma, bem acima do peso. Aquilo, para Bryant, era um absurdo. Uma falta total de profissionalismo.
Sem papas na língua, Kobe reclamou de O’Neal para Jackson e disse que não ia passar a bola, enquanto ele fosse jogador da NBA. Aquilo fez com que o técnico o chamasse para uma conversa, mas ouviu como resposta: “eu confio em meus colegas, mas confio mais em mim”.
No dia 6 de dezembro de 2000, o Lakers encarou o Golden State Warriors após vencer 14 dos primeiros 19 jogos daquela campanha da NBA. Foi quando Antawn Jamison e Kobe fizeram 51 pontos para cada time. No entanto, após prorrogação, a equipe de Los Angeles perdeu com Bryant tendo oito erros de ataque e arremessando 35 vezes. Shaq teve 18 arremessos e fez 25 pontos, dez rebotes e deu seis tocos.
Por várias vezes naquele jogo, O’Neal tentou fazer pick and roll com Bryant, mas seu colega evitou todos e o Lakers perdeu.
“Se o grande cachorrão do time não sou eu, a casa não será segura”
Após o jogo, Shaquille O’Neal deu uma entrevista e falou abertamente que não concordava com o que estava acontecendo no Lakers, ainda em começo de temporada na NBA. Shaq temia que o time fosse se perder caso seguisse jogando de forma individual. Para ele, o grupo tinha de ser mais envolvido.
Kobe respondeu que O’Neal jamais havia dito aquilo para ele, mas apenas para a imprensa e que sabia que era o que Shaq queria, mas a direção do Lakers apenas observou na época. Eles não conversavam mais entre si, somente via jornalistas. Então, Phil Jackson multou os dois e manteve o time na linha.
Mais um título
O’Neal e Bryant entenderam o recado de um técnico vencedor, até ali, de quatro títulos da NBA no cargo e mais dois como jogador modesto pelo New York Knicks. Era o momento de voltar a ser um time.
Após o Lakers bater o San Antonio Spurs em quatro jogos nos playoffs da NBA, Shaquille O’Neal elogiou Kobe Bryant.
“Quando eu cheguei no Lakers, Jerry (West) me mostrou esse garoto (Kobe) e eu sabia que ele tinha potencial. Muita gente acha que a gente tem problemas, mas eu nunca tive problemas com ele. Eu sou o irmão mais velho, ele é o irmão mais novo. Quero que ele seja o melhor jogador da NBA, eu realmente quero”, disse O’Neal.
Nas finais da NBA, Shaquille O’Neal liderou o Lakers diante do Philadelphia 76ers de Allen Iverson com médias de 33.0 pontos, 15.8 rebotes, 4.8 assistências e 3.4 tocos. Ele foi o MVP das finais pela segunda vez, enquanto o time vencia o seu segundo título consecutivo.
Era o melhor momento da relação de O’Neal e Bryant em todos os tempos no Lakers.
2001/02 e o terceiro título
Sem grandes problemas entre os dois, o Lakers venceu 58 jogos na temporada 2001/02 e foi passando por seus oponentes até chegar aos playoffs da NBA mais uma vez. Mas em um jogo contra o Spurs, Kobe foi visto reclamando de Shaq mais uma vez.
“Ei, coloque a p… da bola na m…. da cesta”, disse Bryant, enquanto O’Neal não correspondia em quadra pelo Lakers. Afinal, Shaq estava sendo dominado por Tim Duncan no garrafão, após fazer só dois pontos no último quarto.
Kobe carregou o Lakers na série contra o Spurs, pois sabia que O’Neal não estava em seu melhor momento. Em cinco jogos, Shaq teve aproveitamento e pontuação abaixo de seu colega, com 21.4 pontos, 12.2 rebotes, mas com 44.7% nos arremessos gerais. Bryant, por outro lado, teve 26.2 pontos e 45.5%.
Depois, veio a série que o Jumper Brasil publicou no último domingo (10), contra o Sacramento Kings. Na final da NBA, o Lakers não tomou conhecimento do então New Jersey Nets, hoje Brooklyn, de Jason Kidd. Com médias de 36.3 pontos, 12.3 rebotes e 2.2 tocos, Shaq levou o seu terceiro MVP das finais consecutivo.
O’Neal elogiou Bryant após o terceiro título seguido da NBA e parecia que a dupla seguiria dominando a liga.
“A melhor dupla de todos os tempos da NBA: Superman e Batman”, disse O’Neal. Kobe respondeu: “Três títulos. É muito. Não dá para colocar em palavras”.
Com O’Neal e Bryant, era a primeira vez que um time da NBA vencia três títulos consecutivos desde o Bulls de Jordan. Os problemas acabaram?
Mas não foi bem assim…
Queda, peso, e mais brigas
Um dos motivos da reclamação de Kobe sobre Shaq era a falta de comprometimento com o time. Para Bryant, O’Neal teria de respeitar mais o Lakers. E após adiar uma cirurgia no dedão do pé, o pivô deixou para fazer apenas no fim de agosto. Como resultado, ele perdeu o primeiro mês da campanha.
“Eu me machuquei enquanto estava jogando, então deixei para fazer (a cirurgia) quando fosse jogar”, disse Shaquille O’Neal.
Ao se apresentar, O’Nel estava pesando quase 180 quilos, o que motivou Kobe a apontar o dedo para o seu companheiro de Lakers, o chamando de gordo e preguiçoso.
“Um cara vendendo donuts em uma loja tem mais orgulho de seu trabalho do que O’Neal teve com o Lakers”, disse Bryant.
Phil Jackson pediu a Kobe para cuidar do ataque, pois Shaq não estava conseguindo ser ele mesmo. O jogador aceitou e decidiu ajudar. Bryant liderou o Lakers em pontuação no Lakers pela primeira vez em 2002/03, enquanto O’Neal tentava perder peso ao longo da campanha.
“Phil chegou em mim e pediu para que eu tomasse conta do ataque. Então, comecei com uma sequência de 40 pontos e chegou a nove jogos assim. Ele disse: ‘nós vamos perder o cara. Você tem de passar a bola, pois vamos precisar dele em junho (finais da NBA) e O’Neal precisa entender que faz parte disso’. Eu aceitei e era um jogo contra o Los Angeles Clippers. Foi uma vitória fácil, eu tinha a chance de chegar a dez jogos passando dos 40 pontos, mas eu tive de passar a bola. A sequência acabou naquela noite”.
O Lakers foi só o quinto no Oeste e perdeu nos playoffs da NBA para o Spurs.
Karl Malone, Gary Payton e a chance de um novo título na NBA
Logo após uma campanha decepcionante para os padrões do Lakers naquela época da NBA, Shaquille O’Neal e Kobe Bryant “ganharam” os reforços de Karl Malone e Gary Payton. O time era, mais uma vez, o grande favorito. Por muito.
No entanto, ao longo da campanha, Kobe tinha um problema na justiça, O’Neal não o apoiou. Assim como vários jogadores daquele time, Shaq não ficou ao seu lado na situação.
Bryant não gostou da falta de apoio de O’Neal e começou a atacar o pivô do Lakers. Kobe alegou que Shaq pagava mulheres para não contar sobre seus casos.
Shaquille O’Neal rebateu: “Eu nunca saí com Kobe, eu nunca estou com ele. Em sete ou oito anos juntos, nós nunca estivemos juntos. Então, como esse cara acha que sabe alguma coisa da minha vida. E outra coisa: quem paga por amor aqui é ele”.
A briga entre os dois não era mais sobre o jogo. Ficou pessoal, estressante e escancarava o fim da parceria. O’Neal e Bryant não eram mais colegas no Lakers. Apenas estavam no mesmo time até que um deles fosse embora. Não havia sequer contato profissional entre eles.
“Enquanto o time for meu, eu vou dizer o que tem de ser feito. Se ele quiser ir embora ao fim do ano, que seja”, disse Shaq.
Kobe respondeu: “É a hora que ele tem de agir assim. Não dá para chegar gordo para treinar. Ele não é meu irmão mais velho”, afirmou.
A temporada e mais brigas
Em quadra, a dupla estava cada vez mais distante, enquanto Payton não entendia os triângulos de Phil Jackson. Fora dela, Shaquille O’Neal ameaçou Bryant e os dois quase brigaram.
“Eu sabia que a gente ia brigar de fato. Chegou a um ponto em que não havia mais nada. A gente não gostava mais um do outro. Então, nós iríamos brigar e o que aconteceria depois daquilo, era aquilo mesmo. Eu sei o que ele falou, ele sabe o que falou”, disse Bryant.
Enquanto isso, o então veterano Brian Shaw decidiu intervir.
“Kobe não conversa com a gente, como time. Ele sempre ficava na dele. O resto do time sempre saía, jantava junto e Kobe nunca ia. Shaq (O’Neal) sempre convidava todo mundo do Lakers e Kobe não interagia, mesmo em festas de fim de ano”.
Chegou ao ponto de Jackson falar que Kobe não tinha como ser treinado: “Ele não me escuta mais, já estou cansado desse garoto”.
Mesmo com lesão de Malone ao tropeçar no pé de Derek Fischer e perder 40 jogos por isso, com todos os problemas internos, o Lakers foi às finais da NBA mais uma vez.
O fim da dupla
A final da NBA seria entre Lakers e Pistons, enquanto Shaquille O’Neal já não era mais o mesmo e Kobe Bryant estava irritado com seus problemas dentro e fora das quadras. Chauncey Billups, atual técnico do Portland Trail Blazers, deu a ideia de isolar Kobe e forçar o jogador a fazer apenas arremessos ruins, com muita pressão na bola e sem ela.
Kobe foi muito mal na decisão, acertando só 38% dos arremessos e 17% de três, enquanto Shaq pontuava sozinho, mesmo sob muita marcação de Ben Wallace e Rasheed Wallace.
Billups foi eleito o MVP das finais após o Pistons vencer o Lakers em cinco jogos, mas O’Neal já não ligava mais para o que Kobe dizia. Pouco antes do fim do jogo decisivo, Bryant afirmou que nunca mais jogaria ao lado de Shaq.
Anos após sua aposentadoria na NBA, Kobe reconheceu sua culpa pela perda do título do Lakers.
“Na série contra o Pistons, foi minha culpa. Eu não trouxe os caras para o nosso lado e eu não preparei a gente para jogar contra Detroit daquele jeito. A gente não estava pronto para aquele tipo de jogo”, disse Bryant.
Com o fim da campanha, O’Neal queria um contrato máximo, enquanto Bryant pedia a opção para deixar seu acordo com o Lakers. Foi quando a direção tomou a decisão de trocar Shaq para o Miami Heat.
Recomeço
Enquanto o Lakers priorizou Kobe, então com 25 anos, O’Neal foi para o Heat. O time de Los Angeles caiu muito de produção e não foi aos playoffs de 2004/05. Miami, por sua vez, caiu nas finais do Leste para o mesmo Pistons em sete jogos.
No ano seguinte, o Lakers foi aos mata-matas da NBA, mas perdeu logo na primeira rodada. Enquanto isso, Shaq comemorou o seu quarto título da carreira ao lado de Dwyane Wade, além de outras duas figuras importantes do texto: Alonzo Mourning e Gary Payton.
Afinal, sem o contrato de Mourning, O’Neal não deixaria o Magic pelo Lakers em 1996. Além disso, Payton, já veterano e reserva em Miami, quis se juntar a Shaq para vencer o seu único título da NBA na carreira.
Kobe e Shaq se enfrentaram muitas vezes depois, trocaram farpas, mas um momento específico reaproximou os dois, quando venceram o MVP do All-Star Game de 2009. Aos poucos, as coisas mudaram entre eles.
Bryant levou o Lakers às finais da NBA mais três vezes, sendo campeão em duas delas, enquanto O’Neal parou em 2011, muito acima do peso e sem condições de jogar pelo Boston Celtics. Quando ambos estavam aposentados, voltaram a conversar de vez e o carinho que havia lá no meio dos anos 90, tomou conta de ambos. Não sem antes Kobe dizer que se Shaq fosse profissional, eles seriam campeões 12 vezes.
“Venceríamos mais se você passasse a bola”, disse Shaquille O’Neal.
Um fim trágico, no entanto, marcou Kobe. Em janeiro de 2020, sete pessoas estavam no helicóptero que caiu em Calabasas, na Califórnia, incluindo sua filha Gigi e ele. Shaq prestou homenagem em seu velório no então Staples Center.
Assine o canal Jumper Brasil no YouTube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
E quer saber tudo o que acontece na melhor liga de basquete do mundo? Portanto, ative as notificações no canto direito de sua tela e não perca nada.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA