Há uma lista extensa de jogadores que podemos dizer que são os mais subestimados da NBA durante a última década. No entanto, não há forma objetiva de determinar se um jogador é subestimado ou não. Ainda menos, coloca-los em ordem.
No entanto, falta de premiações individuais ou elogios do público são um bom indício. Além disso, a percepção dos fãs e dos analistas também deve ser levada em conta. Entretanto, novamente, no fim das contas acaba caindo pra subjetividade.
Vários jogadores poderiam estar aqui, mas esses cinco se destacam não só nas estatísticas individuais, mas também nas avançadas que buscam medir o quão impactantes eles são para as vitórias de seus times.
Paul Millsap
Paul Millsap passou o começo de sua carreira jogando pelo Utah Jazz. Lá, era um reboteiro e fazia o trabalho sujo da equipe. Inclusive, seu desenvolvimento disso pra um dos mais confiáveis alas-pivôs da liga, tanto em defesa quanto em ataque, é uma grande história. Mills é um dos poucos da posição que tem capacidade de ter a bola em mãos e ser parte integral do ataque de uma equipe.
No entanto, chamar um jogador que foi quatro vezes selecionado All Star de subestimado pode parecer loucura. Porém, os últimos dez anos de Millsap foram melhores do que o público pensa.
Nesse período de tempo, o jogador teve 8958 pontos, 4435 rebotes, 1629 assistências, 825 roubadas de bola, 605 tocos e 523 bolas de três. Os únicos da história da liga a ter todos esses números num período de dez anos foram Kevin Durant, LeBron James, Michael Jordan e Scottie Pippen – todos membros (ou futuros membros) do Hall da Fama. Não dizendo que Millsap deva ser incluído também, mas é interessante ver seu nome nessa estatística.
Millsap fazia de tudo no Atlanta Hawks e também no Denver Nuggets. Podia jogar de costas para a cesta, passar a bola, acertar arremessos de três, pegar rebotes e defender as posições de 1 a 5. Seu jogo não era chamativo, mas sempre efetivo. Durante o recorte, seus times tiveram 4.1 pontos a mais que os oponentes quando ele estava em quadra – sem ele, tiveram 0.4 pontos a menos. Definitivamente, um dos que mais impactou positivamente nos últimos anos, sendo um dos jogadores mais subestimados da NBA.
Danilo Gallinari
Após sua ruptura do joelho em 2014, Danilo Gallinari tem silenciosamente sido um dos jogadores de melhor custo-benefício da liga.
Durante os últimos dez anos, Gallinari esteve no top50 da liga em Box Plus/Minus. Nas cinco temporadas em que mostrou seu melhor jogo (2015-2020), teve médias de 19 pontos, com quase 40% de aproveitamento nas bolas de três. Embora sua defesa seja de fato ruim, as equipes de Gallinari durante a última década eram melhores com ele em quadra do que sem – venciam por 2.6 pontos com o italiano em quadra. Sem ele, perdiam por um.
Seu arsenal de habilidades para pontuar é vasto e bem polido, já que o jogador não é rápido para se livrar dos marcadores. No entanto, sua habilidade de acertar chutes de meia distância, cavar faltas e criar arremessos para sí próprio sempre o destacou.
Danny Green
Danny Green é um dos bons exemplos de como as estatísticas “cruas” podem, por vezes, enganar. O jogador está fora dos 250 melhores da liga em pontos, rebotes e assistências nos últimos dez anos.
Mas seu impacto está bastante além dos números que vão ao box score. Durante a década, Green tem sido um dos melhores defensores de perimetro e também na transição. Rápido, com boa envergadura e sabendo ler quem está marcando, já foi citado diversas vezes como um dos jogadores mais difíceis de se jogar contra.
No entanto, diferente de outros ases defensivos da época, como Tony Allen e Andre Roberson, Green nunca foi um fardo na parte ofensiva do jogo. Desde 2012, o jogador tem média de duas bolas de três por jogo em 40% de aproveitamento. É possível dizer que Danny Green é o 3-and-D (jogador que defende e acerta bolas de três) perfeito. É um bom motivo pelo qual ele foi campeão três vezes por três times diferentes, afinal.
Patty Mills
Um dos melhores arremessadores da última década, Patty Mills nunca decepcionou quando saindo do banco. No San Antonio Spurs, foi uma peça fundamental para eletrizar um esquema ofensivo que por vezes era pouco criativo (no entanto, efetivo).
Nas últimas dez temporadas, Mills tem médias de 9.6 pontos por jogo, 2.4 assistências e duas bolas de três por partida – em apenas 21 minutos em quadra. Suas equipes venceram por 5.6 pontos enquanto o australiano jogava, em média, enquanto sem ele venciam por apenas 0.8.
Embora seja pequeno, é também esforçado na defesa. Além disso, sabe utilizar de seu repertório até mesmo sem a bola, sempre chamando atenção de defensores e criando espaço para seus companheiros.
Joe Ingles
Um dos jogadores preferidos dos nerds de estatísticas avançadas, Joe Ingles teve, durante a carreira, 60% de True Shooting, estatística que une todas as tentativas de dois pontos, três pontos e, ainda, lances livres. Além disso, uma porcentagem de assistências de 21. Os outros jogadores a terem esses números durante suas carreiras são Giannis Antetokounmpo, Stephen Curry, James Harden, Magic Johnson, Nikola Jokic e John Stockton. Não é uma lista ruim, né?
Durante suas oito temporadas em Utah, o Jazz foi a sétima equipe que mais venceu da liga, em grande parte pelas contribuições defensivas de Ingles, que sempre joga duro, além também de seus arremessos de três e assistências inteligentes que o jogador encontra. O jogador ainda é top-25 de todos os tempos em porcentagem de acerto nos arremessos de três pontos.
Por suas contribuições, Ingles facilmente pode entrar na lista dos jogadores mais subestimados da NBA nos últimos anos.
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