O que define um superastro? Muitas pessoas vão dizer, por exemplo, que é a capacidade de liderar uma equipe no mais alto nível de competição. Outras podem citar a imagem e valor de mercado. Além disso, há quem possa falar no estilo e excelência de jogo dentro de quadra. Mas, para uma parte dos fãs, eram aqueles jogadores da NBA que os seus times nem cogitavam incluir em uma troca.
A negociação de Luka Doncic pelo Dallas Mavericks, certamente, mudou essa visão. A impressão agora é que não há nenhum atleta “introcável” na liga. Mas será que isso está certo? Será que deveria ser assim mesmo? Não existem jogadores que deveriam ser a prova de trocas?
Pois nós achamos que eles deveriam existir.
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Por isso, o Jumper Brasil reuniu 15 votantes entre integrantes do site e produtores de conteúdo convidados para discutirmos quem deveriam ser esses “introcáveis”. Pedimos que fizessem um ranking de 20 jogadores que os times da NBA nem deveriam pensar em incluir em uma troca. De calouros a veteranos, todos estavam elegíveis.
Eis a lista de analistas consultados:
André Mori (consultor Jumper Brasil)
Antonio Carlos Jr. (Jumper Brasil)
Gabriel Martins (Cara dos Sports)
Guilherme Campos (Splash Brothers)
Guilherme Dobrychtop (Rookies BR)
Guilherme Lima (Aprofundando Basquete)
Gustavo Freitas (Jumper Brasil)
Gustavo Lima (Jumper Brasil)
Heber Costa (48 minutos)
Mateus Carvalho (Pisou na Linha)
Ricardo Stabolito Jr. (Jumper Brasil)
Victor Aburachid (Bandeja de 3)
Victor Linjardi (Jumper Brasil)
Vitor Buratini (Record TV)
Vitor Camargo (consultor Jumper Brasil)
A pontuação, a princípio, seguiu uma ordem inversa de colocação. Ou seja, o primeiro lugar de uma lista ganha 20 pontos. O segundo faz 19 pontos e assim por diante até o 20o colocado, que contabiliza um ponto. Com isso, nós chegamos a essa lista:
20. Tyrese Maxey (Philadelphia 76ers – 27 pontos)
Por que os times da NBA não deveriam cogitar troca de jogadores como Maxey?
Tyrese Maxey é uma das referências do Sixers e já foi eleito para um All-Star Game só com 24 anos de idade. Só não foi selecionado para o evento pela segunda vez em 2025 por causa de problemas de lesão. Mais do que isso, diante das dificuldades do time, ele assumiu o (difícil) papel de armação com muita propriedade. Foi um dos dez jogadores da última temporada a terem médias de 25 pontos e seis assistências por partida.
19. Chet Holmgren (Oklahoma City Thunder – 31 pontos)
Por que equipes da liga devem segurar atletas como Holmgren a qualquer custo?
Hoje, aos 23 anos, Chet Holmgren é um arquétipo bem desejado na NBA: o protetor de aro que espaça a quadra. Converteu mais de 37% dos seus tiros de três pontos na NBA. Mas isso não mostra como só inicia a explorar o seu potencial como defensor em espaço e criador ofensivo. Ele está cada vez mais confortável enquanto opera com a posse da bola. Além disso, foi uma peça importante do título do Thunder.
18. Donovan Mitchell (Cleveland Cavaliers – 53 pontos)
Por que negociar Mitchell não seria uma decisão inteligente para franquias?
Donovan Mitchell, antes de tudo, (ainda) é o melhor jogador de um time que venceu 64 jogos na temporada passada. E, mais do que isso, as mudanças que promoveu em seu jogo durante a carreira para virar um pontuador, criador e passador melhor foram subestimadas demais. Por fim, aos 28 anos de idade, um atleta dessa qualidade só costuma estar no início do seu auge físico e técnico.
17. Amen Thompson (Houston Rockets – 65 pontos)
Por que Thompson é um dos jogadores que times da NBA não deveriam incluir em uma troca?
Em duas temporadas, Amen Thompson já se consolidou como um dos mais dinâmicos e singulares jogadores da liga. Para começar, ele está entre os 15 atletas mais potentes da NBA. Provou que pode marcar até quatro posições com qualidade e, por isso, esteve na seleção de defesa da última temporada. E, por causa da formação como armador, possui uma visão de quadra rara a jogadores com esse tamanho e valências.
16. Jalen Williams (Oklahoma City Thunder – 100 pontos)
Por que uma franquia da liga nem deve cogitar fazer negócio com um talento como Williams?
Jalen Williams, em primeiro lugar, foi o “escudeiro” de um elenco campeão da NBA e que venceu 68 jogos na campanha regular. Mas não é só esse cenário “geral” que soa ser incrível. Ele é um scorer versátil, de quase 22 pontos por jogo na temporada, que também fez parte do segundo quinteto ideal de defesa da liga. E tudo isso com só 24 anos de idade. Ou seja, há muito para crescer ainda.
15. Evan Mobley (Cleveland Cavaliers – 101 pontos)
Por que trocar alguém como Mobley não é uma boa ideia para a sua equipe?
Só cinco jogadores na história da NBA venceram o prêmio de melhor defensor antes dos 24 anos de idade. Evan Mobley é um deles, enquanto “beirava” médias de 20 pontos e dez rebotes na temporada. O mais incrível, no entanto, é que o seu potencial ofensivo sugere que há muito mais a ser trabalhado ali. Donovan Mitchell é o melhor jogador do Cavaliers, mas Mobley é a aposta para quem será em breve.
14. Tyrese Haliburton (Indiana Pacers – 108 pontos)
Por que os times da NBA não deveriam cogitar a troca de jogadores como Haliburton?
Você pode chamá-lo de superestimado, mas não dá para superestimar levar o seu time à final da NBA. Tyrese Haliburton o fez aos 25 anos e no comando de um elenco que nunca foi apontado como favorito a isso. É o motor por trás de uma das ofensivas mais eficientes da história da liga nos últimos anos. Há quem cobre que ele precisa pontuar mais, mas é um atleta singular por combinar o armador clássico e contemporâneo.
13. Devin Booker (Phoenix Suns – 109 pontos)
Por que negociar Booker não seria uma decisão inteligente para franquias?
Devin Booker é um pontuador de elite que, sempre que o seu time precisou, assumiu funções extras para ajudar. Voltou a atuar como armador, em particular, em diversos momentos da carreira pela necessidade do Suns. E, além disso, há um valor intangível em sua trajetória pela fidelidade a um time e desejo claro de só jogar por uma equipe. Trata-se de um astro com quem o time pode contar de forma incondicional.
12. Jalen Brunson (New York Knicks – 125 pontos)
Por que equipes da liga devem segurar atletas como Brunson a qualquer custo?
A história mostra como é difícil ter sucesso em Nova Iorque com um Knicks competitivo. Há quem consiga um ou outro, mas ambos é coisa para poucos. Jalen Brunson não só alcançou os dois objetivos, mas o fez com o arquétipo de astro menos provável possível: um scorer baixo. Assim como Booker, ele carrega um valor intangível alto demais pelo estilo de jogo destemido e sucesso com os nova-iorquinos.
11. Paolo Banchero (Orlando Magic – 132 pontos)
Por que Banchero é um dos jogadores que times da NBA não deveriam incluir em uma troca?
Ser um grande talento e um grande jogador são coisas muito diferentes. Mas é preciso se encaixar em ambos para ser um astro consolidado aos 22 anos. Paolo Banchero está nessa posição porque é os dois. Recebe menos crédito do que merece, por sinal, por carregar um ataque totalmente anêmico em Orlando tanto pontuando, quanto passando. Times tentam pegar escolhas altas no draft para terem talentos assim.
10. Cooper Flagg (Dallas Mavericks – 138 pontos)
Por que uma franquia da liga nem deve cogitar fazer negócio com um talento como Flagg?
É verdade que Cooper Flagg não disputou um jogo sequer na NBA ainda. Então, o que avaliar? A questão é que, a princípio, valor também pode ser percebido – não concreto. O novato é o que a NBA espera de um astro “pós-moderno”, pois deixa marcas e vence partidas em todas as áreas do jogo. E há o controle: é um talento de 18 anos que você vai ter por, na pior das hipóteses, quatro temporadas pagando como um calouro.
9. Stephen Curry (Golden State Warriors – 155 pontos)
Por que trocar alguém como Curry não é uma boa ideia para a sua equipe?
É possível que nenhum jogador carregue o valor intangível de Stephen Curry na NBA. Ele é uma marca por si só e, ao mesmo tempo, só atuou por uma franquia que levou a quatro títulos. É o maior jogador da história desse time. E, por fim, chegou aos 37 anos ainda sendo visto como um dos melhores jogadores da liga. É um jogador lendário de basquete, mas ainda mais valioso pelo que representa.
8. Cade Cunningham (Detroit Pistons – 156 pontos)
Por que Cunningham é um dos jogadores que times da NBA não deveriam incluir em uma troca?
Cade Cunningham só tem 23 anos, mas comandou uma temporada incrível à frente do Pistons. Recolocou o time nos playoffs após seis anos depois de liderar um crescimento de 30 vitórias. E, com isso, foi o jogador mais jovem eleito para um dos times ideais da última temporada. A sua capacidade de criar para si e/ou outros a partir de bloqueios, no fim das contas, tem potencial para ser um sistema ofensivo por si só.
7. Jayson Tatum (Boston Celtics – 180 pontos)
Por que uma franquia da liga nem deve cogitar fazer negócio com um talento como Tatum?
Não há como discutir que Jayson Tatum é um dos melhores jogadores dessa liga já há meia década. Mas isso não conta a história da sua evolução, pois passou de um grande pontuador ao ala completo que todos querem. Melhorou como passador, defensor e na tomada de decisões. Muitos criticam a sua reta final de playoffs na conquista do título, mas poucos atletas conseguiriam ajudar tanto sem acertar arremessos quanto ele.
6. Anthony Edwards (Minnesota Timberwolves – 188 pontos)
Por que equipes da liga devem segurar atletas como Edwards a qualquer custo?
Anthony Edwards é o astro com a combinação ideal de técnica, atitude e durabilidade. Antes dos 25 anos, o ala-armador já se firmou como um dos scorers mais explosivos da liga com o seu estilo destemido em quadra. E foi assim que levou um Timberwolves que não estava entre os favoritos a duas finais do Oeste. Mas o fator menos comentado dele é que nunca ficou fora de mais de dez jogos em uma temporada. Pode contar com ele!
5. Giannis Antetokounmpo (Milwaukee Bucks – 213 pontos)
Por que negociar Antetokounmpo não seria uma decisão inteligente para franquias?
Na discussão sobre os níveis dos jogadores, há uma hierarquia acima dos astros e até superastros: os dominantes. Giannis Antetokounmpo, certamente, é dominante. A sua combinação de estatura, força e técnica nem sempre causa brilho nos olhos, mas poucos conseguiram pará-la. E, com a melhora sensível do seu arremesso de média distância, ele está pronto para virar a casa dos 30 anos dominando… como sempre.
4. Luka Doncic (Los Angeles Lakers – 246 pontos)
Por que os times da NBA não deveriam cogitar troca de jogadores como Doncic?
O choque da troca de Doncic passou, mas ninguém isentou Nico Harrison de culpa. Ele ainda é um louco para a maioria das pessoas – e com razão. Afinal, quantos jogadores atuaram em cinco Jogos das Estrelas e entraram em cinco quintetos de ideais da NBA até os 26 anos? Luka é um dos quatro da história da NBA. O Lakers correu fechar uma extensão com o esloveno porque isso é o que você faz quando tem um talento assim.
3. Shai Gilgeous-Alexander (Oklahoma City Thunder – 259 pontos)
Por que negociar Gilgeous-Alexander não seria uma decisão inteligente para franquias?
Você assistiu à temporada passada? Então, você já entende o motivo de Shai Gilgeous-Alexander estar aqui. Ele só foi MVP e cestinha da campanha regular, além de campeão como MVP das finais. Compete em alto nível nos dois lados da quadra. E, por fim, atuou em mais de 70 partidas nos últimos dois anos. Acabou de completar 27 anos, então dá para esperar que essa lista de feitos vai crescer.
2. Victor Wembanyama (San Antonio Spurs – 272 pontos)
Por que equipes da liga devem segurar atletas como Wembanyama a qualquer custo?
Victor Wembanyama talvez seja o melhor prospecto de todos os tempos. Combinação nunca vista de estatura, mobilidade, inteligência e técnica. E, por enquanto, a atuação em quadra justifica esse status. Afinal, em sua segunda temporada, o francês já foi all-star e só não levou o prêmio de melhor defensor da liga por falta de jogos disputados. Tudo bem, pois ele tem mais duas décadas para ganhar vários desses, né?
1. Nikola Jokic (Denver Nuggets – 283 pontos)
Por que Jokic é um dos jogadores que times da NBA não deveriam incluir em uma troca?
Eu fiquei surpreso em ver Nikola Jokic à frente de Wembanyama, para ser sincero. Mas vamos lá: quem trocaria o melhor jogador de basquete do planeta? Um craque que já ganhou múltiplos MVPs, campeão da liga e que faz todos a sua volta melhores? Muito identificado com o único time em que atuou na carreira? Nós sabemos que o futuro é intrigante, mas tudo o que temos é o agora. E, certamente, Jokic é o jogador mais “introcável” do agora.
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