O que ainda está em jogo?

Enquanto o Oeste está definido, existe muita briga no Leste

Fonte: Enquanto o Oeste está definido, existe muita briga no Leste

A temporada regular da NBA termina na próxima quarta-feira e, com a proximidade dos playoffs, ainda tem time brigando por vaga. Por isso, o Jumper Brasil fez um resumo de tudo aquilo que ainda está em jogo. Enquanto a conferência Oeste está definida, o Leste ainda tem briga por duas vagas na pós-temporada, além do primeiro lugar, entre Cleveland Cavaliers e Boston Celtics.

Conferência Leste

Última vaga no Leste fica entre Indiana Pacers, Miami Heat e Chicago Bulls

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Indiana Pacers (40-40)

INDIANAPOLIS, IN - FEBRUARY 07: Paul George#24 of the Indiana Pacers celebrates during overtime in the118-113 win over the Portland Trailblazers at Bankers Life Fieldhouse on February 7, 2014 in Indianapolis, Indiana. NOTE TO USER: User expressly acknowledges and agrees that, by downloading and or using this Photograph, user is consenting to the terms and condition of the Getty Images License Agreement. (Photo by Andy Lyons/Getty Images)

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O Indiana Pacers, sétimo colocado, sempre rondou a zona de classificação. Paul George, o principal jogador da franquia, começou bem devagar a temporada e, mesmo com a adição de Jeff Teague na armação, George não rendeu nos primeiros meses. No entanto, o camisa 13 reencontrou seu melhor basquete depois da parada para o Jogo das Estrelas e comandou o Pacers a uma série de três vitórias em abril. Mesmo com a evolução de George, o Pacers ainda corre riscos de ficar de fora. Isso porque o time, que possui 40 vitórias e 40 derrotas, perde nos critérios de desempate para o Chicago Bulls e para o Miami Heat. Caso os três terminem empatados com 41 vitórias em 82 jogos, quem perde a vaga é o Pacers. Para não depender de ninguém, o time precisa vencer as próximas duas partidas.

Próximos confrontos

10 de abril – Philadelphia 76ers, fora de casa
12 de abril – Atlanta Haws, em casa

Longe dos playoffs mais uma vez, o Philadelphia 76ers não oferece tanto perigo. O time soma seis derrotas em sequência e se preocupa com qualquer outra coisa, menos 2016-17. O jogo é em Philadelphia, mas a equipe não vence em casa desde o dia 19 de março. Apenas Dario Saric, que briga pelo prêmio de melhor calouro, tem algo em jogo. O problema está no último jogo da temporada, contra o Atlanta Hawks. O time vem embalado por duas vitórias diante do Cleveland Cavaliers e quer manter o quinto lugar do Leste. Apesar de a partida ser em Indianápolis, o Hawks venceu lá nesta temporada.

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Miami Heat (39-41)

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O Miami Heat começou a temporada com grandes problemas após perder Dwyane Wade, o melhor jogador de sua história, justamente para o Chicago Bulls. Ao fim de janeiro, para se ter uma ideia, o time da Flórida havia vencido apenas 19 de seus 49 compromissos e amargava a 12ª posição na conferência Leste. Acontece que nos 31 jogos seguintes, o Heat ganhou 20 (64.5% de aproveitamento) e tornou-se um sério candidato aos playoffs. Tudo isso sem contar que Chris Bosh foi afastado em definitivo e o ala Justise Winslow se machucou gravemente e ficou fora de ação. O trabalho de Erik Spoelstra deve ser enaltecido aqui. Pegou uma equipe desacreditada e fez dela um grupo competitivo, mesmo com jogadores de pouca expressão, como Rodney McGruder, Luke Babbitt e até mesmo Willie Reed que, quando foi acionado nas contusões de Hassan Whiteside, correspondeu muito bem.

Próximos confrontos

10 de abril – Cleveland Cavaliers, em casa
12 de abril – Washington Wizards, em casa

Em tese, os confrontos podem ser complicados, apesar de que Cleveland Cavaliers e Washington Wizards já estão classificados. O Cavs perdeu os últimos dois jogos, ambos para o Atlanta Hawks. Como agora o time está empatado com o Boston Celtics pelo primeiro lugar do Leste, existem boas chances de ninguém ser poupado. O ponto positivo é que na temporada, o Heat venceu o Cavaliers duas das três vezes que se enfrentaram. Já contra o Wizards, o retrospecto em 2016-17 é melhor ainda: três vitórias em três jogos.

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Chicago Bulls (39-41)

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O técnico Fred Hoiberg havia pedido jogadores de perímetro, mas a surpresa ficou por conta da assinatura de Dwyane Wade com o time. Rajon Rondo já tinha acertado com o Chicago Bulls, então era inevitável pensar como a equipe se portaria em quadra, sem especialistas nos tiros de longa distância no quinteto titular. Mas os três primeiros jogos da atual temporada deram a entender que o Chicago Bulls iria longe. Foram três vitórias diante de Boston Celtics, Indiana Pacers (ambos classificados) e Brooklyn Nets. O problema é que o estilo de jogo pretendido por Hoiberg passou longe de existir. O treinador fez fama no basquete universitário por armar equipes com muitos arremessos de três, porém o Bulls, até o momento, amarga apenas o 26° lugar em aproveitamento no quesito (33.6%). Claro que o plano deu errado. E as coisas poderiam piorar ainda mais quando Wade se machucou. No entanto, Jimmy Butler voltou a ser ala-armador, Rajon Rondo e Nikola Mirotic fizeram grandes partidas, e o Bulls venceu sete dos 11 jogos sem o camisa 3. Wade voltou contra o Nets no último sábado e o time foi derrotado por 107 a 106.

Próximos confrontos

10 de abril – Orlando Magic, em casa
12 de abril – Brooklyn Nets, em casa

O Orlando Magic e o Brooklyn Nets não brigam por mais nada em 2016-17. Mesmo assim, o Nets superou o Bulls no último sábado. Na teoria, o time de Illinois tem um ligeiro favoritismo, até porque se terminar com a mesma campanha do Miami Heat, quem vai para os playoffs é o Bulls, que levou a melhor no confronto direto. Nos últimos dez embates, Jimmy Butler tomou conta da equipe com médias de 28.4 pontos, 7.9 assistências, 6.5 rebotes e um aproveitamento fantástico de 64% em três pontos. Se o time quer a classificação, deixe a bola em suas mãos.

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Quais são as brigas?

Cleveland Cavaliers e Boston Celtics estão empatados com 51 vitórias e 29 derrotas e lideram o Leste. O atual campeão jamais conseguiu abrir larga vantagem em cima de seus concorrentes. Primeiro foi o Toronto Raptors, que estava o tempo todo em seu retrovisor. Depois, com a lesão de Kyle Lowry, o time canadense perdeu fôlego e foi ultrapassado pelo Celtics. A equipe de Massachusetts chegou a ficar liderar de forma isolada no início do mês, a primeira desde os tempos de Kevin Garnett e Paul Pierce. Mas, assim como o Cavs, perdeu jogos inexplicáveis e acabou caindo de produção. As frequentes lesões de Avery Bradley, o melhor defensor da equipe, atrapalharam. Quando Isaiah Thomas se machucou, a situação piorou.

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O Cavs pega o Miami Heat e o Toronto Raptors nas últimas duas rodadas e precisa vencer os dois adversários para garantir o primeiro lugar. O Heat briga pela última vaga dos playoffs, enquanto o Raptors ainda luta pelo título da divisão com o Celtics. Caso o Raptors vença o seu compromisso e o Celtics perca os próximos dois, haverá um empate com 51 vitórias e 31 derrotas. Neste caso, o primeiro critério para definir é o confronto direto. Mas seria um novo empate, já que cada um superou o outro duas vezes. A partir daí, é o número de vitórias na mesma divisão. Neste caso, dá Raptors, por ter 14 triunfos e apenas duas derrotas, enquanto o Celtics venceu dez e perdeu cinco. Ainda que o Cavaliers perca os dois e o Raptors iguale tudo, o confronto direto deu Cavs, o que elimina suas chances de ficar com o primeiro lugar.

O Washington Wizards, quarto colocado, assegurou mando de quadra na primeira rodada da pós-temporada, pois o Atlanta Hawks, o quinto, não consegue mais alcançá-lo. O Milwaukee Bucks, entretanto, ainda pode superar o Hawks.

Com tantas possibilidades para as últimas duas partidas, não existe nenhum confronto para os playoffs definido na conferência Leste.

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Conferência Oeste

Após a vitória do Oklahoma City Thunder sobre o Denver Nuggets, no estouro do cronômetro, o Portland Trail Blazers garantiu a oitava e última vaga aos playoffs pela conferência Oeste. Mesmo que o Blazers perca os seus próximos dois compromissos, e o Nuggets vença as últimas duas partidas, o que daria um empate, o time do Oregon vai para a pós-temporada por conta dos critérios de desempate. Com o resultado, todos os confrontos do Oeste foram definidos.

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Confrontos confirmados

Golden State Warriors (66-14) x (40-40) Portland Trail Blazers

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Mais uma vez, Golden State Warriors e Portland Trail Blazers vão se enfrentar nos playoffs. O time californiano lidera a conferência Oeste pela terceira temporada consecutiva e já contou com o astro Kevin Durant no último sábado. Ou seja, o Warriors vem completo. Durante a temporada regular, a equipe comandada por Steve Kerr venceu os três confrontos. Apesar de ter passado por um período turbulento entre o fim de fevereiro e o início de março, quando perdeu cinco de sete jogos, o Warriors recuperou-se e trouxe Stephen Curry ao modo MVP. Curry, que chegou a ser questionado por performances ruins e, desde o dia 14 de março, converteu 47.4% dos tiros de três (65 acertos em 135 tentativas) e fez 27.7 pontos, 8.4 assistências e 2.3 roubadas no período.

Já o Blazers, que sofreu no início da temporada, chegou a ter 18 vitórias e 27 derrotas em meados de janeiro. No entanto, a aquisição do pivô Jusuf Nurkic em uma troca com o Denver Nuggets, fez o time crescer de produção. Desde então, foram 22 triunfos em 37 jogos (59.5% de aproveitamento). O problema é que Nurkic sofreu uma fratura na perna direita e corre riscos de ficar de fora dos playoffs. Como a equipe já não poderá contar com Ed Davis e Festus Ezeli, ambos machucados, o técnico Terry Stotts utilizou Noah Vonleh em alguns confrontos como pivô e o resultado não foi dos melhores. Stotts, então, optou por Meyers Leonard na posição, enquanto Vonleh voltou a ser ala-pivô. No último sábado, o Blazers conquistou uma vitória importantíssima sobre o Utah Jazz, quando Damian Lillard brilhou e anotou 59 pontos e agora é o recordista no quesito da franquia.

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San Antonio Spurs (61-19) x (43-38) Memphis Grizzlies

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San Antonio Spurs e Memphis Grizzlies são velhos conhecidos nos playoffs. Desde 2010-11, este será o quarto confronto entre as equipes na fase de mata-matas. O time texano venceu duas, incluindo uma varrida no ano passado, enquanto o Grizzlies levou a melhor em 2010-11.

O Spurs superou a barreira das 60 vitórias pela terceira vez nos últimos quatro anos e, desde quando o técnico Gregg Popovich assumiu o cargo em definitivo, em 1997-98, o time jamais ficou de fora dos playoffs. Sem Tim Duncan pela primeira vez desde então, a equipe não teve problemas durante a fase regular e chegou a estar bem próxima do Golden State Warriors na luta pelo primeiro lugar do Oeste. LaMarcus Aldridge está recuperado de um problema cardíaco e foi liberado para retornar às quadras. Kawhi Leonard mostra evolução a cada ano e, em 2016-17, fez números de MVP (25.8 pontos, 5.9 rebotes, 3.6 assistências e 1.8 roubada). Depois da contusão, Pau Gasol voltou ao time, mas saindo do banco de reservas. Com menos tempo de quadra, o experiente espanhol está melhor do que quando era titular.

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O Grizzlies, diferente do ano passado, quando chegou aos playoffs com um time todo remendado, vem com força total. Bem, até certo ponto. O time sofre (muito) no ataque. Tem o pior aproveitamento em arremessos de quadra de toda a NBA, com 43.6%, é apenas o 26° em pontuação, com 101 por jogo e fica devendo quando o assunto é rebote: 24°, com 42.7. Enquanto Mike Conley faz mais uma grande temporada, Marc Gasol fez a melhor de sua carreira em 2016-17. O pivô adicionou o arremesso de três ao seu repertório (103 acertos em 266 tentativas, 38.7% de aproveitamento), fez 19.6 pontos e 4.6 assistências, todos melhores números desde a sua estreia na NBA. Já os rebotes, são apenas 6.2 por jogo, pior marca da carreira. Zach Randolph vem (bem) do banco, enquanto o veteraníssimo Vince Carter herdou a posição do lesionado Chandler Parsons. Ao passar dos anos, Carter tornou-se um especialista nos tiros de três e, em 2016-17, mais de 60% de suas tentativas foram assim.

Houston Rockets (54-26) x (46-34) Oklahoma City Thunder

Westbrook Harden

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Este é, talvez, o encontro mais esperado dos playoffs. De um lado, James Harden. Do outro, Russell Westbrook. Os dois principais candidatos ao prêmio de MVP e ex-companheiros no Oklahoma City Thunder, fizeram uma temporada memorável. Enquanto o primeiro tornou-se armador de fato e lidera a liga em assistências pela primeira vez na carreira, Westbrook foi quebrando recordes atrás de recordes e superou Oscar Robertson no domingo com o triplo duplo 42 da temporada. Além disso, o astro garantiu a segunda temporada da história da NBA com um jogador fazendo médias superiores e dez pontos, dez rebotes e dez assistências.

O Houston Rockets é mais sólido e aposta suas fichas nos arremessos de três. Como todo time comandado por Mike D’Antoni que se preze, o Rockets é adepto do jogo corrido e é o segundo que mais pontuou na temporada. D’Antoni arma sua equipe com quatro arremessadores de longa distância e conta com um pivô (Clint Capela ou o brasileiro Nenê) para brigar lá dentro do garrafão. Com todo esse espaçamento de quadra, o Rockets define suas jogadas com passes rápidos e com o jogo de transição. Eric Gordon e Ryan Anderson, ambos vindos do New Orleans Pelicans, e Lou Williams, que chegou em uma troca com o Los Angeles Lakers, são especialistas em arremessos. Isso sem contar com Patrick Beverley, Trevor Ariza e o próprio Harden. De onde vier, é difícil parar.

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O Thunder resume-se em Westbrook. É aquele caso clássico de um time que, sem aquele determinado jogador, jamais estaria nos playoffs. E é fato. O Thunder foi perdendo suas principais peças ao longo dos anos e, depois das saídas de Kevin Durant e Serge Ibaka, o camisa 0 precisou colocar a bola debaixo do braço e tomar conta do jogo. Victor Oladipo chegou, mas pouco fez para mudar de patamar. Acreditava-se que ele seria a segunda força do time no ataque, porém, com contusões e um domínio cada vez maior de Westbrook, Oladipo perdeu “tamanho” em relação ao que era no Orlando Magic. Enes Kanter, quem diria, evoluiu um mínimo na defesa e deixou de ser um buraco negro. Mas é no ataque onde ele se destaca, com 14.4 pontos por jogo. O Thunder precisa agradecer ao Chicago Bulls pela troca. Taj Gibson é muito bom e ajeitou a cozinha. Por mais que Domantas Sabonis seja promissor, Gibson é mais provado e consegue ajudar dos dois lados da quadra, ainda que com tempo de quadra limitado. A função de parar Harden deve ficar por conta de Andre Roberson, um dos melhores defensores de perímetro da NBA, ou até mesmo de Oladipo.

Los Angeles Clippers (49-31) x (49-31) Utah Jazz

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Este é o único confronto em que o mandante ainda não foi definido no Oeste. Por enquanto, o Los Angeles Clippers leva a vantagem pelos critérios de desempate.

Há duas semanas, o Clippers sofreu uma das derrotas mais absurdas da temporada, quando sobrava em cima do Sacramento Kings e acabou perdendo. Desde então, foram cinco vitórias consecutivas. Depois da chacoalhada que o técnico Doc Rivers deu em seus jogadores, o Clippers voltou a jogar bem. Na teoria, a equipe californiana era para ser a terceira no Oeste, mas ninguém esperava que o Houston Rockets fosse dar esse salto. O time sofreu muito com lesões de Blake Griffin e Chris Paul. Resta saber se dessa vez, vai conseguir fazer algo nos playoffs. Jamais passou das semifinais de conferência, mesmo com elencos recheados de grandes jogadores. Caso vença um de seus próximos dois compromissos, chegará ao sexto ano consecutivo com pelo menos 50 vitórias.

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O Utah Jazz cresceu. Era pedra cantada. O time é muito talentoso e adicionou peças importantes, como George Hill, Boris Diaw e Joe Johnson. Tem uma das melhores defesas da NBA, capitaneada pelo francês Rudy Gobert. O problema é que, quando Hill não joga, e isso está sendo recorrente, a equipe perde muito na marcação do perímetro com Dante Exum. O brasileiro Raulzinho é pouco aproveitado, mesmo sem o titular. Além de Hill, Derrick Favors e Rodney Hood viveram no estaleiro em 2016-17. Quem fez a temporada da carreira foi Gordon Hayward. A boa fase o levou para o Jogo das Estrelas pela primeira vez e, desde o seu ano de estreia na liga, em 2010-11, sempre melhorou a pontuação a cada campanha.

Os playoffs começam neste sábado. A partir de sexta-feira, as previsões de cada confronto serão publicadas aqui no Jumper Brasil.

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