Há pouco mais de um ano, no dia 16 de abril de 2011, o Indiana Pacers iniciava sua participação nos playoffs da NBA enfrentando o Chicago Bulls, equipe de melhor campanha naquela temporada. Obviamente, então, o Pacers tinha sido apenas o oitavo colocado no Leste, o que lhe dava a quase impossível missão de passar pelo melhor time da Conferência.
Naquele jogo, Indiana sustentava dez pontos de vantagem (98-88) com três minutos e meio por jogar. Seria a grande zebra já no primeiro encontro dos playoffs 2011. Mas o que veio a seguir? 16 pontos do Bulls contra apenas um de Indiana. Um. É, quase zero. Obviamente, de novo, o Pacers perdeu. Na ocasião, falou-se em falta de experiência, maturidade e todas aquelas orações prontas no “guia de desculpas para derrotas quase inexplicáveis.”
Um ano depois, o Pacers é terceiro colocado no Leste. Estreia nos playoffs 2012, em casa, contra o combalido Orlando Magic, que sente a falta do pivô Dwight Howard. Quer dizer, deveria sentir. Indiana tem sete pontos de vantagem, com quase quatro minutos no relógio. Opa… Conhece a cena? Sabe o que vem por aí? Pois é, derrota do Pacers. Hoje, não teve nem aquele um pontinho. Foi zero mesmo. Zero. De nada. Imaturidade, falta de experiência?
No último período, a estrela Danny Granger errou seus três arremessos de quadra, cometeu dois turnovers, um nos segundos finais, além de errar dois lances livres na parte final da partida. Um tal LeBron James foi massacrado recentemente por atuações semelhantes em períodos finais. Por que poupar Granger, então?
O dourado Pacers amarelou? É mais time (atualmente) do que o órfão Magic. Tinha a faca, o queijo, a torcida e a vantagem nas mãos para sair na frente. Perdeu tudo. Foi comovente a cena dos jogadores do Magic reunidos em quadra ao final da partida, celebrando o improvável. Sem herói, sem Superman. Dá pra repetir o feito por outras três ocasiões? Ainda não creio. Mas se o dourado não perder o tom amarelado, dará. Sem desculpas.
Imagem: (Gary W. Green, Orlando Sentinel / April 28, 2012)