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NBA: Precisamos falar da temporada pífia do Phoenix Suns

Campanha da equipe do Arizona é um fiasco em 2024/25

nba temporada phoenix suns Fonte: Reprodução / X

Dono do maior folha salarial da NBA, e com três All-Stars no elenco, o Phoenix Suns é uma decepção em quadra e faz uma temporada pífia. Pouco mais de dois anos após a compra da franquia, o bilionário Mat Ishbia fracassou em seu projeto esportivo. Logo de cara, fez uma troca pelo astro Kevin Durant. Meses depois, adquiriu Bradley Beal. Ao cercar Devin Booker de duas estrelas com mentalidade ofensiva, o Suns se esqueceu que é preciso ter elenco (e defesa) para ir longe na NBA.

Para piorar, a gestão Ishbia comprometeu ativos da equipe, como escolhas de Draft e jovens jogadores. Sim, o Suns tem um gerente-geral, James Jones, remanescente da era do lamentável Robert Sarver. O dirigente chegou em 2019 e, devido ao sucesso na temporada 2020/21 (vice-campeonato), passou a acumular a função de presidente da franquia. Mas, no fim das contas, tudo passa por Ishbia.

Na NBA, as equipes são propriedades de bilionários. Alguns deles não entendem absolutamente nada de basquete. Estão lá pelo business, para ganharem dinheiro. E não se metem no dia a dia da equipe.

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Ishbia, por sua vez, é um dono que não se limita a assinar o cheque. Por ter sido jogador no College (campeão por Michigan State, em 2000), dá pitacos em trocas, na montagem do elenco. Ou seja, Jones não tem autonomia. Ishbia quis mostrar serviço logo no ínicio de sua gestão à frente do Phoenix Suns. O bilionário, inclusive, falou que faria de tudo para montar um time campeão. Entretanto, a equipe é um fiasco em quadra.

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A impressão que Ishbia passa é que a visão dele de NBA é ultrapassada. Será mesmo que era uma boa ideia ter três astros que precisam da bola e que são voltados para pontuar? O magnata, aliás, nunca deve ter ouvido a famosa frase do maior de todos, Michael Jordan: defesas ganham campeonatos.

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Não julgo a gestão Ishbia por apostar em Durant. O camisa 35 é um craque e um dos melhores jogadores da liga nos últimos 15 anos. A dupla com Booker tinha tanto potencial… Só que um erro crasso está colocando tudo a perder…

A fatídica troca por Beal

A troca por Beal é, sem dúvida, o maior erro da franquia em anos. Um detalhe: Mark Bartelstein, agente do ala-armador, é pai de Josh Bartelstein, CEO do Phoenix Suns de apenas 35 anos. Curioso…

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Além de um contrato elevado, o camisa 3 tem a famigerada cláusula de veto de troca. Apenas dez atletas da NBA conseguiram esse privilégio na carreira: LeBron James, Dwyane Wade, David Robinson, John Stockton, Carmelo Anthony, Kobe Bryant, Tim Duncan, Kevin Garnett, Dirk Nowitzki e Beal. Nove jogadores espetaculares e um Bradley Beal ali no meio…

Para ter o ala-armador, o Suns abriu mão do veterano Chris Paul. E de escolhas do recrutamento. A gestão acreditou em uma formação sem um armador de ofício. Acreditou que Booker, Beal e Durant se encaixariam bem. Porém, se esqueceu que há apenas uma bola em quadra.

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Na primeira temporada do trio, o Suns fez a sexta melhor campanha da Conferência Oeste. Entretanto, o time caiu logo na primeira rodada dos playoffs. Aliás, foi varrido pelo Minnesota Timberwolves.

Ah, antes que eu me esqueça… Com a mentalidade do time voltada para o ataque, a dupla Ishbia/Jones achou válido trazer Frank Vogel. Um treinador campeão da NBA e marcado por montar defesas sólidas. A parceria durou apenas uma temporada. Aquele Phoenix Suns de 2023/24 foi apenas o 13º em eficiência defensiva. E dependia, em excesso, da individualidade do trio para pontuar.

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Novo CBA

O mais recente Acordo Coletivo de Trabalho (CBA), firmado entre a NBA e a NBPA (Associação dos Atletas) prejudicou muito as equipes que mais gastam. Entre elas, obviamente, o Phoenix Suns. Para azar de Ishbia.

Dois meses após adquirir o Suns por US$4 bilhões, o magnata viu o nova CBA ser aprovado, cujas regras valem até 2030. Uma das principais mudanças foi a proibição de algumas contratações para times acima do valor máximo do teto salarial. Por exemplo, equipes que sempre ultrapassam o salary cap e pagam taxas por isso, não podem contratar atletas com a taxplayer mid-level (US$5,2 milhões). Um castigo para as franquias que têm menos pudor em gastar, como o Suns.

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A folha salarial do Phoenix Suns nesta temporada é de US$210,6 milhões, ou seja, a mais alta da NBA. Combinados, Beal, Booker e Durant têm direito a US$150,6 milhões em salários na campanha atual. Já em 2025/26, os valores serão ainda maiores: US$161,5 milhões. Como montar um elenco de qualidade, se a folha salaral está comprometida com três jogadores?

Mudanças em 2024/25

Para o lugar de Vogel, o Suns contratou outro campeão da liga. Mike Budenholzer chegou com muita moral e uma ligação afetuosa com a franquia. Afinal, ele nasceu no Arizona. Ou seja, voltou para a casa. Mas o elenco que deram para o treinador…

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Jusuf Nurkic veio ainda em 2023, na troca por Deandre Ayton com o Portland Trail Blazers. Um pivô preguiçoso por outro. O bósnio é melhor passador, mas é mais lento e comete muitos turnovers. No entanto, o pior dessa negociação foi o Suns ter aberto mão do jovem Toumani Camara. Hoje, o ala é titular do Blazers e um ótimo defensor.

Budenholzer percebeu logo que Nurkic não se encaixaria na equipe. Assim, Mason Plumlee, que veio na última offseason, passou ser o titular. Não mudou muito, obviamente. Assim como o bósnio, o veterano é lento. Na NBA de hoje, um pivô pesado tem que ser muito craque para se manter em quadra (leia-se Nikola Jokic).

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Para suprir a lacuna na armação, o Suns assinou com Tyus Jones pelo mínimo de veteranos. Uma pechincha. Com a chegada dele, Beal foi para o banco. Mas, em quadra, Jones faz uma temporada pífia. Não ataca a cesta, não cria, não defende. Se limita a ser um arremessador de longa distância no catch and-shoot.

Alvo dos adversários, o armador é uma lástima como defensor. Não era assim. Só que, em 2024/25, Jones está no nível Trae Young em termos defensivos.

Uma sucessão de erros

Somente após 54 jogos, o técnico percebeu que Jones compromete o quinteto titular. Outrora reserva de luxo, Beal voltou à formação inicial. Ou seja, o Suns voltou a jogar sem um armador de ofício.

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Outra decisão do técnico que não faz sentido: sacou o novato Ryan Dunn da rotação principal. O moleque é o melhor defensor da equipe, fez bons jogos no começo da temporada. Uma peça para ajudar no presente e no futuro, e um dos poucos acertos da gestão Ishbia. Budenholzer comanda a quarta pior defesa da NBA, mas achou uma boa ideia tirar o espaço de Dunn (21 minutos nos últimos cinco jogos).

Na última trade deadline, o Suns finalmente se livrou de Nurkic. Conseguiu, aliás, um bom negócio com o Charlotte Hornets. Nick Richards é mais novo, mais ágil, um espaçador vertical. Ou seja, tudo que o time precisava na posição 5. No entanto, Budenholzer segue prestigiando Plumlee. Apesar de titular, Richards atua apenas 22 minutos por jogo. Não consigo entender…

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Por falar em trade deadline… Durant não gostou nada de ver o seu nome em rumores de troca. O jogador não aceitou sair agora, mas a parceria está perto do fim. O melhor cenário para ambas as partes é uma negociação na offseason. De preferência para o Houston Rockets, que possui três picks de primeira rodada de Phoenix (2025, 2027 e 2029) e jovens com potencial.

Implosão do elenco

O Phoenix Suns precisa se livrar de Beal ao final desta temporada da NBA. A franquia bem que tentou, mas a cláusula de veto de troca atrapalhou. Jimmy Butler era alvo da equipe e acabou no Golden State Warriors. Além disso, quem vai querer assumir o contrato de Beal? Um dos piores custos-benefícios da NBA. Para se livrar do camisa 3, o Suns teria que envolver escolhas de Draft, algo em falta na franquia. Complicado…

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A temporada do Phoenix Suns é uma sucessão de erros e uma das maiores decepções da NBA em 2024/25. Hoje, a equipe ocupa apenas o 11º lugar do Oeste, com 27 vitórias e 30 derrotas. Portanto, está fora até da zona de classificação para o play-in. Em quadra, o time não reage, não mostra brio. Uma apatia que irrita. Perdeu? Beleza, amanhã ou depois tem outro jogo.

Nas últimas 12 partidas, o Suns venceu somente três. Despencou na tabela e dá sinais de que não irá se recuperar. Em suma, o time precisa jogar o que não jogou até agora. Difícil acreditar nessa mudança de chave.

Portanto, o restante da campanha tende a ser melancólico. Ao final da temporada da NBA, o caminho para o Phoenix Suns é apenas um: desmanche do elenco. Reconstruir em torno de Booker, o maior cestinha da história da equipe. Trocar Durant, tentar se livrar de Beal, manter os novatos (Dunn e Oso Ighodaro), liberar os expirantes, recuperar escolhas de Draft. Além de avaliar a permanência de Budenholzer e contratar um novo GM/presidente. E que Ishbia dê autonomia ao escolhido.

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Contratos dos astros do Suns

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