Fonte: Reprodução / XStephen Curry voltou ao Golden State Warriors após perder cinco jogos na atual temporada da NBA. Em duas partidas desde então, o time de San Francisco caiu diante de Minnesota Timberwolves e Portland Trail Blazers. Aliás, foi a terceira derrota em três embates para a equipe do técnico brasileiro Tiago Splitter.
Nos dois jogos que fez, Stephen Curry produziu 43.5 pontos e acertou 18 cestas de três em 34 tentativas. Ou seja, 52.9% do perímetro. Números absurdos, mas insuficientes para tirar o time da atual fase.
Por enquanto, o Warriors é só o oitavo do Oeste, com campanha negativa: 13 vitórias e 14 derrotas. Isso não é sustentável, apesar de que a conferência conta com outras equipes em um nível bem pior e, ainda, na zona do play-in.
Mas isso não parece nada bom em vários sentidos. Primeiro, porque se for aos playoffs via repescagem, vai enfrentar o primeiro ou segundo do Oeste. E, hoje, em hipótese alguma, o Warriors tem time para bater Oklahoma City Thunder ou Denver Nuggets, dois dos melhores da NBA em 2025/26.
Então, o que fazer?
Bem, está claro que existe uma briga interna entre Jonathan Kuminga e o técnico Steve Kerr. Kuminga não é um jogador com sinônimo de brio ou força de vontade, mas tem talento. Por mais que Kerr não goste de sua falta de empenho, ele é bom.
E o Warriors não tem muito o que fazer, pois só pode trocar o ala depois do dia 15 de janeiro. Ou seja, tem mais um mês disso.
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Daí, o que Jimmy Butler vem fazendo para ser “o cara” da diferença? Muito pouco. Draymond Green está em queda livre, enquanto Kerr parece fora de sintonia com a realidade.
Sim, Kuminga é o típico jogador que o técnico não gosta, mas vai fazer o que? Acha mesmo que dá para vencer sem ele por opção?
Até quando ele teve minutos consistentes de titular, o Warriors venceu cinco dos primeiros nove jogos. Não é muito, mas o time brigava e vencia partidas difíceis. Como resultado, o ala tinha 17.2 pontos, 7.1 rebotes e acertava 41.4% de três.
Desde então, ele perdeu espaço. Como resultado, sua confiança foi para o “ralo”. São 6.9 pontos, 5.4 rebotes, mas acertou só 19% das bolas de três em cerca de 20 minutos. Ele até foi titular em alguns deles, mas com muito menos tempo de quadra.
A troca vai sair em janeiro, não há a menor dúvida disso, mas ele perdeu a vontade de vez. Enquanto isso, Kerr usa uma lógica só dele e não o coloca em quadra. Foi assim nos últimos três jogos e por decisão própria.
“Fato novo”
Mas como Butler não está conseguindo ser o segundo cestinha com regularidade que Stephen Curry precisa, o Warriors vai despencando na tabela da NBA.
As vitórias estão cada vez mais raras e são só contra times com problemas. Os últimos quatro triunfos foram contra New Orleans Pelicans, Utah Jazz, Chicago Bulls e um Cleveland Cavaliers em baixa.
O Warriors precisa de um “fato novo”. Como Kerr não vai cair, usar Kuminga com mais regularidade e mais tempo de quadra, pode dar ao time esse artifício.
Pode. Não quer dizer que vai resolver, pois o ala está muito desmotivado. Kerr tem razão por um lado, pois Kuminga tem vários problemas. Mas não tem pelo outro, já que tem um cara talentoso ali e não está sabendo dialogar.
Em um grupo de jogadores, ninguém é igual a ninguém. Quantas vezes Stephen Curry ou Draymond Green já não saíram em defesa do colega? Parece que a relação do treinador com o atleta já não tem mais volta, mas se não o colocar em quadra, as derrotas serão muito mais frequentes.
Will Richard já foi o tal “fato novo”, assim como Pat Spencer, mas você sabe que isso muda muito rápido. No jogo contra o Blazers, Spencer ficou em quadra só por sete minutos.
Aposentadoria de Stephen Curry
Stephen Curry já venceu quatro títulos da NBA pelo Warriors e não está ficando mais jovem. Ele está cada vez mais próximo da aposentadoria, enquanto seu contrato acaba em 2026/27, ao lado de vários de seus colegas, como Green, Butler e, claro, Kuminga.
Aos 37 anos (faz 38 em março), Curry também precisa de motivação. E não tem nada melhor do que ter um time competitivo para tentar o título. Do contrário, não dá para cravar que ele terá vida longa na NBA depois do fim de seu contrato. Aliás, os rumores apontam que ele pode parar em 2027.
Dono de todas as próprias escolhas até 2030, o Warriors tem de avaliar se é possível vencer mais um título na NBA com Stephen Curry ou se 2027/28 será de reconstrução. Mas, com todo esse talento ainda ali, é um enorme desperdício.
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