Mike Conley relembra troca para o Timberwolves: “Soco na cara”

Veterano armador admite que, a princípio, sentiu o golpe após o Jazz negociá-lo para Minnesota

mike conley timberwolves troca Fonte: Layne Murdoch Jr. / AFP

Todos os dias, torcedores discutem negociar jogadores em busca de melhora para o seu time. O debate, no entanto, considera que os atletas sejam meras mercadorias na NBA. Uma transação na liga, como resultado, causa uma mudança drástica na vida de várias pessoas. Mike Conley passou por isso na última temporada e relembra que, a princípio, não encarou a troca para o Minnesota Timberwolves tão bem assim.

“Você pode ganhar muito dinheiro, mas isso não te faz insensível a tudo. As pessoas, às vezes, não compreendem isso. Se você toma um soco na cara, por exemplo, sentimos a dor. Foi assim que me senti quando ouvi a notícia. Eu sabia que ficaria bem, mas, ainda assim, dói no calor do momento. E acho que é importante que você sinta o golpe antes de seguir em frente”, contou o veterano armador, em entrevista ao site The Athletic.

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Conley revelou que soube da saída do Utah Jazz enquanto jogava videogame com os seus ex-companheiros de elenco. Ou seja, para piorar, não foi informado com alguma antecedência pela franquia. Além disso, como foi trocado em fevereiro, passou vários meses longe da família. Mas, se o astro precisou de tempo para “aceitar” o Twolves, Rudy Gobert acha que a equipe ganhou de imediato.

“Eu sou realmente agradecido por Mike estar aqui, pois a sua presença é importante. É um cara que faz a diferença não só em quadra, mas no dia a dia de trabalho. A forma como comporta-se é um exemplo. Isso é bem valioso para que jovens como Anthony Edwards e Jaden McDaniels. Ver a postura e profissionalismo de Mike, para resumir, será algo que vão levar para o resto da carreira”, exaltou o pivô.

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Benção disfarçada

Mike Conley, como vimos, não encarou a troca para o Timberwolves com bons olhos de cara. Não foi fácil. Afinal, ele precisou readaptar-se a um novo time com a temporada em andamento e ficou longe da família nesse processo. Mas, com o tempo, ele notou que o trauma inicial escondia um cenário muito favorável. Tratava-se de uma benção disfarçada para a carreira do armador de 36 anos.

“Minnesota, provavelmente, é a melhor situação para mim no momento que eu vivo na carreira. Não só temos um time competitivo de imediato, mas sinto que sou uma parte de fato dessa história. Não sou aquele veterano que fica de lado, não joga tanto assim enquanto assume um papel de liderança no vestiário. Essa equipe precisa de mim em quadra também”, avaliou o veterano de 17 temporadas na NBA.

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A experiência de Conley, de fato, é um dos ingredientes dos surpreendentes líderes do Oeste no momento. Ele foi titular em suas 15 partidas na temporada, enquanto anota médias de 9,9 pontos e 5,5 rebotes. Embora as estatísticas não chamem a atenção, o que impressiona é a sua eficiência. O armador acerta mais de 43% dos arremessos de longa distância e só comete 0,8 desperdícios de bola por jogo.

“Essa franquia tem sido ótima para mim porque querem que faça tudo o que sempre fiz. Pontuo, passo, arremesso. Não me sinto só um contrato e, sobretudo, faço parte de um ambiente que quer vencer. Queira ou não, nem todos os times oferecem tais condições para os atletas”, celebrou o ídolo do Memphis Grizzlies.

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Mais do que a encomenda

Para o Timberwolves, a troca de Mike Conley também não era uma certeza de sucesso. Falamos de um jogador na curva descendente da carreira, então os melhores dias de sua carreira ficaram para trás. Mais do que isso, o declínio técnico e físico de um atleta acontece bem rápido às vezes. O técnico Chris Finch lembra das desconfianças sobre o reforço, mas a realidade foi uma grata surpresa.

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“Se você ouvisse os comentários sobre Mike antes daquela negociação, a impressão de todos seria totalmente errada. Você imaginaria que adquirimos um jogador ‘quebrado’, para resumir. Nós precisaríamos enrolá-lo em plástico bolha. Mas, certamente, o caso não foi esse. Afinal, ele entregou tudo o que nós esperávamos e ainda mais. Foi muito mais”, elogiou o treinador de 54 anos.

O desempenho de Conley na quadra de basquete continua impressionante. Mas, assim como Gobert, Finch crê que o mais importante é que esse é só um detalhe da influência do armador em um programa vencedor. “Eu diria que, no fim das contas, Mike excedeu as nossas expectativas por uma margem grande. Não só dentro, por seu basquete, mas também fora de quadra”, concluiu o comandante.

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