Michael Beasley iniciou a sua carreira na NBA pelo Miami Heat e, por isso, teve a chance de trabalhar com Pat Riley. O dirigente, com quase seis décadas de vivência na liga, era o homem ideal para guiar o jovem talento. Mas, hoje, ele admite que não valorizou uma oportunidade única em sua vida. O ex-jogador entende que o seu erro, a princípio, foi ignorar as orientações da lenda do basquete.
“Se pudesse recomeçar a minha carreira, eu ouviria os conselhos de Pat. Pois era o que deveria ter feito. Ele me disse para comprar um apartamento legal de dois quartos em um condomínio após o meu primeiro contrato. O segundo quarto era para a minha mãe quando viesse à cidade. Mas falei que vivi em casas pequenas desde criança. Comecei uma série de bobagens assim que fiz o contrário”, reconheceu.
Beasley, de fato, ficou mais conhecido por sua conduta fora de quadra do que basquete na NBA. A segunda escolha do draft de 2008 até teve um bom início de carreira no Heat, mas “perdeu-se” em problemas de comportamento. Com isso, o talentoso ala-pivô teve a carreira abreviada na liga. Ele entende que o seu fracasso começou, antes de tudo, quando preferiu ignorar as palavras de Riley.
“Eu comprei uma casa de seis quartos e peguei três cachorros. Mais do que isso, trouxe uns três ou quatro amigos para viverem comigo. E, então, os problemas começaram a surgir. Não demorou muito para estar pagando a fiança desses caras e, depois, o meu padrinho pegou nove anos de prisão. Ou seja, eu passei a levar um caminhão de problemas comigo”, contou o MVP da temporada do “Big 3”.
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Meus erros
Michael Beasley não ouviu os conselhos de Pat Riley, acima de tudo, pela sensação de obrigação. Amigos e parentes o procuraram com o sucesso e ele queria ajudar todos. Ele queria trazer todos para o topo consigo, em síntese. Mas isso veio com um preço. Quase todos não foram boas influências em sua vida e carreira. O veterano olha para trás e vê um jovem que foi “engolido” pelas consequências de suas boas intenções.
“Aquela foi uma decisão que, na época, fez sentido para mim. Mas a verdade é que eu queria ter a confiança de dizer ‘não’ para todo mundo. Dizer que esperassem assinar o meu segundo contrato, por exemplo, para começar a dar um apoio a todos. Com isso, teria tido a chance de cometer os meus erros. Mas eu não entendi o que acontecia ao meu redor”, admitiu o ex-atleta de 36 anos.
Beasley não só se levou pelos “amigos”, mas também assumiu alguns dos erros deles. E, assim, trouxe para si muitos problemas que nem dele eram. “Eu sinto que a maioria das encrencas pelas quais as pessoas me conhecem não foram minhas. Fui eu assumindo os erros de outras pessoas enquanto tentava ajudá-las. A fama ficou para mim porque era o famoso da história”, completou.
Na jaula
É verdade que, depois de todas as complicações, Riley ainda tentou ajudar Beasley a dar rumo à carreira. Tirou-o da mansão para, em seguida, colocá-lo em um lugar bem mais “controlado”. Foi um movimento que até entende hoje, mas não deu certo para o então atleta de 21 anos. Ele admite que aquilo poderia funcionar se fosse mais maduro, mas só deixou a situação insustentável.
“Quando as coisas ficaram ruins, Pat me colocou em um apartamento e trouxe alguém para ser o meu vizinho de porta. Ou seja, era uma pessoa para ficar de olho em mim. Aquilo fez com que me sentisse em uma jaula. Mas ele só queria que estivesse focado em jogar basquete. Eu deveria ter ouvido os seus conselhos”, reforçou Beasley, que encerrou a carreira na NBA pelo Los Angeles Lakers em 2019.
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