Fonte: Reprodução / InstagramQuando a NBA parecia colocá-lo de lado, o Mavericks surgiu na carreira de Derrick Jones Jr. O ala decidiu rescindir um contrato com o Chicago Bulls na offseason passada porque buscava mais espaço do que ganhos financeiros. E, como resultado, passou mais de um mês como agente livre. A franquia texana lhe ofereceu o salário mínimo para veteranos, mas, mais do que isso, a oportunidade de apostar em seu potencial.
“Vir para Dallas, certamente, foi melhor do que imaginava. Poderia ter estendido o meu contrato em Chicago e não estaria nos playoffs mais uma vez agora. Mas decidi apostar em mim mesmo. Aceitei menos dinheiro para vir para cá, mas dinheiro nunca foi o meu problema. Eu só queria estar em quadra e mostrar do que sou capaz. Isso aconteceu, por fim, aqui”, celebrou o jogador de 27 anos, em entrevista coletiva.
Jones mostrou a que veio rapidamente, pois só não foi titular em dez dos 76 jogos que disputou na temporada. Tornou-se o especialista defensivo do perímetro do Mavericks, “cobrindo” os astros Luka Doncic e Kyrie Irving. Venceu, como resultado, concorrência com atletas como Josh Green e Dante Exum. Ele começou todos os jogos dos texanos nos playoffs e, por isso, garante: a equipe não teme ninguém.
“Nós acreditamos que podemos vencer qualquer adversário, em primeiro lugar. Podemos vencer qualquer um. Eu não gosto desse rótulo de ‘azarão’, assim como vários atletas do nosso elenco. A gente sabe que essa vai ser a narrativa, mas só pensamos em entrar em quadra e jogar um bom basquete. Não acho que nenhum time pode nos vencer em uma série de sete jogos”, cravou o titular de Dallas.
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Novo desafio
O pensamento sobre as chances do Mavericks nas finais da NBA reflete a postura como jogador de Derrick Jones Jr. Ele já conquistou o seu espaço e, por isso, não se intimida com ninguém. Nos playoffs, encarou de frente o desafio de marcar craques como Paul George, Kawhi Leonard e Anthony Edwards, por exemplo. E, assim como a sua equipe diante do Boston Celtics, não teme Jayson Tatum e Jaylen Brown.
“Jayson e Jaylen são ótimos jogadores ofensivos, certamente. Por isso, marcá-los será um desafio. Mas, como já disse em outras séries, não há segredo sobre o que preciso fazer. Tenho que afastá-los dos espaços da quadra em que gostam de operar. Assim, vou limitar os seus arremessos nos pontos em que se sentem mais confortáveis para fazê-los”, explicou o especialista defensivo.
É claro que existem talentos e jogadores mais celebrados do que outros na NBA. Mas, para Jones, todos são iguais dentro das quatro linhas. É dessa forma, em síntese, que ele vê o basquete. “Todos esses astros são humanos, no fim das contas. São homens como eu. Entro em quadra todas as noites e, sobretudo, não tenho medo de nenhum homem. Para resumir, não temo ninguém”, finalizou.
Sorte nossa
Mas não foi só Jones quem teve sorte em encontrar o Mavericks. É muito difícil, afinal, contratar um titular para o seu time com um salário mínimo. O ala “acertou” a equipe texana como poucos poderiam imaginar com a sua condição atlética e defensiva. E a confiança com que joga, certamente, contribuiu para a postura do time. Para o técnico Jason Kidd, ele virou um dos jogadores mais importantes do elenco.
“Derrick se destaca por seu caráter, acima de tudo. Por isso, recebeu uma chance aqui e tirou vantagem ao máximo disso. É um atleta que nunca reclama porque sabe que essa é a grande oportunidade que aguardava. Ele só se importa em jogar basquete da forma certa e em alto nível. Então, sinto que temos muita sorte de tê-lo conosco”, exaltou o técnico campeão do Oeste.
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