Lockout na NBA – Nenhum avanço nas conversas entre jogadores e cartolas

O tempo está se esgotando e a apreensão toma conta de todos aqueles que curtem a NBA. Nessa sexta-feira, o Sindicato dos Jogadores e os proprietários de algumas franquias se reuniram por cerca de quatro horas, em Nova York, para mais uma vez tentarem resolver o impasse quanto ao novo Acordo de Negociações Coletivas (CBA). Eles […]

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O tempo está se esgotando e a apreensão toma conta de todos aqueles que curtem a NBA. Nessa sexta-feira, o Sindicato dos Jogadores e os proprietários de algumas franquias se reuniram por cerca de quatro horas, em Nova York, para mais uma vez tentarem resolver o impasse quanto ao novo Acordo de Negociações Coletivas (CBA). Eles têm até o dia 1o de julho para chegarem a um acordo. Do contrário, haverá o lockout (paralisação) e a temporada 2011/2012 ficará ameaçada.

Segundo a imprensa norte-americana, nenhum avanço foi feito nas conversas dessa sexta-feira. Na próxima terça-feira, dia 28, os donos da franquia vão se encontrar em Dallas para definir pontos que poderão mudar o rumo das negociações. E uma nova reunião entre as partes envolvidas no imbróglio deverá acontecer na próxima semana – na quarta ou na quinta-feira. 

“Nós não consideramos que o processo de negociação esteja acabado. Por isso, eu não diria que as conversas estejam paradas porque não houve uma grande movimentação em termos financeiros. Isso não quer dizer que nós não estamos negociando”, revelou o presidente do Sindicato dos Jogadores, o armador Derek Fisher, do Los Angeles Lakers.

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O comissário da NBA, David Stern, fez questão de não falar nada sobre qualquer aspecto discutido na reunião de sexta-feira, sugerindo que ambos os lados precisavam baixar o tom de seus comentários públicos.

“A retórica não ajuda em nada, é incendiária. Não estamos interessados ​​em retórica incendiária de ambos os lados. Acho que a única coisa que está clara é que as duas partes ganharão muito se chegarem a um acordo e que perderão muito se não chegarem”, disse Stern.

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Na reunião realizada na última terça-feira, dia 21, o Sindicato propôs um acordo de cinco anos em que os jogadores receberiam 100 milhões de dólares a menos em salários por temporada. Os cartolas, por sua vez, propuseram um acordo válido por dez anos em que ficaria estabelecido uma meta de 2 bilhões de dólares em salários para os jogadores a cada temporada – uma redução dos 2,17 bilhões de dólares que os jogadores ganharam na temporada 2010/2011.

O diretor-executivo do Sindicato dos Jogadores,  Billy Hunter, levantou a possibilidade de estender as negociações trabalhistas para o mês de julho, se ambos os lados acreditam que o progresso está sendo feito e um acordo está ao alcance.

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“O dia 30 de junho pode ser apenas mais um dia. Eles são os únicos que irão determinar se isso tem mais significado do que realmente deveria. O que acontece no dia 30 é que o acordo coletivo expira. Isso não quer dizer que as negociações se encerrarão. Isso não quer dizer que haverá o lockout. A bola está na quadra deles. Eles vão decidir como iremos tratá-la”, finalizou.

Entenda o impasse

O atual Acordo de Negociações Coletivas (CBA) expira no próximo dia 30 de junho e as partes envolvidas (Sindicato dos Jogadores, proprietários das franquias e a própria NBA) precisam fechar um novo acordo até o dia 1o de julho. Os donos das equipes, insatisfeitos com as perdas acumuladas nos últimos anos, querem cortar gastos. Eles pretendem reduzir os salários dos jogadores em 30% e impor um teto salarial mais rígido.

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Os cartolas não abrem mão de um novo sistema operacional econômico, que é necessário, segundo eles, para dar às 30 equipes da Liga uma possibilidade igual de ser lucrativa e brigar pelo título. Em contrapartida, os jogadores têm argumentado que a NBA nunca ganhou tanto dinheiro em contratos publicitários e televisivos, e não aceitam a redução drástica dos salários.

O comissário da NBA, David Stern, já disse que a projeção da Liga é de que a temporada recém finalizada tenha dado um prejuízo de 300 milhões de dólares. No ano passado, as perdas foram estimadas em 400 milhões de dólares.

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