Fonte: Reprodução / InstagramPaolo Banchero foi o grande responsável pelo retorno do Orlando Magic aos playoffs da NBA. Mas, para isso, precisou protagonizar uma temporada nunca vista por um atleta de sua idade. O astro tornou-se o mais jovem jogador da história a liderar a sua equipe em pontos, rebotes e assistências na mesma campanha. Ele alcançou o feito com 21 anos e 155 dias de idade. Uma façanha que transpira, antes de tudo, maturidade.
“Esse ano, antes de tudo, notei como a NBA é repetitiva. O calendário, as viagens e os jogos são uma rotina. Por isso, existem vários padrões que podemos absorver. É mais do que as mesmas cidades e arenas, mas o mesmo tipo de sentimento e adversários. Você encara novas adversidades, mas, ao mesmo tempo, é impossível não sentir que passou por aquilo antes. Tudo é superável”, refletiu o ala-pivô.
Esse recorde, no entanto, foi só o ponto final de uma temporada de diversas emoções para Banchero. Ele iniciou a campanha com o prêmio de calouro do ano e só elevou o seu status desde então. Conseguiu ser eleito para o Jogo das Estrelas pela primeira vez na carreira. Além disso, levou o Magic à pós-temporada com uma vaga direta aos playoffs. Foi a primeira vez que Orlando ficou no TOP 6 do Leste em 12 anos.
“Para ser sincero, essa temporada tem sido mais do que imaginava. O meu objetivo era tentar ser um all-star, mas acho que fui muito além. Não parei por aí. Se entrar em um dos quintetos ideais da temporada, por exemplo, seria espetacular. Isso é uma façanha para muito poucos, afinal. Faria parte de um clube muito, mas muito exclusivo”, reconheceu a referência de Orlando.
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Olho do técnico
Os números de Banchero evidenciam uma evolução inegável em seu jogo. Mas isso não para nas estatísticas frias. O técnico Jamahl Mosley, por exemplo, viu um crescimento no jovem comandado que extrapola isso. Ele acredita que, em sua segunda temporada, o atleta deu mais um passo para entender a dinâmica do basquete. É um detalhe que, em síntese, só potencializa o seu enorme talento.
“Paolo cresceu demais durante essa campanha, em particular, reconhecendo tudo o que ocorre em quadra. Não se trata só sobre quando começa uma partida mal e encontra o seu ritmo, por exemplo. Ele já não deixa mais, sobretudo, que as oscilações influenciem o seu jogo. Para resumir, aprendeu a viver os momentos e ir para o próximo lance sem pensar no anterior”, elogiou o treinador.
O Magic, certamente, teve um desempenho bem acima do esperado na temporada. E, para Mosley, ninguém tem um papel maior nessa campanha do que Banchero. “Esse garoto é um all-star porque impacta vitórias mais do que todos imaginam. Ele faz as coisas certas em cada jogada e, assim, faz todos melhores. Sobretudo, o seu jogo é sobre tomar as decisões corretas para o time”, completou.
Sucesso coletivo
É claro que Paolo Banchero é o ingrediente principal do sucesso do Magic na NBA nesse ano. Um time jovem, no entanto, não chega ao quinto lugar de uma conferência só por força de um atleta. Por isso, o ala-pivô faz questão de ressaltar a importância coletiva nessa trajetória improvável de sucesso. Ele sabe que, por melhor que seja, não iria (ou vai) a lugar nenhum sozinho.
“Eu entendi que tudo começa por mim e por Franz. Todos precisam entender o seu papel e, mais do que isso, como são importantes para o time. Afinal, precisamos de todos para chegar na posição que queremos. Houve partidas, por exemplo, em que precisei pontuar bastante. Em outros, Franz assumiu o comando. Jalen [Suggs] teve grandes partidas. Acho que essa é a maior prova do nosso sucesso”
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