O basquete brasileiro perdeu, nesta quinta-feira (12), uma de suas maiores lendas: Amaury Pasos. O ídolo, Hall da Fama da FIBA, bicampeão mundial e MVP de uma Copa do Mundo, morreu em São Paulo, um dia depois do seu aniversário de 89 anos. De acordo com a família, a morte foi em decorrência de complicações da idade.
Amaury Pasos escreveu seu nome na história do basquete brasileiro nos anos 1950 e 1960. Ele defendeu clubes da capital paulista, apesar de crescer em Buenos Aires, na Argentina, cidade dos seus pais. O jogador iniciou sua carreira como pivô e chegou à posição de armador. Ele marcou época defendendo o Tietê (1951-1957), Sírio (1958-1965) e se tornou ídolo do Corinthians (1966-1972).
No Corinthians, Amaury Pasos se tornou ídolo atuando em uma equipe fantástica, com Wlamir Marques, Ubiratan e Rosa Branca. Assim, conquistou cinco títulos metropolitanos (1966, 1967, 1968, 1969 e 1970), três títulos paulistas (1966, 1968 e 1969), dois títulos brasileiros (1966 e 1969) e duas edições do Campeonato Sul-Americano (1966 e 1969).
Em outubro deste ano, o jogador foi homenageado pelo clube do Parque São Jorge com um busto na entrada do ginásio. Do mesmo modo, ele tem suas mãos eternizadas na Calçada da Fama do Corinthians.
Ao longo da carreira, Amaury Pasos teve grandes conquistas pela seleção brasileira. Por exemplo, foi duas vezes campeão do mundo (1959 e 1963). O segundo, realizado no Rio de Janeiro, o Brasil venceu os Estados Unidos por 85 a 81. Nas duas oportunidades, ele foi o MVP. Além disso, tem duas medalhas de bronze em Olimpíadas: 1960 (Roma) e 1964 (Tóquio).
Mas não para por aí. O ídolo acumulou oito títulos sul-americanos, fora inúmeros títulos regionais. Como resultado, foram 96 partidas oficiais pela seleção brasileira.
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“O Brasil perdeu um dos seus maiores atletas de todos os tempos. Um jogador de basquete que elevou o nome do país aos podiums mais altos. Então, se eternizou em conquistas de títulos mais cobiçados no planeta. A família perdeu um pai amoroso, amigo presente e um ser humano generoso, dotado de um carisma, charme e senso de humor cativantes. Nossa saudade é infinita”, disse Amaury Antonio Pasos Jr, filho do ex-jogador, ao site ge.
Para muitos, Amaury é considerado o jogador mais completo do basquete brasileiro. Sobretudo, por conta de sua versatilidade. Afinal, ele podia atuar em diferentes posições na quadra. Ele mesmo contou isso em vida.
“Ninguém queria levar a bola. Então, eu que levava, em 1963, quando fui, inclusive, MVP. Mas eu joguei nas cinco posições. Primeiro, fui pivô no Mundial de 1954. Depois, em 1959, eu jogava na posição 3 e 4 e, às vezes, na 2. Finalmente, em 1963, fui armador e daí para frente, só jogava de armador. Às vezes, eu descia para o pivô para fazer uma jogadinha, mas minha função principal era de armador”, explicou.
Amaury Pasos entrou para o Hall da Fama da FIBA na classe de 2007, ao lado da Rainha Hortência e do técnico Togo Renan Soares, o Kanela. Em 2018, ele foi reconhecido pela FIBA como o único jogador na história a conquistar o prêmio de MVP em um Campeonato Mundial atuando em posições diferentes.
Por fim, atualmente, o troféu de MVP do NBB recebe seu nome.
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