O técnico do Dallas Mavericks, Jason Kidd, virou alvo de fortes críticas depois da lesão que tirou Kyrie Irving do resto da temporada. Afinal, fãs e analistas foram rápidos em ligar a alta minutagem do astro à ruptura do ligamento cruzado anterior do seu joelho esquerdo. Algo que se intensificou, aliás, após a controversa troca de Luka Doncic. O próprio armador, no entanto, garante que não foi o caso.
“Depois da minha lesão, várias pessoas ainda tentaram culpar Jason e a franquia pelo que ocorreu. Eles queriam apontar o dedo e achar culpados porque ficava em quadra muito tempo. Mas pergunte a 95% dos atletas dessa liga se preferem atuar 15 ou 35 minutos. Eu garanto que quase todos vão querer 35 minutos. Então, isso é só uma grande caça às bruxas”, cravou o craque, durante uma longa live.
O tempo de quadra de Irving, de fato, era motivo de preocupação antes da grave lesão. Nos dez jogos anteriores que disputou pelo Mavericks, o jogador só atuou menos de 37 minutos em um. Em média, foram 39,3 minutos por jogo – a maior marca da liga nesse período. Kidd, aliás, chegou a comentar a questão em entrevistas coletivas. Ainda assim, o astro de 33 anos crava que tudo foi um infeliz acidente.
“Eu liderava a liga em média de minutos àquela altura. E daí? Vocês só querem alguém para colocar a culpa, mas isso não me incomoda. Sou um esportista profissional, então o meu trabalho é ter condicionamento de ponta. Só me lesionei porque tropecei em Jonas [Valanciunas] e perdei o equilíbrio. Não foi uma questão de fadiga, pois essa lesão não tem nada a ver com fadiga”, sentenciou o veterano.
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O momento
O Mavericks ainda não tinha o diagnóstico, mas Kyrie Irving sabia da gravidade da lesão assim que aconteceu. Não por acaso, ele foi às lágrimas antes de sair de quadra. Mas o atleta, mesmo bem abalado, ainda cobrou dois lances livres da falta marcada sobre ele. Os arremessos são simples, mas a situação foi dura. Tanto que, agora, admite que se conteve para não desmoronar.
“Eu estava chorando na linha dos lances livres, pois podia sentir que o meu corpo estava em choque. Mas também estava agradecido a Deus. Pensei em todos os jogadores que vieram antes de mim. Em particular, em Kobe Bryant. Eu estava lesionado, chorando e milhões de pessoas rezavam por mim. Naquele momento, eu pude sentir que a minha temporada acabava ali”, desabafou o craque.
Uma lesão, certamente, não é um episódio positivo na vida de nenhum atleta. Irving, no entanto, entende que foi um momento em que sentiu uma conexão surpreendente com os seus fãs. “Havia milhões de pessoas rezando por mim naquele momento. Elas compartilhavam a minha dor, mesmo que não fosse a dor física. E, por isso, estavam ali ao meu lado. Eu só queria ser forte por elas”, completou.
48 minutos
A NBA vive a chamada era do load management. Com isso, todos que veem os times “de fora” condenam a alta minutagem de jogadores na temporada regular. Mas Irving crê que isso não reflete a mentalidade da maioria dos atletas. Certamente, não reflete a sua. Ele sempre está pronto para jogar o máximo possível. E, assim que voltar desse longo período de recuperação, vai seguir com o mesmo pensamento.
“Eu amo basquete de uma forma que gostaria de atuar 45 ou até 48 minutos todas as noites. Estava pronto para isso no início da temporada. Afinal, a gente se prepara nas férias para isso. É claro que vou sentir cansaço se fizer algo assim, mas só o esforço rende recompensas. E, no fim das contas, foi uma das minhas melhores temporadas. Não foi a melhor porque ela ainda está por vir”, avisou o veterano.
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