Kyrie Irving não deve mais entrar em quadra nesse ano, mas isso não impediu que o Dallas Mavericks lhe oferecesse um novo contrato. As partes fecharam um acordo de US$119 milhões pelas próximas três temporadas. No entanto, para isso, o astro teve que declinar uma opção de extensão de US$43 milhões. O analista Stephen A. Smith acha que o armador deveria estar bravo com o seu empresário.
“Dallas foi esperto nessa negociação, pois acho que conseguiram ‘enganá-lo’ no valor. Jogaram para baixo. Kyrie merecia um contrato maior. Afinal, você não poderia trocar Luka Doncic se não o tivesse no elenco. E, no fim das contas, a franquia não lhe deu nem o mesmo valor da cláusula que recusou por ano. Kyrie, certamente, merecia mais do que isso”, cravou o comentarista da ESPN.
O valor abaixo do projetado no novo vínculo de Irving, a princípio, tem uma boa razão. O craque não jogará até o início de 2026 porque rompeu o ligamento anterior cruzado do joelho esquerdo em março. Passou por cirurgia de imediato e fontes no Mavericks indicam que a previsão de volta às quadras seria janeiro. Mas, para Smith, a questão física não deveria ser motivo para diminuir o salário do jogador.
“Kyrie está lesionado, sim, mas o seu sucesso não está ligado a força física ou condição atlética. Ele tem um jogo mais técnico do que Derrick Rose, por exemplo. Também é atlético, claro, mas a sua maior virtude é ser um mago com a bola nas mãos. Por isso, não existe nenhum motivo para duvidarmos de que vai voltar a atuar em alto nível”, argumentou o jornalista esportivo.
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Mudança
As preocupações em torno do novo contrato de Kyrie Irving com o Mavericks vão além da questão física. Afinal, se a produção em quadra é inquestionável, o armador sempre foi um tanto problemático. Mas, desde que chegou ao Texas, as polêmicas ficaram para trás. A conduta do craque parou de ser notícia. Smith não vê como, no mercado atual, pode-se justificar um contrato assim.
“Kyrie teve problemas fora de quadra enquanto estava no Brooklyn Nets, mas nada disso se repetiu em Dallas. Desde então, só esteve focado em jogar basquete e foi um cidadão exemplar. É uma pessoa adorada, além disso, pelos outros atletas da liga. Ou seja, o seu único problema foi se lesionar. E, na economia atual da NBA, há jogadores por aí embolsando até US$60 milhões por ano”, explicou o analista.
Mas, por mais que possa parecer hipocrisia, Smith não acha que aceitar o acordo tenha sido ruim para Irving. Só a sua agente – e madrasta, Shettelia – que poderia negociar melhor, no fim das contas. “Eu acho que, de certa forma, Kyrie também foi esperto em fechar uma negociação rápido. Foi uma garantia. No entanto, isso não muda o fato de que merecia mais do que recebeu”, reforçou.
Economia
Mas, talvez, a principal razão para os valores acertados foi uma precisa conta na folha salarial. O valor negociado entre as partes deixou o Mavs pouco mais de US$1 milhão abaixo do segundo limiar do teto salarial. Como resultado, o time segue com acesso à exceção salarial média especial de US$5,7 milhões. Smith, no entanto, reforça: Irving deu um desconto, de fato, para os texanos.
“Sabe qual é o valor de Kyrie? Eles puderam negociar um superastro e estrela global de 25 anos com números comparáveis a Michael Jordan nos playoffs por causa dele. Não tenho dúvidas que, se o dono majoritário ainda fosse Mark Cuban, esses valores seriam diferentes”, concluiu.
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