Sem essa de 1, 2, 3, Cancún! O New York Knicks tem, na noite desta quinta-feira (29), uma chance quase única de seguir nos playoffs e tudo passa por Karl-Anthony Towns. Eu sei, Jalen Brunson é o melhor jogador do time e tudo mais. Mas aqui tem uma urgência e o técnico Tom Thibodeau precisa fazer uma mudança drástica para garantir um sexto jogo na série.
É conta básica, tentar ler os números e ver o que acontece em quadra. A soma disso pode fazer o Knicks estender a série de playoffs da NBA. Vai ser fácil? Claro que não. Afinal, o time está com “as costas na parede” e perde por 3 a 1 na final do Leste. Mas ainda não acabou.
Basta Thibodeau perceber que Towns vem sendo o melhor jogador do Knicks em momentos críticos. Foi assim ao longo de todo o primeiro jogo, quando o pivô liderou a equipe. Depois, ele repetiu a grande atuação apenas em um quarto e deu a única vitória ao time até aqui no cronfronto. Por fim, todas as vezes em que Nova York ficou perto ou liderou no placar era por conta dele.
Sim, de novo. Brunson é o melhor jogador, mas está sofrendo muito na defesa e, assim, faz muitas faltas. Isso está atrapalhando muito quando o time mais precisa dele, justamente no quarto período. Então, a ideia é fazer o Knicks seguir nos playoffs, certo?
Vamos lá.
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Primeiro, vamos aos números. Na série de playoffs contra o Pacers, Karl-Anthony Towns faz 25.8 pontos, 11.5 rebotes e acerta 45.5% nas bolas de três pelo Knicks. Até aí, tudo bem. Todo mundo sabia de seu potencial e como pode atrapalhar a vida do oponente.
Mas Thibodeau arrumou um problema para ele mesmo. Claro que Mitchell Robinson é ótimo defensor, faz grande jogo de dupla com Brunson e dá ao Knicks algo muito importante nos playoffs: segundas chances.
Com os rebotes ofensivos, Robinson dá alternativas ao Knicks que Towns não dá. E vice-versa. Mas os dois juntos? Contra o Pacers? Não faz muito sentido.
Isso porque, em um aspecto defensivo, você coloca Pascal Siakam em cima de Towns, deixando o Knicks vulnerável ali. Conhecidamente, o pivô não é bom defensor. Assim, tira de OG Anunoby, um cara espetacular na função, a chance de pegar Siakam.
Depois, no ataque, Karl-Anthony Towns vai cair para Siakam. Assim, o Knicks deixa de explorar o jogador mais vulnerável da defesa do Pacers (Myles Turner) para usar Robinson contra ele. Não faz o menor sentido. Indiana foi o quinto pior time dentro do garrafão em toda a temporada. Então, o que Robinson faz ali é… nada. Ele só vai pegar rebotes de ataque, mas não vai concluir para a cesta.
Mas mais do que isso, quando Towns é marcado por Turner, ele tira o pivô do Pacers da área pintada e abre espaço para as investidas de Jalen Brunson no garrafão. Mikal Bridges e Anunoby também podem explorar isso.
Mais números
Towns marcado por | PTS | FG | FG% | 3P | 3p% |
---|---|---|---|---|---|
Myles Turner | 49 | 19-32 | 59.4 | 8-11 | 72.7 |
Pascal Siaam | 20 | 6-14 | 42.9 | 1-2 | 50 |
O que acontece aqui é bem simples. Para o Knicks seguir nos playoffs da NBA, Karl-Anthony Towns precisa jogar apenas de pivô. E desde o começo. Isso porque ele é mais rápido e mais forte que Myles Turner. Além disso, o supera dentro do garrafão, saindo dele e tirando Turner, e arremessando de três.
Contra Siakam, o papo é diferente. O camaronês é mais rápido, mais forte e não cai em seus drives. Enquanto isso, o ala-pivô dá menos espaço e é aí que acontecem as faltas de ataque, os turnovers e tudo de pior.
Ainda tem mais uma estatística legal: Turner e Towns se enfrentaram cerca de 107 minutos na série Pacers e Knicks. O pivô de Indiana fez apenas 20 pontos no confronto, não acertou nenhum dos cinco arremessos de três e, por fim, não levou nenhuma falta do jogador de Nova York. Quando é com Siakam, já foram quatro faltas e 22 pontos.
Ou seja, faz algum sentido Robinson começar como titular?
É uma pergunta retórica. Não faz.
Claro que ele vai poder ter minutos, mas apenas quando Towns não estiver em quadra, pois o Knicks não está enfrentando uma formação alta. Fosse contra o Cleveland Cavaliers (Jarrett Allen e Evan Mobley) ou Oklahoma City Thunder (Isaiah Hartenstein e Chet Holmgren), perfeito. Mas não é o caso.
Além disso, quando Robinson entrar, ele precisa ter Brunson ao seu lado. É assim que a dupla funcionou nos últimos anos, com o armador sendo o único a criar passes para o pivô.
Knicks luta contra o histórico em casa nos playoffs
Até aqui nos playoffs, o Knicks fez oito jogos no Madison Square Garden e perdeu cinco. Então, o jogo desta quinta-feira acontece em Nova York. Apesar de a torcida fazer muito barulho e ser um ambiente hostil para os adversários, o Pacers vem “passando o carro” fora de casa. São seis vitórias em sete partidas.
E até para Brunson é melhor Towns carregar o time em pontuação no primeiro tempo para o Knicks. Assim, ele consegue entrar no último quarto com menos pressão para fazer o que faz de melhor naquele período.
Não será fácil, portanto. Para o Knicks, é vencer ou Cancun. Pelo lado do Pacers, quanto antes fechar a série, melhor. Afinal, o Oklahoma City Thunder já está na decisão da NBA.
O jogo acontece nesta quinta-feira, às 21h (horário de Brasília).
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