O que pode ser pior do que iniciar uma temporada com seis derrotas seguidas e estar na última posição da conferência Leste? Talvez, um treinador que reconhece que o trabalho não dá sinais de evolução. O técnico do Brooklyn Nets, Jordi Fernandez, fez uma análise sincera da sua relação com os jogadores depois de mais um resultado negativo. E, por enquanto, reconhece estar difícil de achar boas notícias.
“Os problemas do nosso time estão por todos os lados, da falta de atenção aos detalhes à linguagem corporal. E isso começa por mim porque eu estou falhando em fazer esses atletas competirem. Peço que joguem duro e com propósito, mas ficou claro que estou fazendo algo errado. A origem de tudo é a nossa energia em quadra”, avaliou o jovem comandante, após a derrota contra o Philadelphia 76ers.
Além da pior campanha da temporada, o Nets também possui a defesa menos eficiente da liga por larga margem. Afinal, o time sofreu mais de 126 pontos por 100 posses de bola nos seis jogos que disputou. Jordi Fernandez revelou que teve conversas com o elenco sobre como pode motivá-los ou se comunicar melhor. Mas a única certeza que carrega no momento é que o trabalho está muito aquém do que gostaria.
“Esse é um grupo, a princípio, diferente de todos os outros com que já trabalhei antes em minha carreira. São muitos jogadores jovens, então nós queremos criar hábitos vencedores que tragam resultados lá na frente. Mas não acho que temos isso e nem estamos avançando nesse sentido. Estamos bem longe, aliás, desses hábitos. Eu diria que somos o total contrário de um time vencedor da NBA”, disparou o treinador.
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Mudança
O desconforto de Jordi Fernandez com os jogadores do Nets ficou claro antes mesmo do começo da partida contra o Sixers. Ele fez uma mudança no time titular que chamou a atenção. Decidiu escalar Tyrese Martin como armador e, com isso, os três atletas da posição que a franquia selecionou na primeira rodada do último draft no banco. Dois deles, aliás, nem entraram em quadra.
“Achei que tivemos um bom desempenho defensivo no segundo tempo do jogo passado, contra o Atlanta Hawks. Fomos mais físicos, acima de tudo. Eu confio em Tyrese, pois trabalha muito bem e traz mais experiência e solidez para a equipe. Então, acho que ele entrega mais competitividade para o time nesse momento. Simples assim”, justificou o profissional de 43 anos.
Fernandez sentiu uma necessidade ainda maior de ter Martin em quadra depois da lesão do novato Drake Powell. Foi uma decisão, a princípio, para tentar manter uma defesa funcional em quadra. “Drake é um bom defensor e aposto que vai ser um marcador de alto nível. Por isso, assim que o perdemos, o meu pensamento foi recompor a defesa nas formações. Mas não deu certo”, admitiu.
Sem esforço
É fato que ninguém esperava que o Nets fizesse uma campanha positiva, por exemplo. O próprio dono da franquia sinalizou que o time tinha pretensões competitivas baixas na temporada e não esperava resultados. Espera-se, então, que não haja uma pressão em Fernandez nesse momento. Mais do que isso, o treinador garante que não está pronto para desistir do desafio.
“A beleza desse trabalho é que não há uma receita pronta. Cada time exige abordagens diferentes. Por isso, estou tentando fazer questões e conversar com todos os atletas. ‘O que posso fazer e como podemos fazer?’. Só quero ver uma equipe que joga duro, pois, assim, podemos viver em paz com os resultados. Hoje, não estou em paz porque não vejo o esforço em quadra”, concluiu o jovem técnico.
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    Fonte: Reprodução / X

