O Golden State Warriors trabalha em várias frentes no mercado, mas Jonathan Kuminga é a mais notória delas. O jovem vai ser agente restrito e, assim, na prática, a franquia é quem decide se quer mantê-lo ou não. Mas será que o controle da situação está todo na mão do time mesmo? Para o analista Bobby Marks, da ESPN, o ala-pivô pode ter mais poder nessa negociação do que parece.
“Basicamente, Jonathan controla todas as ações de Golden State no mercado. Afinal, se assinar um novo contrato e ficar por lá, o time não vai ter mais flexibilidade para fazer nada. Acabou a agência livre ali, pois, no máximo, a franquia vai ter acesso a uma das exceções salariais menores para contratar. Então, no fim das contas, todas as outras movimentações dependem dele”, explicou o comentarista.
O Warriors já trabalha com uma das folhas salariais mais inchadas da NBA há tempos. Por isso, aprendeu a ser criativo para criar flexibilidade. Na última temporada, a equipe arquitetou a saída de Klay Thompson como uma sign-and-trade entre seis times para maximizar recursos. Marks crê que, dessa vez, o caminho para a franquia se reforçar é trabalhar com as oportunidades de mercado.
“Golden State tem uma folha com astros de salários altos. Mas o resto do elenco é bem flexível e inclui jogadores que não custam tanto assim. São caras como Buddy Hield e Brandin Podziemski, por exemplo. Então, nesse caso, talvez valha a pena se atentar aos rivais que precisam reduzir a folha salarial. O Boston Celtics, em particular, seria um alvo”, apontou o especialista em regras salariais da NBA.
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Destino
O grande problema para Jonathan Kuminga sair do Warriors são as (poucas) opções que o mercado oferece. O jogador não está em alta, pois jogou pouco na maior parte dos playoffs. O Brooklyn Nets é a única franquia, além disso, com flexibilidade para contratá-lo como agente livre. Segundo Anthony Slater, do site The Athletic, os nova-iorquinos não o teriam como alvo na offseason.
“Não há expectativa, por enquanto, de que Brooklyn esteja preparando uma proposta para Jonathan. Há indicativos de que preferem usar a sua flexibilidade financeira, na verdade, para facilitar trocas entre vários times durante as férias”, disse o jornalista. Vale lembrar que o Nets ainda vai precisar investir nas renovações dos contratos de atletas como Day’Ron Sharpe e Cam Thomas.
Dessa forma, a possibilidade de uma sign-and-trade ganha força nos bastidores. Mas esse tipo de negócio envolve outras dificuldades. A depender dos parâmetros de um novo acordo, por exemplo, a troca só poderia trazer de volta 50% do valor do salário para o Warriors. Como resultado, isso limita o retorno que o time ganharia com a transação.
Sem mudança
O cenário incerto do mercado, a princípio, fez com que as chances de Jonathan Kuminga ficar no Warriors aumentassem. Isso pode acontecer de dois modos. Uma extensão de contrato ainda é possível, pois as duas partes vão negociar nas próximas semanas. Mas há outra opção: ele pode aceitar a oferta qualificatória de US$7,9 milhões. Assim, fica mais um ano em San Francisco e torna-se agente livre irrestrito em 2026.
“Jonathan não fechou as portas para seguir em San Francisco. A agência livre restrita, afinal, não permite isso. Além disso, por causa das restrições do mercado, fontes na organização sinalizam que há um caminho óbvio e prudente para que siga lá. Há um mês para conversas e negociações antes da reabertura do mercado. É um período, acima de tudo, para que todos se alinhem”, concluiu Slater.
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