Fonte: Adam Pantozzi / AFPGiannis Antetokounmpo sempre foi o alvo da marcação das equipes que enfrentou na NBA nos últimos tempos. Possui ótimos companheiros de elenco no Milwaukee Bucks e já foi campeão da liga, mas é a referência absoluta do time. Por isso, em um jogo, ele sentiu a diferença de atuar com Damian Lillard. Ambos estrearam juntos nesse domingo, durante a vitória sobre o Los Angeles Lakers.
“Eu vou ser sincero: nunca joguei tão sem marcação em um jogo na NBA. Afinal, nunca atuei com alguém em quem a defesa dobra na primeira posse da partida. Damian entra em quadra e atrai grande atenção, então deixa a vida de todos ao seu redor mais fácil. Ele coloca todos em condição de ser mais bem-sucedidos”, elogiou o craque grego, após o triunfo por 108 a 97.
É verdade que ambos ficaram bem pouco em quadra, assim como qualquer outra partida de pré-temporada. Antetokounmpo só jogou o primeiro tempo e, assim, foram só 15 minutos de ação. Lillard, por sua vez, competiu por 22 minutos. As possibilidades para serem exploradas estão só no início. E, mais do que isso, os dois estão entrosados fora das quatro linhas também.
“Damian parece uma versão de mim no tamanho de armador, antes de tudo. Na verdade, já aprendi muito com ele. É um homem quieto, mas que cuida de tudo. Faz o seu trabalho, nunca perde foco e treina forte. Ajuda os parceiros quando é preciso ser mais vocal. E, quando a partida começa, ele simplesmente vira um assassino”, completou o duas vezes MVP da liga.
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Elogios mútuos
Mas não é só Antetokounmpo que está feliz em jogar ao lado de Lillard. Os elogios são mútuos. O armador, em primeiro lugar, veio de um cenário menos competitivo e com menos “ajuda”. É a primeira vez que ele faz parte de um legítimo candidato ao título em uma década de carreira. É uma dinâmica que faz com que já não se sinta culpado, por exemplo, em passar a bola.
“Atuar com alguém tão dominante quanto Giannis é muito bom. Eles forçaram a marcação em mim nas primeiras posses e, com isso, eu só precisei soltar a bola. Esse cara, afinal, simplesmente domina e ganha jogos. Eu fiquei pensando: ‘pô, legal, posso fazer isso a noite inteira?’. É surreal”, comemorou o ex-atleta do Portland Trail Blazers.
A empolgação de Lillard vai além da simples possibilidade de atuar com um outro astro. São as possibilidades futuras, acima de tudo, que mais lhe empolgam. “A gente vai ter muitas opções, certamente. Há partidas em que Giannis vai fazer jogadas para mim. Enquanto isso, em outros, eu vou fazer jogadas para Giannis. Não tenho do que reclamar”, finalizou.
Direção certa
Livrar Giannis Antetokounmpo de marcação na NBA seria uma tarefa muito difícil para qualquer técnico. Imagine, então, um novato como Adrian Griffin. Por isso, apesar da pressão por resultados, receber Lillard torna o seu trabalho bem mais simples. No entanto, como um bom comandante, ele faz questão de ressaltar que o Bucks é mais do que dois jogadores. E todos estão juntos pelo sucesso.
“Hoje, nós demos um ótimo primeiro passo na direção certa. Temos pouco tempo de trabalho, mas já dá para notar que esses caras adoram jogar juntos. E, aliás, não estou falando só de Giannis e Damian. Todos os jogadores que orbitam em torno das nossas referências torcem uns pelos outros. Estão comprometidos, sobretudo”, celebrou o treinador estreante.
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