Afinal, quem é o melhor jogador de todos os tempos? Todos sabem que a discussão está concentrada em dois nomes nos últimos anos: Michael Jordan e LeBron James. No entanto, os mais antigos defendem que essa polarização minimiza a rica história desse esporte. Mychal Thompson, por exemplo, é um desses veteranos. O ex-jogador do Los Angeles Lakers crava que ninguém jogou mais na história do que Kareem Abdul-Jabbar.
“Para mim, Kareem é o melhor jogador de todos os tempos. Foi o maior entre os atletas colegiais, assim como no meio universitário. Aliás, na NCAA, de longe. Então, você olha o seu currículo na NBA e está cheio. São seis MVPs de temporada, seis títulos, prêmios de MVP das finais. Há outros caras na conversa, mas, para mim, Kareem foi o melhor”, opinou o pai de Klay Thompson, em entrevista ao podcast “Run It Back”.
Abdul-Jabbar, certamente, tem uma lista de feitos incrível. Além do já citado, o ex-pivô teve 19 convocações para Jogos das Estrelas e 15 eleições para os quintetos ideais da temporada. Foi o líder da liga, em anos diferentes, em pontos, rebotes e tocos. Antes, conquistou três títulos do Torneio da NCAA – sempre como MVP do Final Four. E, além disso, foi eleito melhor jogador colegial dos EUA por dois anos seguidos.
“Se você diz que Jordan, LeBron ou até Kobe Bryant é o melhor, não acho que seja uma loucura. Pode ser. Mas, sem dúvidas, Kareem é muito subestimado nessas discussões. Afinal, quando vemos os debates sobre isso, é comum só termos Jordan e LeBron nas conversas agora. Kareem nem é mencionado mais. Isso não é justo”, acusou o duas vezes campeão da NBA.
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Lembranças
Parte dos torcedores da liga ligam Kareem Abdul-Jabbar à história do Lakers do Showtime, nos anos 1980. Essa identificação segue forte, mas os registros de jogos estão ficando para trás. Apesar de tudo ser mais acessível hoje em dia, será que os jovens têm interesse em conhecer (e reconhecer) a história do jogo? Thompson, por enquanto, não está convencido disso.
“Kareem só não aparece nas discussões com mais força porque as pessoas são jovens demais. Cada vez menos gente, infelizmente, lembra de vê-lo jogar. E, além disso, os jovens pensam que a NBA só começou quando a ESPN começou a exibir as partidas e Jordan foi draftado. Mas a história do nosso basquete vai muito além disso. Muito”, lembrou o veterano.
Fazendo uma revisão histórica, aliás, Thompson crê que mais um nome ganha pouco destaque nos debates atuais. “Eu acho que Wilt Chamberlain deveria fazer parte do debate também. Afinal, seis décadas se passaram e ele ainda possui um monte de recordes. Mas nós, que vimos esses gigantes em quadra, estamos morrendo. Não restam muitos para defendê-los”, lamentou.
Juventude
Desde o início dos tempos, a forma mais comum de transmitir a história é oral. Ou seja, as histórias são contadas de geração para geração. E, mais do que isso, as pessoas têm a responsabilidade de passar os relatos à frente quando já não forem os mais jovens. O que vai acontecer, no entanto, se os mais jovens não se importarem pela história? Esse é o drama que Thompson antevê para a perpetuação da memória do basquete.
“Todo mundo tem um podcast hoje em dia para falar o que quiser. E essas pessoas, em sua maioria, tem entre 20 e 40 anos. Então, elas só viram Jordan e LeBron mesmo. No entanto, o basquete existe e é praticado desde muito antes dos dois pisarem dentro de quadra. Por que Bill Russell, por exemplo, não está nessa discussão? Todos falam que vencer é o que importa, mas não se fala do maior vencedor”, concluiu Thompson.
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