Fonte: Patrick McDermott / AFPA dupla Damian Lillard e Giannis Antetokounmpo ainda não esteve em quadra, mas já é considerada uma das principais da NBA. O Milwaukee Bucks se tornou um dos favoritos ao título após a troca que trouxe o armador. Em entrevista a Eric Nehm, do portal The Athletic, o astro comentou sobre o companheiro MVP.
Lillard elogiou o grego e ressaltou que jamais teve um companheiro com as qualidades de Antetokounmpo. De acordo com ele, a parceria de ambos é injusta com o resto da liga.
“É fácil jogar ao lado dele. Têm algumas jogadas que estamos trabalhando nos treinos que devem ser difíceis de defender. Você viu agora pouco, né? Sai de um bloqueio que funcionou muito bem. Tenho liberdade e forço o defensor que está à frente dele tomar uma decisão. Então, se ele não vem, posso ter um arremesso livre. Se vier, Giannis tem um alvo e eu só jogo a bola para cima. O nível de inteligência dele é muito alto”, explicou.
“E isso não é só para enterrada, e afins. São jogadas em dupla que são como códigos de trapaça. E eu digo com toda a certeza, nunca joguei com alguém que tivesse um poder físico tão grande. Isso nos dá um tipo de variação que é muito complicado de conter. Posso ter um bloqueio de outro jogador para criar desequilíbrios, ou até dele mesmo. Então, é muito diferente de tudo”, ressaltou o camisa 0.
“A sensação de poder dominar um jogo é quase que única. Afinal, eu nunca tinha jogado com alguém com essa mesma capacidade. E ele tem, de uma forma diferente. Melhor do que eu, maior, mais forte. Ou seja, também fico admirado de poder ver isso de perto”, elogiou.
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Além da admiração pela técnica do camisa 34, Damian Lillard contou que o discurso de Giannis Antetokounmpo também o conquistou.
“O discurso dele e a nossa amizade. Dois fatores que com certeza contribuíram muito para que eu viesse e ficasse, sobretudo, animado com a troca. Nessa fase da minha carreira, eu só posso pensar em vencer jogos e títulos. Então, disse ao meu agente que estava muito feliz. Estou ao lado de alguém que me dá essa oportunidade. Duas vezes MVP, também foi MVP das finais. Defensor do ano, já foi campeão e sabe o que significa.”
“Eu o ouvi dizendo que vai fazer quantos bloqueios forem necessários, que eu preciso da bola, que ele quer que eu tenha protagonismo, isso é tudo para mim. Acho que somos muito parecidos nessa questão. Afinal, não estamos preocupados com o ego ou com quem vai ser o melhor jogador. Somos altruístas e queremos vencer. Isso nos une e vai nos ajudar demais. Estamos na mesma página, e isso vai nos tornar ainda mais fortes e dominantes,” avisa.
Ambiente e elenco o lembram de seu começo em Portland
Lillard também revelou que as vastas opções do elenco de Milwaukee o lembram de seu começo de carreira no Portland Trail Blazers. O craque revelou que sente falta da época em que não precisava “fazer tudo”.
“Além de tudo que podemos fazer em dupla, tem muita gente competente nos cercando. Estou falando de nomes como, por exemplo, Malik Beasley, Brook Lopez, Jae Crowder. Khris pode trabalhar conosco, mas também está espaçando como eu. Então, em algum momento, temos um coletivo muito forte e muitas opções ofensivas diferentes para fazer um grande ataque,” salientou a estrela.
“Então, não é como se eu precisasse fazer tudo sozinho, sabe? É óbvio que só estamos treinando, mas é impossível não ficar empolgado. Me lembro quando cheguei ao Blazers, jogando com LaMarcus Aldridge, Wesley Matthews, Nicolas Batum e outros. Eu fazia as jogadas, no entanto, não só para mim. Eu podia oferecer volume a eles e ter pequenos momentos onde pontuava bastante.”
“Tinha 20 pontos de média por jogo, porém, eram 20 pontos de extrema eficiência. Estarei sempre pronto para quando precisar assumir e controlar um jogo. Mas ter essa ‘proteção’ é muito importante,” explicou.
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