Fonte: Divulgação / Orlando MagicDwight Howard defendeu sete times na NBA, mas, em sua chegada ao Hall da Fama, só um ganhou uma atenção especial. O discurso do ex-pivô em sua introdução no templo máximo do basquete girou em torno do Orlando Magic. Ele falou muito sobre a equipe em que disputou mais de 600 jogos durante oito temporadas. Apesar de uma saída conturbada, o craque fez questão de expressar a sua gratidão.
“Eu entrei em quadra sempre com a missão de me divertir ao máximo enquanto tentava colocar Orlando no mapa da NBA. Esperava ser campeão lá, mas não aconteceu. Estar no Hall da Fama é uma benção e honra. Saber que fiz isso, no entanto, com a maior parte da minha carreira no Magic faz tudo mais especial. É a cereja do bolo”, exaltou o veterano, em cerimônia na noite desse sábado.
Howard chegou à franquia da Flórida com 18 anos, como a primeira escolha do draft de 2004. E empilhou feitos enquanto se tornava uma força dominante. Ele foi eleito para o quinteto ideal da liga por cinco anos seguidos e ganhou três troféus de melhor defensor da temporada. Encerrou a passagem pelo Magic como líder da história do time em pontos (11435), rebotes (8072) e tocos (1344).
“Quero agradecer os torcedores de Orlando pelo apoio ao longo dos anos. Isso significa muito, pois essa é a minha cidade. Obrigado por todas as ótimas memórias que tivemos juntos, pois a minha carreira não teria sido a mesma sem vocês. O nosso tempo juntos foi incrível e, por isso, só lhes desejo o melhor. Amo essa cidade e todos os torcedores”, declarou o oito vezes all-star.
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Inspirações
O caminho de Dwight Howard até o Hall da Fama foi cheio de atletas que o inspiraram. Alguns deles estavam no palco, ao seu lado, como os seus ‘padrinhos’ na entrada no Naismith Memorial. Foi o caso de Patrick Ewing e Dominique Wilkins, por exemplo. Outros, no entanto, são menos notórios. Ele fez questão de lembrar do técnico Stan Van Gundy, com quem teve atritos na saída do Magic.
“Quero deixar um muito obrigado para todos os jogadores com quem atuei em Orlando. Em particular, aqueles com quem fui finalista da liga em 2009. E para Stan Van Gundy. É por causa dele que estou aqui agora. Assim como já disse antes, não haveria Dwight se não fosse por você. Afinal, foi o Stan quem me ensinou o que significa estar sempre pronto para jogar nessa liga”, admitiu o ex-atleta de 39 anos.
Outra pessoa que não estava no palco e foi lembrada por Howard foi a lenda Dikembe Mutombo. Ele creditou o falecido pivô por ter virado um defensor de primeira linha na liga. “Dikembe foi um dos melhores defensores e intimidadores que o jogo já viu. Você me motivou a desafiar e lutar por todos os arremessos, então obrigado. Descanse em paz!”, finalizou.
Ponto final
Outro dos apresentadores de Dwight Howard no Hall da Fama foi, depois de tantos anos de polêmicas, Shaquille O’Neal. O ícone da NBA aceitou o convite mesmo e esteve ao lado do homenageado no palco. Pode-se dizer que, em síntese, esse foi o “fim poético” de uma rixa de anos e arrancou risos durante o discurso do ex-jogador. Shaq, por sua vez, crê que a briga entre ambos não passou de um grande mal-entendido.
“Isso é um grande feito para Dwight e sua família. Então, eu estou feliz por ele. Nunca tivemos um problema. Vocês sabem que sempre sou duro com os jogadores porque é uma forma de motivá-los. É assim que vejo. Alguns conseguem aguentar, outros não. Mas, quando nos encontramos, expliquei tudo. Só queria deixar Dwight nervoso, pois, assim, via que ele jogava melhor”, explicou um dos melhores pivôs da história.
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