A maior parte dos prospectos brasileiros recentes não tiveram muita sorte na NBA. Alguns jovens até chegaram à liga com expectativas e possibilidades sólidas, mas, por diversas razões, não conseguiram “decolar”. O imponderável jogou contra, em síntese. Afinal, o que deu tão errado? No caso de Didi Louzada, por exemplo, a reflexão sobre a sua história na NBA leva às lesões como o maior vilão.
“Em minha cabeça, eu sempre penso que as lesões me prejudicaram. Acho que, se tivesse tido menos lesões, seria diferente. Sofri duas contusões nas costas e, além disso, um problema no joelho que precisou cirurgia. Sempre tento cuidar do corpo para evitar lesões, mas é algo que não temos controle. Infelizmente, o jogador de alto nível corre esse risco”, contou o ala, em longa entrevista ao podcast “Cara dos Sports”.
Didi foi escolhido na segunda rodada do draft de 2019, mas só assinou com o New Orleans Pelicans dois anos depois. Ele chegou com ótimas perspectivas após duas boas temporadas no basquete australiano. No entanto, as coisas não aconteceram como esperava. Além da grave lesão no joelho, ele ainda recebeu suspensão de 25 jogos por causa do programa antidoping da NBA.
“A suspensão também deve ter pesado um pouco no que aconteceu, né? Pensaram em trocar-me e não fiquei lá, certamente, também por isso. Mas acho que foram mais as lesões do que a suspensão que definiram a minha carreira lá”, afirmou o novo reforço do Flamengo. Ele faz parte, hoje, do elenco preliminar da seleção brasileira que vai disputar a Copa do Mundo FIBA.
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Troca
Uma das experiências que mais suscitam dúvidas no público sobre a liga é a troca. Como um atleta fica sabendo, por exemplo, que foi negociado? É sempre por meio da equipe mesmo? E, afinal, qual é o impacto de receber uma notícia dessas? Didi conheceu a sensação, certamente, da pior maneira possível. Ele revela que não tinha ideia de que seria envolvido em uma negociação em fevereiro de 2022.
“Eu tinha acabado de fazer a cirurgia no joelho e recebi alta para fazer fisioterapia com o time. Dez minutos depois de uma sessão, entrei no carro para ir embora e, então, o celular tocou. Era o GM avisando que havia sido incluído na troca por CJ McCollum. Fiquei sem reação porque ele foi bem seco. ‘Te incluí em tal troca e, por isso, você vai jogar lá agora’”, lembrou o jogador de 24 anos.
Mas lembre-se que o jogador é só a ponta de uma cadeia de pessoas que, muitas vezes, são impactadas por uma troca. “A minha mãe estava comigo na época e, além disso, a minha esposa já estava lá também. Cheguei em casa e disse: ‘olha, amanhã, a gente vai para Portland. Elas não entenderam nada. Disse que a NBA era assim, então não tinha jeito. Não posso falar que não vou”, continuou.
Didi ficaria no Portland Trail Blazers só até o fim da temporada. Ele disputou sete jogos antes de ser dispensado pela equipe, na offseason seguinte.
Zion Williamson
Aliás, falando em lesões na carreira, Didi Louzada teve a oportunidade de conhecer um dos jogadores mais comentados da NBA atual no Pelicans. Ele foi companheiro de elenco e trabalhou com Zion Williamson. O brasileiro atesta que o ala-pivô é, antes de tudo, um tipo físico impressionante.
“O cara é um absurdo porque o Zion é muito grande. Mesmo. Não tínhamos tanto contato na temporada, pois ele estava contundido e treinava em outros horários. Mas é um cara bem tranquilo, quieto. Ao mesmo tempo, se você der uma parada para conversar, ele troca uma ideia numa boa. É um jogador de coração bom, muito gente boa mesmo”, concluiu o jovem ala.
Para conferir a entrevista completa de Didi Louzada, acesse aqui ou @caradossports nas redes sociais.
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