Sessenta e seis jogos em 123 dias. Foi neste ritmo frenético que a temporada encurtada pelo locaute se desenrolou, com equipes disputando (em média) mais de uma partida a cada dois dias. Por isso, as contusões sofridas por vários atletas importantes da liga não foram vistas com surpresa pela imprensa especializada. Para o comissário David Stern, porém, o apertadíssimo calendário não tem qualquer relação com o alto número de lesões registradas.
“Eu estava lendo um relatório de um médico agora mesmo que disse não acreditar nisso. Não há qualquer evidência de que exista uma relação de causa e efeito entre o calendário e as contusões”, assegurou o dirigente máximo da liga, em entrevista a um programa de rádio da ESPN.
Só nos primeiros dias de playoffs, três jogadores sofreram lesões que vão tirá-los do restante da competição: Derrick Rose (Chicago Bulls), Iman Shumpert (New York Knicks) e Caron Butler (Los Angeles Clippers). Para o treinador Doug Collins, do Philadelphia 76ers, Stern está equivocado.
“Eu não tenho dúvidas de que há relação, o cansaço está pesando. O que já aconteceu nos playoffs prova ainda mais isso. Tudo poderia ter acontecido em uma temporada normal. Quem sabe? Mas eu creio que tem a ver, teve seu peso”, expôs o técnico.
O veterano Baron Davis, do New York Knicks, fica do lado de Collins na discussão. “Esta temporada teve muito mais jogos, menos treinos e tempo para se recuperar. Você pode olhar para o calendário e concluir que os jogadores nunca tiveram tempo para descansar e cuidar dos ossos porque estavam brigando por vaga nos playoffs. É jogo, após jogo, após jogo”, afirmou o armador.
