Quem vai levar o prêmio individual mais importante da liga em 2024? O Jumper Brasil não só vai noticiar tudo sobre essa disputa, mas também analisar quem deve ganhar. E vamos iniciar a partir de agora. Esta é a edição de 08/11 do nosso acompanhamento da corrida para o troféu de MVP da temporada da NBA. Trata-se de um post quinzenal com a nossa visão sobre os principais candidatos à honraria.
No entanto, a intenção não é termos só uma lista. O nosso TOP 10, em síntese, é uma porta de entrada para um conteúdo bem maior. Vamos apresentar declarações, dados, estatísticas e/ou curiosidades em conjunto com esses nomes. Ou seja, a postagem vai ser um meio de combinarmos opinião e informação para os nossos leitores.
Então, concorde ou discorde de jogadores e posições, você sempre vai encontrar algo a mais nesse espaço. Porque nós poderíamos publicar um simples ranking em qualquer rede social. Além disso, geralmente, adivinhar quem vai vencer o prêmio depois da última partida da temporada é fácil.
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Se tiver sugestões de como podemos enriquecer esse conteúdo ainda mais, aliás, pode falar. Nós queremos saber, pois o objetivo é trazer o mais completo acompanhamento da corrida pelo troféu Michael Jordan.
Então, lá vamos nós: essa é a edição de 08/11 do acompanhamento da corrida do MVP da temporada da NBA do Jumper Brasil!
10. Donovan Mitchell (Cleveland Cavaliers)
Médias na temporada: 32,5 pontos (53,8% FG, 40,8% 3pt.), 4,8 rebotes, 5,7 assistências e 2,3 roubos de bola
Seis partidas, certamente, são uma amostra bem pequena para avaliação. Não dá para ignorar, no entanto, que Mitchell acumula as melhores marcas da carreira em todas as principais categorias estatísticas até agora. Isso vai seguir assim? Provavelmente, não. Mas é seguro dizer que o recorde do desfalcado Cavaliers seria ainda pior se o cestinha da liga não estivesse fazendo tudo isso.
Na ausência de Darius Garland, por exemplo, o astro assumiu um papel maior como condutor no pick-and-roll. E isso traz à tona um dos pontos mais consistentes do seu jogo. Afinal, o ala-armador é o segundo maior pontuador como ballhandler em P&Rs nessa temporada: média de 11,6 pontos. Só De’Aaron Fox faz mais, mas lembre-se que o armador disputou só três jogos na campanha.
Mas estar no topo dessa estatística específica não é uma novidade para Mitchell. Ele registrou média superior a 10 pontos por jogo como iniciador em pick-and-rolls nas últimas cinco temporadas. Sabe quantos outros jogadores fizeram isso além dele? Nenhum.
9. Giannis Antetokounmpo (Milwaukee Bucks)
Médias na temporada: 26,0 pontos (54,8% FG), 9,0 rebotes, 3,2 assistências e 1,3 tocos
É provável que, por enquanto, as quatro vitórias em seis jogos do Bucks sejam o recorde mais enganoso da NBA. Está claro para quem assiste que a equipe não encontrou o seu balanço ideal com Damian Lillard. Em primeiro lugar, o time é incapaz de defender em nível aceitável com o armador em quadra. Enquanto isso, a atuação de Antetokounmpo é impactada por uma indefinição quem conduz o que no ataque.
A questão é que, para resumir, uma temporada discreta do ala grego é o sonho de 95% dos jogadores da liga. Mas o que falta para recolocar o seu rendimento no patamar dos seus melhores dias? Entre vários detalhes pontuais, a verdade inconveniente está no encaixe com o novo reforço.
Antetokounmpo esteve em quadra por 195 minutos nesta temporada. O Bucks produziu 112,3 pontos por 100 posses de bola no intervalo, enquanto tomou 109,7 pontos. Ou seja, de forma isolada, ele registra um net rating de +2,6. O ala disputou 133 desses 195 minutos da campanha ao lado de Lillard. O saldo de eficiência da dupla junta, no entanto, está em preocupantes -5,8 pontos. Não está funcionando ainda.
8. Tyrese Maxey (Philadelphia 76ers)
Médias na temporada: 25,5 pontos (50,0% FG, 44,2% 3pt.), 4,5 rebotes e 7,3 assistências
A saída de James Harden deveria representar um problema para o Sixers, mas tornou-se um tipo de solução. Afinal, abriu espaço para a ascensão de Maxey. O jovem talento assumiu a vaga deixada pelo craque e, com isso, tornou-se um dos destaques do início de competição. Foi o melhor jogador da primeira semana de temporada no Leste. E o time compartilha a liderança da conferência, com cinco vitórias em seis jogos.
Dizer que Maxey assumiu a armação da equipe é relativo, pois o sistema de Nick Nurse é bem dinâmico. Mas, por definição, ele é o principal iniciador de jogadas no perímetro. O que falta para que seja um armador em tempo integral? Joel Embiid quer que o colega entenda que ser o armador não quer dizer armar o tempo inteiro.
“Nós temos várias jogadas que queremos utilizar em quadra, mas Tyrese não precisa executar todas. Existem instantes em que abre-se espaço e, então, quem se importa com a jogada? Se estiver livre, nós queremos que ele ataque porque vai criar ótimas oportunidades. Pode pontuar por si só ou forçar a reação da defesa e abrir passes para arremessos livres”, explicou o atual MVP da liga.
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7. Tyrese Haliburton (Indiana Pacers)
Médias na temporada: 24,0 pontos (49,0% FG, 40,0% 3pt.), 3,7 rebotes e 11,7 assistências
Falando em armador, aliás, poucos atletas são mais “armadores” de fato na NBA do que Haliburton. Ele lidera a liga em assistências com folgas até agora, com quase 12 passes decisivos por partida. Mas, mais do que isso, é quem dita o ritmo do fluido e envolvente ataque do Pacers. O time de Indiana, não por acaso, registra a maior eficiência ofensiva da temporada: produz 120,4 pontos por 100 posses de bola.
Hoje, por cestas e assistências, o jogador de 23 anos é responsável, em média, por 56 pontos. Ele está ao lado dos superastros Luka Doncic e Nikola Jokic com as maiores marcas da liga. No mundo das apostas, além dos dois europeus, só Joel Embiid possui uma linha mais alta de pontos e assistências.
Uma comprovação da capacidade de criação de Haliburton foi a derrota do Pacers para o Charlotte Hornets. Haliburton, apesar do revés, saiu de quadra com 43 pontos e 12 assistências. Foi a primeira vez que um atleta da franquia fez 40 pontos e dez passes decisivos em uma partida da NBA. Além disso, ele tornou-se o sexto jogador em 40 anos a ter uma atuação com 12 assistências e oito cestas de longa distância.
6. Anthony Edwards (Minnesota Timberwolves)
Médias na temporada: 28,2 pontos (52,0% FG, 47,2% 3pt.), 6,7 rebotes e 4,8 assistências
Desde a estreia na NBA, o estilo de jogo de Edwards gira muito em torno de pressão. É sobre a pressão que ele coloca em cima dos adversários. Possui uma postura agressiva no ataque o tempo inteiro, enquanto é bem combativo e físico defensivamente. Mas há um ponto importante aqui. É comum ligar a agressividade ofensiva, antes de tudo, ao ataque à cesta. A pressão exercida pelo ala-armador, no entanto, vai além.
No basquete atual, pautado pelos arremessos e espaçamento, os pull ups são um fator que pressiona as defesas. Quanto mais rápido você consegue sair do drible em ritmo e chutar, menos a defesa tem margem para reagir. Pois Edwards é o segundo atleta com mais conversões de pull ups na temporada até agora (34). No entanto, mais do que volume, a questão é a sua alta eficiência.
Existem 39 jogadores que tentaram 40 pull ups na temporada. Edwards é o oitavo com maior quantidade, mas possui o maior aproveitamento disparado tanto em arremessos de quadra (52,3%), quanto três pontos (53,8%). Nenhum outro atleta possui mais de 50% em nenhum dos dois.
5. Stephen Curry (Golden State Warriors)
Médias na temporada: 30,9 pontos (53,0% FG, 47,5% 3pt.), 4,8 rebotes, 4,3 assistências e 1,0 roubo de bola
A maioria das pessoas costuma referir-se a LeBron James automaticamente quando o assunto é longevidade na NBA. No entanto, a caminho de completar 36 anos, Curry é um exemplo de impacto em idade avançada. Não só não dá sinal de que vá parar tão cedo, mas iniciou a temporada quebrando recordes. E, além disso, lidera uma equipe que venceu seis dos primeiros oito jogos da campanha.
Curry, para começar, virou o primeiro jogador da história a fazer quatro cestas de três pontos nos oito jogos inaugurais da temporada. Também é o primeiro atleta acima dos 35 anos a iniciar a campanha com média superior a 30 pontos por partida. Por fim, é a terceira vez que um jogador marca 30 pontos em média nas primeiras oito partidas com aproveitamentos de 50-45-90. Só que as outras duas vezes foram dele também.
“O céu sempre é o limite para Stephen, pois estamos falando de um dos jogadores mais trabalhadores da história. Ele pode mudar a narrativa sobre os atletas de elite até os 40 anos de idade. LeBron começou essa tendência e Stephen está seguindo esses passos”, apontou o amigo e colega de Warriors, Klay Thompson.
4. Jayson Tatum (Boston Celtics)
Médias na temporada: 30,5 pontos (54,9% FG, 42,0% 3pt.), 8,8 rebotes, 3,2 assistências e 1,3 roubos de bola
O nosso interesse é assistir aos jogadores em quadra, mas todos sabemos que a NBA preza pela participação na comunidade. As franquias não só são de uma cidade, mas precisam fazer parte dela. Assim como os seus jogadores. Tatum, por isso, teve uma semana agitada entre quatro atuações consecutivas de 30 ou mais pontos acertando 50% ou mais dos seus arremessos de quadra.
O craque do Celtics fez uma visita surpresa a uma escola do subúrbio de Boston dando um conselho para a garotada: ouçam os seus pais e professores. Além disso, passou por um hospital infantil da cidade durante o Halloween. O destaque fica para a encenação do susto ao ver a fantasia de um garotinho. Tem vaga em novela da Record?
Celtics star Jayson Tatum stopped by the Boston Children’s Hospital on Halloween to show love to the kids ❤️
(via @BostonChildrens / IG) pic.twitter.com/sof5Duimin
Publicidade— ClutchPoints (@ClutchPoints) November 4, 2023
"Whatever your dream is, it starts here. I listened when I was in class, I listened to my teachers, I listened to my mom."
PublicidadeJayson Tatum pulled up to surprise students at a high school in Boston 🙌
(via jessicahpierre / IG) pic.twitter.com/IvO2gkcKBQ
— ClutchPoints (@ClutchPoints) November 1, 2023
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3. Joel Embiid (Philadelphia 76ers)
Médias na temporada: 32,5 pontos (53,5% FG, 42,9% 3pt.), 11,0 rebotes, 6,2 assistências e 2,0 tocos
Tyrese Maxey recebe os louros por ser o substituto nominal de James Harden, mas a história não é bem assim. Afinal, o Sixers de Nick Nurse implementa um ataque muito dinâmico para suprir a ausência de um criador do volume do craque. Então, todos têm alguma participação no novo sistema de armação do time. E, embora não receba esse crédito, Embiid pode ser a peça mais surpreendente até agora.
Passa despercebido, por exemplo, que o pivô possui média de 6,2 assistências por jogo na temporada. Essa é a melhor marca disparada de sua carreira e, provavelmente, não vai se manter. Mas, em um primeiro instante, ações como os seus handoffs no início de posses têm sido fundamentais.
O ponto mais interessante, no entanto, é que a sua média de passes por partida está até mais baixa do que em alguns anos recentes. São só 42,5 passes distribuídos por jogo. A diferença está no uso e objetividade deles. Nos seis jogos da temporada, ele registra 8,3 assistências potenciais e 16,0 pontos criados por seus passes decisivos. Anteriormente, as suas melhores marcas nos quesitos haviam sido 7,0 e 10,8, respectivamente.
2. Luka Doncic (Dallas Mavericks)
Médias na temporada: 31,6 pontos (49,3% FG, 41,3% 3pt.), 9,6 rebotes, 8,9 assistências e 1,0 roubo de bola
Luka Doncic, a princípio, é o tipo de talento sobre o qual já não existe mais o que dizer. É um candidato a MVP da liga desde a sua segunda temporada na liga. Ficou no primeiro lugar das quatro edições do ranking dos 25 melhores jogadores abaixo de 25 anos da NBA. Ou seja, é um jovem que escreve a história a cada vez que entra em quadra. Mas, se havia um ponto de debate em seu jogo, falemos do seu arremesso de três pontos.
Afinal, não podemos dizer que um atleta que arremessa oito bolas por partida com 33% de aproveitamento é exatamente eficiente. Esse início de temporada, por isso, evidencia uma perspectiva assustadora – para os adversários. Em sete jogos, ele acertou mais de 41% das suas 10,7 tentativas de longa distância em média.
A expectativa, certamente, é que esse aproveitamento regrida ao longo da temporada. Não podemos ignorar que ele converteu alguns chutes de três pontos absurdos nos primeiros jogos de campanha. Mas alguns números sinalizam que seja uma tendência. Ele é o jogador que mais tentou pull ups para três, por exemplo, na temporada (54) e “conectou” ótimos 42,3% deles. Só quatro atletas com mais de 20 tentativas registram melhor índice de acerto.
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1. Nikola Jokic (Denver Nuggets)
Médias na temporada: 28,4 pontos (63,3% FG, 38,7% 3pt.), 12,9 rebotes e 8,4 assistências
Dizem que a referência do time campeão da temporada anterior quase sempre sai em vantagem para o prêmio de MVP do ano seguinte. Mas, com Jokic, a situação é muito diferente. A maior parte dos jogadores nos assustam com as jogadas surpreendentes, enquanto o pivô sérvio o faz com a regularidade. A sua constância com uma das melhores equipes da liga é espantosa.
Em oito jogos na temporada, ele já possui três triplos-duplos. Ele só marcou menos de 25 pontos em uma das partidas. Pegou dígitos duplos em rebotes em todos os duelos. Só ficou abaixo das cinco assistências, assim como converteu menos de 50% dos seus arremessos, em uma das oito oportunidades. Ou seja, a beleza do seu jogo está em sempre saber o que ele te entrega. E isso é tão ou mais difícil quanto lances plásticos.
“Nikola é um ótimo e eficiente jogador, mas o que mais valorizo é a sua consistência. Ele é espetacular todas as noites, em síntese. Faz até parecer fácil, mas vocês têm ideia do quão difícil é ser sempre assim? Espero, então, que as pessoas consigam apreciar a sua regularidade de excelência. Poucos jogadores conseguem ser tão bons todas as noites”, exaltou o técnico do Nuggets, Michael Malone.
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