Os pedidos de troca dos astros Damian Lillard e James Harden, certamente, são os assuntos mais quentes do mercado da NBA. Quase todas as especulações da liga giram em torno dos dois craques. Mas, para o comissário Adam Silver, os rumores não podem desvirtuar a discussão. O executivo já falou anteriormente e reforçou que esse tipo de conduta não faz bem à competição.
“É claro que não gosto de pedidos de troca. Afinal, como um representante da liga, eu quero que os jogadores e franquias honrem os contratos. Acompanho os casos em Portland e Philadelphia torcendo para que encontrem uma solução que agrade todos. Estou contente que, a princípio, as manifestações públicas diminuíram nos últimos tempos”, afirmou o dirigente-mor da NBA, em entrevista coletiva.
Os pedidos de troca de astros, para piorar, costumam conduzir à concentração de talentos na liga. São os chamados “supertimes” e, com isso, a discussão de outra questão crítica da gestão. Anteriormente, o comissário já teve uma posição muito resistente em relação às cada vez mais comuns reuniões de grandes nomes. Mas, hoje, apresenta uma visão mais relativizada sobre o assunto.
“Nós adoramos supertimes em nossa liga contanto que formem-se de uma forma que pareça competitivamente justa. Ou seja, por meio de trocas espertas e boas escolhas de draft. O que não podemos permitir é que isso aconteça porque uma equipe tem a capacidade de gastar muito mais do que as outras. Isso não seria saudável, pois desequilibra a competição”, avaliou Silver.
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Super Suns
O supertime mais discutido da NBA no momento é o Phoenix Suns. O time, afinal, conseguiu “driblar” as maiores restrições da nova CBA para reunir Bradley Beal, Kevin Durant e Devin Booker. E para Silver, antes de tudo, não existe nada de errado com isso. O dirigente vê uma franquia construindo um elenco que não gostaria de ver, mas atuando de forma justa. Isso é o fundamental.
“As regras do novo acordo coletivo de trabalho visam criar o equilíbrio nessa liga. Mas existe um período de transição. Phoenix, por exemplo, conseguiu reforços e está trabalhado em cima desse momento. Se não burlam as regras e taxas, não tenho problema nenhum com isso. Não vamos contestar quem jogue dentro das normas”, garantiu o executivo mais importante da liga.
Silver admite que as regras da nova CBA foram criadas para evitar “supertimes” e restringir os pedidos de troca. No entanto, como o Suns evidencia, nada assegura que vai dar certo. “Já vi vários conjuntos de provisões para incentivar o equilíbrio em minha carreira, mas quase nunca funcionam perfeitamente. E isso porque as equipes são bem sofisticadas em achar ‘brechas’ para vencer”, explicou.
Equilíbrio
Os pedidos de troca de Harden e Lillard poderiam sinalizar um futuro nebuloso para a NBA. A liga e as suas estrelas, afinal, estão com prioridades bastante destoantes. Mas estamos longe de um cenário assim. Tirando esse problema, aliás, a liga está em ótimas condições. Silver exalta, por exemplo, o equilíbrio histórico que vemos entre as equipes em termos de resultados.
“Eu simplesmente não lembro de um momento em que a competição esteve tão equilibrada na história moderna da NBA. Temos cinco campeões diferentes nos últimos cinco anos, afinal. Isso não acontece há décadas. Dá para sentir, então, o entusiasmo entre os donos de franquias iniciando a temporada. Estou satisfeito com a situação atual da liga”, finalizou o comissário.
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