Fonte: Foto: Brock Williams-Smith/AFPO pivô do Atlanta Hawks, Clint Capela, cresceu na Suíça em meio ao racismo, mas nunca tinha notado a mazela até que chegou aos Estados Unidos. Pelo menos foi isso que ele disse ao The Undefeated recentemente. Segundo ele, algumas pessoas na NBA o ajudaram a se descobrir como homem negro.
“Meus pais tiveram que passar por isso [na Suíça] porque vieram da África. Então, quando cheguei aqui, realmente vi que não era pra ser assim. Uma pessoa negra tem voz e somos todos humanos. E o jeito que eu cresci nem sempre foi assim”, afirmou Capela sobre o racismo.
Houston Rockets
Aos 20 anos, em 2014, Clint Capela foi draftado pelo Houston Rockets e teve dois mentores no assunto ‘racismo’: John Lucas, treinador de desenvolvimento de jogadores da equipe na época, e o olheiro Brent “BJ” Johnson. No entanto, isso aconteceu após Capela fazer um comentário que era comum em seu país natal e considerado pejorativo nos EUA.
“Quando cheguei aos EUA, lembro da minha primeira entrevista com Houston. Falei sobre qual é a diferença entre basquete aqui e ali e usei uma linguagem imprópria para comparar. Eu não sabia que era uma coisa tão grande que estava errada. E eles [Lucas e Brent] me puxaram de lado e disseram: ‘você não deveria falar assim aqui’, relatou Capela. “O racismo realmente me afetou e eu realmente aprendi isso quando cheguei aqui nos Estados Unidos. Obviamente quando você está lá [Suíça], você acha que é normal porque você não conhece melhor”, completou.
Ajuda de BJ Johnson
Claudette Boyance-Johnson, viúva de BJ Johnson, contou também o quanto seu marido e Capela eram ligados, tendo inclusive viajado juntos à África e assistido documentários e séries juntos. “Clint foi conosco algumas vezes para a África. O tempo que Clint e BJ passaram juntos na África provavelmente o deixou mais confortável sobre sua pele e sobre quem ele era. BJ disse: ‘Você é Clint Capela, você tem que abraçar quem você é. Você foi abençoado por ter nascido assim”, revelou.
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