A carreira de Russell Westbrook tem salvação na NBA?

Integrantes do Jumper Brasil e convidados analisam perspectivas para trajetória do agora veterano do Los Angeles Clippers

russell westbrook carreira nba Fonte: Andrew D. Bernstein / AFP

A carreira de Russell Westbrook na NBA sempre foi algo como a trajetória de um anti-herói. Oscila entre o protagonista e a vilania. O seu estilo de jogo, em síntese, transita em uma linha tênue entre a genialidade e a “burrice”. Reuniu, assim, uma legião tão grande de fãs quanto de detratores. A errática passagem pelo Los Angeles Lakers, nesse sentido, só ajudou a reforçar essa impressão.

O jogador de ímpeto e agressividade indomável comprometeu o time angelino em muitos momentos. Depois, aceitando sair do banco de reservas, chegou a gerar uma campanha para ser melhor reserva da temporada. Mas isso acabou. Ele foi negociado com o Utah Jazz e, agora, vai para o Los Angeles Clippers.

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Então, trocando um time desajustado por outro mais bem competitivo, chegou a hora de ser regular. Voltar a ser um astro inquestionável após passar por quatro equipes em cinco anos. Certo?

Reunimos hoje três integrantes da nossa equipe e o convidado Ricardo Romanelli (Basquete FM) para discutir isso. Existe, afinal, uma perspectiva para o futuro da carreira de Russell Westbrook na NBA? Ou a sua situação atual é o prenúncio de um fim inevitável? Vamos lá!

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1. Russell Westbrook, antes de tudo, foi um injustiçado no Lakers?

Gustavo Freitas: Sim e não. Você já viu um terceiro astro receber tanta cobrança na NBA, antes de tudo? O Lakers sabia o que estava fazendo quando fechou a sua aquisição. Colocar a culpa toda nele, então, é um erro sem tamanho. A questão é que a pressão nessa franquia é sempre maior.

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Victor Linjardi: Sim. Foi um injustiçado pela cobrança exagerada dos torcedores, acima de tudo. Nunca provou ser, por outro lado, um atleta que valia o alto salário que recebia. Não foi brilhante, mas estava em uma equipe que não favorecia o seu jogo.

Ricardo Romanelli: Sim. Quando as coisas vão tão mal quanto a sua passagem no Lakers, nunca é só por um motivo. Ele não era o melhor encaixe para o time, mas também vinha em declínio nos dois lados da quadra. Era impossível dar certo e, por isso, todos devem estar felizes com o fim.

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Ricardo Stabolito: Sim e não. Sim, pois ele foi tratado como um problema muito maior do que era. Uma fila de gente, certamente, tinha mais culpa pelas péssimas temporadas do Lakers. E não, ao mesmo tempo, porque não acho que tenha sido parte da solução em Los Angeles em nenhum momento.

 

2. Westbrook vai para o Clippers. Mas qual dos quatro times especulados (Heat, Wizards, Bulls, Clippers) era o melhor encaixe para ele?

Gustavo Freitas: Bulls. Até porque Zach LaVine poderia atuar sem a bola o tempo inteiro. E, além disso, Westbrook é um atleta que gosta de acelerar as ações. Isso ajudaria a dar ritmo e melhorar o ataque ineficiente do time. Essa hipotética dupla com LaVine parecia ótima ofensivamente.

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Victor Linjardi: Wizards. Só em Washington, afinal, teria liberdade para ser uma referência. É a única franquia em que o jogo giraria em torno dele. Nas demais, o fato é que Westbrook vai dividir o protagonismo com outros nomes estabelecidos.

Ricardo Romanelli: Clippers. O entrosamento com Paul George e a carência de armadores, além da abundância de chutadores e defensores, ajudam a esconder muitas das suas deficiências. Ademais, é a chance de seguir em Los Angeles – o que queria – enquanto compete por um título.

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Ricardo Stabolito: O Clippers mesmo. Foi uma boa escolha, certamente. É o time com os arremessadores e defesa que você precisa colocar em torno de Westbrook. Além disso, ainda que cometa erros, os angelinos precisam muito de um armador que infiltre e agrida o garrafão.

 

3. Por fim, a carreira de Russell Westbrook na NBA tem salvação?

Gustavo Freitas: Quero muito dizer que sim, mas temo que não. É só olhar como os armadores da NBA atuam hoje. Se ele abraçar a ideia de ser um sexto homem até o fim da carreira, então pode funcionar. No Lakers, aliás, fazia bem a função. Mas realmente não sei.

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Victor Linjardi: Sim. Ele nunca vai voltar a ser o craque do auge da carreira, mas afirmar que a sua carreira acabou é exagerado. Ainda pode ser útil para diversas equipes, mesmo sem ser tão brilhante como antes.

Ricardo Romanelli: Sim. A atuação como sexto homem no Lakers mostrou o que pode ser a nova fase da carreira de Westbrook. Ele sempre foi um jogador muito bem quisto nos vestiários por onde passou. Além disso, muito durável. Então, no novo papel, muitos times devem ter interesse.

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Ricardo Stabolito: Não, mas isso não quer dizer que vá acabar hoje. Significa que Westbrook não vai mudar porque não há concessões em seu estilo de jogo. Já não adianta, por exemplo, esperar adaptação. Ele é o que é. E isso vai servir enquanto for possível. É mais Allen Iverson do que Vince Carter.

 

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