O Chicago Bulls caiu, pelo segundo ano consecutivo, na fase de play-in, enquanto seu técnico e elenco não conseguem mostrar mais do que vem apresentando: mediocridade. Em quatro anos de trabalho, Billy Donovan coleciona fracassos consecutivos. E agora, o que o time vai fazer?
Bem, é importante dizer que o Bulls enfrentou um Miami Heat sem seu melhor jogador (Jimmy Butler) no jogo decisivo de play-in. E detalhe: pela segunda vez consecutiva para a equipe da Flórida. Na última temporada, Chicago liderava por 85 a 80 quando restavam seis minutos para o fim, mas sofreu uma vexatória corrida de 22 a 6 para terminar o jogo. Nessa sexta-feira, a derrota voltou a acontecer, mas foi ainda pior.
O elenco do Bulls não conseguiu ser competitivo em praticamente momento algum na partida decisiva de play-in, enquanto o técnico apenas olhava.
Sério?
Assim como no último ano, Chicago levou sequência de pontos e Donovan pouco (ou nada) fez. Após liderar por 11 a 6, o time tomou um 13 a 0 em cerca de dois minutos. Só aí que o treinador pediu tempo. Pouco depois, a diferença pulou para 17. Com um ataque ineficiente e uma defesa incapaz de segurar o sistema ofensivo do Heat (21° offensive rating da liga!), a coisa apenas piorou no segundo tempo.
Resultado: mais uma eliminação no play-in. Outra vez para o Heat. Agora, sem Butler. Parabéns, Bulls.
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Veja bem. Nos quatro anos de Donovan, o Bulls tem 49.1% de aproveitamento, enquanto conseguiu classificação para os playoffs apenas uma vez. E adivinha? Caiu na primeira rodada em 2021. E se contar desde 2015/16, a franquia foi aos mata-matas apenas duas vezes. Ou seja, está tudo errado com um time que viveu seus melhores momentos nos anos 90.
Mas por que Arturas Karnisovas ainda não “implodiu” o elenco?
Aí vem a explicação e é bizarra.
Em 2020/21, o Bulls chegou a liderar o Leste enquanto Lonzo Ball estava inteiro. No entanto, o armador sofreu uma lesão no joelho, o time despencou de produção e Ball jamais retornou às quadras. A direção acha que quando o atleta voltar, as coisas serão iguais.
E estamos falando de algo que terá quase três anos quando a próxima temporada começar.
Futuro?
Billy Donovan assinou um contrato de quatro anos em 2020, mas em 2022 ele estendeu seu acordo. No entanto, existe a chance de ele ir embora. Donovan era cotado para treinar a universidade de Kentucky, mas a equipe terá Mark Pope para o lugar de John Calipari.
Mesmo sem a vaga em Kentucky, o técnico não pode continuar. Não faz sentido algum, pois Donovan é incapaz de resolver os problemas do Bulls. A equipe não defende bem, apesar de contar com bons jogadores que fazem tal função. Por outro lado, o ataque é horrível e só viu alguma melhora quando Coby White fez algo diferente.
Além disso, DeMar DeRozan está sem contrato para a próxima temporada, assim como Patrick Williams. Enquanto isso, Alex Caruso e Lonzo Ball terão expirantes. Ou seja, se tem um momento para a diretoria trabalhar, é na offseason.
Mais mediocridade não dá. O torcedor do Bulls não aguenta mais.
O que adianta manter o grupo se não passa do play-in? Não é ruim o bastante para fazer o tank, não é bom o suficiente para ir aos playoffs. Então, o negócio é partir para uma reformulação, ir atrás de escolhas do Draft de 2025, pois não tem a própria. Aliás, é o único ano em que a equipe não possui picks, o que é ainda mais bizarro.
Ou seria interessante ficar mais um ano no limbo por não ter escolhas? Não, né? Que façam uma sign and trade envolvendo DeRozan, acumule picks de primeira rodada, especialmente pensando em 2025.
Zach LaVine
Zach LaVine não jogou o play-in, mas sua presença no elenco para a próxima temporada pode depender diretamente do técnico Billy Donovan. Os dois tiveram problemas nos últimos anos, enquanto o jogador já “jogou no ventilador” que sua parte estava fazendo.
Mas o fato é que LaVine e Donovan não se bicam. Caso o treinador siga, o que já seria uma decisão ruim da diretoria, é provável que o ala-armador vá embora em alguma negociação. O problema é: o que ele anda valendo?
Se seu valor de mercado era ruim antes da lesão, imagine hoje.
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