Blazers conseguiu desperdiçar a melhor temporada da carreira de Damian Lillard na NBA

Astro tenta, mas a equipe não ajuda e deve ficar fora até do play-in

Damian Lillard Blazers NBA Fonte: Carmen Mandato / AFP

Ainda não é oficial, mas o Portland Trail Blazers conseguiu desperdiçar a melhor temporada de Damian Lillard na NBA. Com dez jogos para a equipe realizar em 2022/23, as chances de conseguir uma vaga no play-in são quase nulas. Desde o início do mês, o time acumula três vitórias em 11 partidas e, a partir de agora, só tem um embate contra quem não quer nada.

Lillard não quer uma reconstrução de elenco, mas como seria a ideia dele? Para o jogador, o correto seria o Blazers realizar trocas para melhorar o atual grupo. O problema é: não tem o que oferecer.

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Na verdade, até tem, mas o valor que receberia em contrapartida seria pouco para mudar um cenário. Atualmente, Portland tem mais problemas do que soluções. Com a folha de pagamentos “engessada”, o caminho natural é estender os contratos de Jerami Grant, Matisse Thybulle e Cam Reddish. No Draft, a equipe possui duas escolhas na primeira rodada: a própria e uma do New York Knicks. Então, é provável que seja mais do mesmo. Ou seja, vai tentar brigar por playoffs, via play-in.

E quando você olha o que Blazers está fazendo na atual temporada da NBA, entende que Damian Lillard está perdido ali. Dos titulares que começaram 2022/23, apenas Jusuf Nurkic e ele andam jogando. Vale lembrar que Josh Hart foi para o New York Knicks em negociação, Anfernee Simons atuou em seis dos últimos 14 jogos, enquanto Grant não joga desde o dia 12, por lesão.

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Lillard pediu para a comissão técnica não o afastar pelo resto da campanha, pois ainda queria tentar uma difícil classificação. Aí, Portland perdeu seis jogos consecutivos. Não dá para condenar seu desejo, mas ele é em vão.

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Dos próximos (e últimos) dez jogos, o Blazers é favorito apenas contra o San Antonio Spurs. Embora jogue em casa as próximas cinco partidas, vai encarar Chicago Bulls, Oklahoma City Thunder, New Orleans Pelicans e Sacramento Kings (duas vezes). Ou seja, todos ainda na luta por classificação. Depois, são quatro longe de seus domínios e, no dia 9 de abril, encerra diante do Golden State Warriors.

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Então, só um verdadeiro milagre faz o Blazers chegar lá, o que é uma lástima para Damian Lillard, em sua décima primeira temporada na NBA. E quem se frustra mais com tudo isso? O próprio armador.

Sim, ele não vai deixar Portland. Pode esquecer. Vários times já sondaram e o recado foi sempre o mesmo: dali, ele não sai. E é por opção própria, tá? Mas tem como condenar?

O cara é ídolo de uma cidade, de um estado. Ele vai se arriscar em uma eventual panela por uma chance de título? Bem, muitos jogadores diriam sim, mas não é o seu caso. Karl Malone fez isso em seu último ano, apesar de uma idenfiticação com o Utah Jazz. Não deu certo e encerrou a carreira sem um anel de campeão. Lillard não quer isso. Clyde Drexler, outro ídolo da franquia, aceitou jogar no Houston Rockets e, por lá, ganhou uma vez. Mas aí tem outro papo, porque Drexler jogou na universidade de Houston.

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Lillard quer que a direção se mexa, que se atualize. A equipe fez diversas mudanças no elenco nos últimos anos, mas não consegue melhorar sua campanha.

Números na atual temporada

Quando a gente fala que ele está tendo a melhor temporada da carreira, é porque são números realmente incríveis. Ele faz 32.2 pontos, 57.2% em arremessos de dois pontos e tem 34.6 em porcentagem de asisstências. Todas, melhores marcas da carreira. Sim, o jogador arremessa 11.3 vezes por partida da linha de três, mas seu jogo vai muito além disso.

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Já são 15 partidas com, pelo menos, 40 pontos, incluindo 71 diante do Houston Rockets, em fevereiro. Ele aumentou, ainda, suas idas até a linha de lance livre, saltando de 6.2 tentativas em 2021/22 para 9.6 na atual campanha. Por fim, o camisa 0 tem o melhor offensive rating em 11 anos de NBA, com 126.9 e 8.4 em offensive box plus/minus. (estimativa por 100 posses de bola).

Portanto, o que estamos vendo é um espetáculo de Lillard. Ele só não tem ajuda. É meio o que acontece (acontecia?) com Luka Doncic no Dallas Mavericks.

Opções de mercado

O ideal seria trocar Jusuf Nurkic na noite do Draft. Ninguém sabe se Chauncey Billups vai seguir por lá, mas com o treinador, Nurkic não consegue ter o mesmo papel que tinha com Terry Stotts. Além disso, o pivô se machuca demais. Então, se aparecer alguma equipe com interesse, mesmo que Portland envie junto a pick do New York Knicks, pode ser o início de algo.

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E vamos ser sinceros, né?

A cidade não é um grande mercado na NBA, então poucos jogadores realmente se interessam em jogar por lá como agentes livres. Só consegue via trocas. Joe Cronin, desde que assumiu como GM por lá, fechou com Gary Payton II na última agência livre, que já saiu. Sem escolhas, ele estendeu os contratos de Anfernee Simons e Nurkic no ano passado. Isso, depois de trocar CJ McCollum, Robert Covington, Larry Nance Jr e Norman Powell por, basicamente, Josh Hart e escolhas de Draft. Ah, e Hart já foi embora, também, resultando em Cam Reddish.

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Entende?

Damian Lillard fez lobby por Kevin Durant na última offseason. E o que ganhou, no fim, foi Reddish, além de escolhas futuras no recrutamento.

Muito pouco. Um desperdício.

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