Fonte: Reprodução / XSer o campeão e melhor time da NBA com um dos elencos mais jovens, certamente, traz muitas vantagens para o Oklahoma City Thunder. Uma delas é não ter que se preocupar com reforços, pois ainda há margem clara de evolução interna. Shai Gilgeous-Alexander vê esse enorme potencial aberto, em particular, em um dos seus colegas. Ele confia que Chet Holmgren pode se desenvolver ofensivamente como o lendário Dirk Nowitzki.
“Chet não se intimida contra jogadores mais físicos. E, além disso, os seus movimentos ofensivos estão mais efetivos do que nunca. Ele faz uns 17 pontos por jogo ao natural. Mas, conforme fica mais forte, vai desenvolver o arsenal no poste baixo e a separação em curta distância também. Será como aconteceu com Dirk. E, então, o céu vai ser o limite para Chet”, projetou o atual MVP da liga.
Há um aspecto em que Chet Holmgren já é superior comparado a Dirk Nowitzki: a defesa. O jovem, antes de tudo, sempre foi visto como um prospecto de elite no lado defensivo da quadra. E tem sido mais eficiente do que nunca nessa temporada. Ele é quem cede o menor aproveitamento aos adversários entre todos os atletas que já defenderam 250 ou mais arremessos na campanha (39,9%).
“Ele sempre foi um defensor incrível e vem mostrando isso. Mas Chet ainda tem muito potencial, pois é um garoto tão jovem. Isso sem contar que só disputou uns 130 jogos na NBA. Ou seja, ainda o vemos como um jogador em formação. Eu sei que isso é um pouco estranho, mas é a verdade. Por mais que essa não seja a definição comum para alguém que já conquistou tanto quanto ele”, avaliou o técnico Mark Daigneault.
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Sinais
É claro que, por enquanto, Holmgren ainda está longe de Nowitzki. Afinal, o alemão é um dos jogadores ofensivos mais técnicos que a liga viu nesse século. Mas há alguns números que apontam uma melhora da sua eficiência no ataque nessa temporada. O pivô vem acertando quase 75% dos seus arremessos em torno do aro, a sua melhor marca na carreira. Essa é só uma das estatísticas com que Daigneault trabalha.
“Todos os dados internos que temos sobre Chet são bem positivos. Ele está tentando mais arremessos livres nessa temporada do que no ano passado. É uma diferença de mais de 10%, na prática. Isso não só quer dizer que criamos melhores chances, mas tem sido mais sábio na seleção dos arremessos. Isso é um sinal muito encorajador”, indicou o treinador do Thunder.
Mas nem tudo é perfeito. Daigneault revelou que discutir as atuações de Holmgren não é uma tarefa simples por causa de um traço da personalidade do atleta. “A melhor forma de analisar Chet seria pela lente do teto e piso de um jogador. Mas ele é a pior pessoa para se conversar sobre as suas performances. O garoto é um perfeccionista ao extremo”, contou.
Competição
Está claro que o Thunder projeta e aposta na evolução de Holmgren em curto prazo. A franquia já assinou uma extensão prévia máxima com o jovem e, assim, vai pagar-lhe US$240 milhões até 2031. O dinheiro, certamente, implica em um nível bem diferente de expectativa e cobrança sobre o pivô. Mas ele não se intimida com isso, pois as finanças nunca estiveram entre as suas prioridades.
“Eu nunca joguei basquete por causa do dinheiro. É claro que a questão financeira é uma benção, pois posso cuidar da minha família por muito tempo. Mas não entro em quadra contando o dinheiro que recebo. O meu senso de urgência quando a bola sobe não tem nada a ver com a ambição de ganhar mais dinheiro. É o desejo de competir, acima de tudo”, garantiu a referência do Thunder.
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