Foram 30 horas de negociações, durante três dias consecutivos, na presença de um mediador federal. Porém, nem tudo isso foi suficiente para que jogadores e dirigentes da NBA conseguissem chegar perto de um acordo que pudesse, ao menos, garantir novas conversas para os próximos dias. Os lados permaneceram divididos sobre duas questões principais: a divisão da receitas (BRI) e a estrutura do sistema de teto salarial.
“Em última análise, não fomos capazes de reduzir a diferença que separa as duas partes”, disse o vice-comissário da NBA, Adam Silver. “Nós entendemos as ramificações de onde estamos. Estamos tristes em nome do jogo”.
Derek Fisher, presidente do sindicato, disse que os jogadores têm consciência do efeito cascata do impasse. “Não é de forma alguma sobre ego”, disse ele. “Além de nós, o meio de subsistência de muitas pessoas está em jogo”.
Os dois lados deram versões diferentes do encontro nas entrevistas. Enquanto os dirigentes afirmavam que os jogadores não aceitam receber menos do que os 52.5% de BRI, os atletas disseram que aceitariam um sistema de escala entre 50 e 53%, mas os dirigentes só continuariam a negociar caso a proposta de 50% para cada lado fosse aceita.
O mediador federal, David Cohen, afirmou através de comunicado que “não havia motivo para pedir que as partes seguissem com as negociações no momento”.
Como o comissário-geral da NBA, David Stern, não participou da reunião, não foi divulgado se mais jogos serão cancelados. Estima-se que duas semanas de cancelamento signifique US$ 170 milhões de salários perdidos pelos atletas e US$ 800 milhões de receitas perdidas pelas franquias.
Não há novas reuniões marcadas para os próximos dias.
Reportagem: AP / LA Times